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Acordos comerciais trarão ganhos de US$ 1,7 tri em 20 anos, prevê ministério

Acordos comerciais vão impulsionar o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em R$ 1,7 trilhão no período de 2021 a 2040, segundo estimativas da Secretária de Comércio Exterior (Secex) divulgadas ontem pelo Ministério da Economia. 

O cálculo considera os impactos dos acordos do Mercosul com a União Europeia, com a Associação Europeia de Comércio Livre (EFTA, grupo que reúne Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein), o Canadá, a Coreia do Sul, Cingapura, Indonésia e Vietnã. 

Os ganhos somam o equivalente a 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB). “A negociação de acordos comerciais é um dos pilares da estratégia de inserção do Brasil na economia internacional, promovendo competitividade e desenvolvimento econômico para o país”, diz em nota o secretário de Comércio Exterior, Lucas Ferraz. 

Os cálculos elaborados pela Secex estimam o impacto dos acordos nas principais variáveis macroeconômicas de uma região. Consideram não apenas os efeitos diretos dos acordos, mas também a propagação deles. 

Para os parceiros comerciais da Ásia, especificamente, o ganho foi estimado em 0,4%, ou R$ 502 bilhões em termos acumulados, além de aumentos nos investimentos, na corrente de comércio, na massa salarial e na queda nos preços.

“Na Ásia, estão as economias de maior crescimento econômico e populacional no mundo”, afirmou Ferraz, em nota. “Qualquer estratégia de comércio exterior atual envolve, necessariamente, negociações com os parceiros asiáticos.” 

O estudo estimou os impactos de acordos com Coreia do Sul, Cingapura, Indonésia e Vietnã. Esses países integram acordos como o Acordo Abrangente e Progressivo para a Parceria Transpacífica (CPTPP, na sigla em inglês) e a Parceria Econômica Regional Abrangente (RCEP, na sigla em inglês). 

O Brasil não integra esses acordos, por isso a estratégia é negociar acordos individualmente com parceiros asiáticos. Isso deve facilitar o acesso dos produtos brasileiros àquela região. Produtos de carne e alimentícios, equipamento de transporte e químicos estão entre os produtos com maior potencial de ganho, aponta o Ministério da Economia. 

Os dados fazem parte de uma série de publicações que a secretaria iniciou, a respeito do comércio internacional. “Com as fichas informativas, buscamos divulgar os resultados de nossas análises de impacto de maneira acessível e visual para a sociedade”, disse Ferraz.

Junto com essas fichas sobre acordos comerciais e Ásia, foi divulgada uma publicação chamada “Acordos Comerciais e Abertura Comercial: Estimativas e Evidências”, que revisa os principais estudos e análises de impactos sobre acordos comerciais e reformas tarifárias. 

De acordo com a Secex, os próximos trabalhos a serem publicados são os estudos de impacto de acordos comerciais com Indonésia e Vietnã, atualmente em consulta pública aberta para participação da sociedade. Os trabalhos estarão disponíveis na página de Publicações da Secex, e os estudos de impacto individuais para cada país, na página de Acordos Comerciais do Siscomex. 

Fonte: Valor Econômico.

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