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Acordo sanitário com a China deve ser revisado

Depois de ter sido obrigado a suspender, em caráter preventivo, as exportações de carne bovina para a China em consequência da confirmação de um caso “atípico” da doença da “vaca louca” em Mato Grosso, o Ministério da Agricultura quer revisar o protocolo sanitário firmado entre o Brasil e o gigante asiático.

O acordo em vigor exige que as exportações brasileiras sejam suspensas imediatamente sempre que for identificado um caso de “vaca louca”, mesmo que seja em um animal de idade avançada que não tenha sido abatido e não tenha entrado na cadeia alimentar, como foi o recente caso mato-grossense.

Mas, sobretudo após esse episódio, no segmento de carnes ficou a certeza de o acordo assinado em 2015 na gestão da então ministra Kátia Abreu é desfavorável aos frigoríficos brasileiros.

“Vamos começar em breve as negociações para aperfeiçoar o acordo sanitário com a China, porque ele tem muitas falhas”, disse ao Valor o secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Orlando Leite Ribeiro.

Uma dessas “falhas”, no entendimento do governo e da iniciativa privada, envolve a exigência de suspensão imediata dos embarques. De acordo com o secretário, o protocolo não especifica como deve ser o procedimento para levantar o embargo temporário e nem estipula prazos para a retomada do comércio.

Na quinta-feira, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, anunciou que Pequim autorizou os frigoríficos brasileiros a retomarem os embarques para a China. O secretário de Defesa Agropecuária do ministério, José Guilherme Leal, esteve na capital chinesa com o objetivo de acelerar esse processos de reabertura.

Nesta sexta-feira, porém, o GACC, serviço sanitário do governo chinês, comunicou o Ministério da Agricultura do Brasil que as carnes produzidas que tenham obtido certificado sanitário internacional durante o período do embargo temporário – entre 3 a 13 de junho – não poderão ser embarcadas para a China.

Fonte: Valor Econômico.

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