Em discussão há quase 20 anos, o acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia pode sair do papel. Concluído, no médio prazo as vendas de manufatura do Brasil à Europa podem triplicar.
No ano passado, as exportações do Brasil aos países do bloco europeu somaram US$ 34,9 bilhões, dos quais US$ 11,822 bilhões foram de manufaturados. “Não é nenhum exagero imaginarmos que podemos triplicar as exportações de manufaturados para a Europa, entre dois e cinco anos após o fechamento do acordo”, diz o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil, José Augusto de Castro.
O gerente de política industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Fabrízio Panzini, defende que a abertura seja “gradual e planejada”, sobretudo em setores estratégicos e que tenham as tarifas mais elevadas.
Levantamento da CNI identificou cerca de 1.000 produtos em que apenas o Brasil teria vantagens competitivas no mercado europeu. Desse total, cerca de 64% contam com alguma espécie de tarifa de importação, o que seria eliminado com o fechamento do acordo entre os blocos
Entre hoje e amanhã (30), em Bruxelas, a Comissão de Comércio da União Europeia (UE) receberá os ministros do Mercosul, ocasião em que os europeus deverão complementar suas ofertas destinadas ao fechamento do acordo. Entre os principais entraves estão os relacionadas à abertura do mercado carne, etanol e açúcar.
Fonte: DCI.