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21 de junho de 2012
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21 de junho de 2012

Acrimat: abate de fêmeas aumenta 19% de jan a abr/12 (com slides)

De 2010 para 2011 o abate de fêmeas em Mato Grosso cresceu 46,8%, saindo de 1,4 milhão de cabeças para 2,1 milhões. Até o mês de abril deste ano, o aumento do abate de fêmeas já é maior que o mesmo período de 2011, 19%, e corresponde a 50,2% do total de gado abatido. “O cenário indica que essa curva é crescente e acima de 20%, a redução do rebanho de Mato Grosso pode chegar a 2,0%”, analisou o diretor da Acrimat – Associação dos Criadores de Mato Grosso, Mauricio Campiolo. Esse cenário quebra uma sequência de aumento de quatro anos consecutivos do rebanho no estado.

A explicação para o crescente abate de fêmeas é a severa seca ocorrida em 2010, que afetou sobremaneira os pastos de Mato Grosso, seguido por um ataque de pragas em 2011. O superintendente da Acrimat, Luciano Vacari, lembra ainda que em 2006 a variação do abate de fêmeas chegou a 24,4%, provocando uma queda no rebanho de 2,5% e em 2007, a variação foi de 21,9%, baixando o rebanho em 1,7%, segundo levantamento do Imea – Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária.

O Imea fez uma analise com base em dois possíveis cenários. O primeiro considera um abate de fêmeas 2,21 milhões de cabeças, o que representa 18% do rebanho de fêmeas aptas para o abate (com mais de 24 meses) – variação anual de 2%. O segundo cenário considera um abate de fêmeas de 2,57 milhões de cabeças, o que representa 21% rebanho de fêmeas aptas para o abate (com mais de 24 meses) – variação anual de 18%.

Com base nestes números, se fez uma análise da relação destas taxas de abate de fêmeas sobre o rebanho de fêmeas com mais de 24 meses com a variação do rebanho. Deste modo, olhando para o passado, quando se viu em 2006 e 2007 alta taxa do abate de 24% e 22% e queda do rebanho de -2,5% e -1,7% (slides 7 e 8), em 2012, com uma taxa de 21%, muito provavelmente devemos ter queda do rebanho de 2% se mantermos o abate elevado – Cenário 2. E isso só não irá acontecer caso o abate nos próximos meses desacelere muito, causando uma estabilidade no rebanho (0,1%) – Cenário 1 (slide 10).

“Essa redução do rebanho não representa menor oferta futura de carne, em razão do aumento dos índices de produtividade, e também não acreditamos no aumento do preço da carne para o consumidor já que a oferta de boi gordo vai continuar”, analisou o diretor da Acrimat, Mauricio Campiolo.

 

Fonte: Acrimat, IMEA, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

 

2 Comments

  1. Haroldo Ferreira disse:

    È impresionante a quantidade de fêmeas (bezerras e novilhas) que estão nos pastos de Mato Grosso sendo recriadas para engordar e abater no proximo ano.
    Só andando a cavalo em fazendas que se vê a real situação das pastagens.
    Vários fatores me faz acreditar que estamos entrando em um ciclo de baixa forte na pecuária, com um agravante sério que é o aumento de custo para o pecuárista tradicional e o aumento da produtividade para quem faz integração com lavoura.
    Haroldo

  2. Charles Carrilho disse:

    Srs,

    Parabéns pela organização e qualidade do material apresentado os slides.
    Isso enriquece o conhecimento e o nível de discussão sobre o assunto.

    Charles Carrilho
    Zootecnista e Agropecurista

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