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Confira o debate entre os leitores BeefPoint sobre o tema – quais as vantagens em produzir e vender carne a pasto certificada?

Confira os comentários sobre a notícia: Austrália: rede varejista Woolworths começa a vender carne a pasto certificada

A crescente segmentação do mercado de carnes é um avanço da cadeia. Produtores precisam se posicionar. Haverá mercado para vários tipos de processos produtivos. E diversos tipos de carne. Cada um deve avaliar onde pode atuar melhor. E ajustar sua operação para este objetivo. Desde produzir carne barata até carne gourmet. Carne verde e / ou orgânica ou carne de animais confinados, com excelente marmoreio. Esta especialização permitirá melhorar os lucros de quem for competente. Mas também eliminará quem não conseguir ser eficiente. José Ricardo Rezende

É um exemplo a ser seguido. Temos a mercadoria produzida nestes moldes. Temos o consumidor ávido por “green foods”, dentro e fora do país. Temos associações independentes para certificar. Quem vai dar o pontapé inicial? Flávio Abel

Carne em sistema pastoril-grassfed- é mais saudável e tem muito mais sabor. Conserva o ambiente e preserva espécies da flora e fauna. É verdadeiramente sustentável. Enquanto tiver bons dentes – sempre comer carne a pasto. Compactuo com o beefproducer no pampa gaúcho do Brasil. Ricardo Weiler

Ricardo, discordo do termo  de “ enquanto tiver bons dentes – sempre iremos comer carne a pasto”. Pois também podemos produzir carne macia a pasto. Gerardo Evia- Alianza Uruguay

Carne limpa. Pecuária Sustentável na economia – planilha econômica aberta do pasto ao prato. Social- respeito à todos profissionais e consumidores. Ambiente – No campo os donos e técnicos se empenham para o melhor, nas estradas e cidades os responsáveis devem fazer sua parte. Custo, Escala e Qualidade => Eficiência é a lei. Carne bovina é o prato principal, é linguagem universal diante da fome. Aleri João Panazzolo

Excelente colocação, a “carne verde” é de grande interesse para pessoas que produzem e consomem. Sugiro prosseguir no aperfeiçoamento desse importante segmento da produção! rgio Antônio dos Santos Damian

Concordo com o José Ricardo, com a segmentação da cadeia há espaço para todos! Basta que os produtores se organizem para produzir uma carne a pasto de qualidade, seguindo critérios estabelecidos dentro de um protocolo, certificando eses processos e definindo o que é carne a pasto de qualidade. Já temos vários exemplos de organizções/associções de produtores que se unem para produzir um produto específico, então não há segredo. Produzir carne a pasto macia também é possível, bastaria que, dentro de um possível protocolo, fossem definidos os processos e critérios produtivos que facilitassem a obtenção de um produto com essa característica, sejam eles o manejo específico dentro da fazenda, grau de sangue racial, etc.  André Vicente Bastos

Parabéns, Miguel, pela iniciativa de colocar tópicos como esse em discussão. A importância disso está relacionada com dois aspectos principais. Primeiro, porque provoca os agentes interessados e ativos do setor a olharem um pouco mais à frente, na busca de alternativas diferenciais para o desenvolvimento do seu negócio. Depois, creio que isso atiça o nosso imaginário, podendo trazer como contribuição, avanços diferenciais, cujos efeitos poderão ter amplitude, inclusive, internacionais. Todos sabemos, pelo menos aqueles que viajam um pouco, que o mercado de distribuição de carne possui o mesmo padrão, na grande maioria dos países do mundo, inclusive os tidos como desenvolvidos. No Brasil, como não poderia deixar de ser, pela sua importância no tocante à produção e consumo, segue na mesma linha. O grande avanço das últimas décadas foi o desenvolvimento dessas embalagens a vácuo, feitas com material transparente, apresentando um selo com informações de interesse, como marca, tipo de produto e etc. Com isso temos que reconhecer que, a despeito de todos os argumentos que possam existir ou mesmo surgir em sentido contrário, a realidade é que, muito ainda há por ser feito para que se possa alcançar seguimentos ou mesmo nichos específicos de mercado para serem explorados. A possibilidade de atender uma possível demanda existente de carnes produzidas a pasto, conforme o tópico colocado em discussão, ao meu ver, encontra-se inserida exatamente neste contexto. Se tal demanda existe efetivamente, representa uma necessidade real, com grande possibilidade de ser explorada. Mas explorada por quem? Pelo produtor rural? Pela indústria? Por alguma empresa ou empresário ligado exclusivamente à distribuição? De todas as respostas possíveis, sob o ponto de vista mercadológico, a menos correta delas seria aquela que colocasse a responsabilidade sob os ombros do produtor rural. Em qualquer situação, este agente do setor, ligado à produção e fornecimento da matéria prima bruta, seria o menos indicado para se preocupar em estudar mercado e se preparar para fornecer um produto cuja necessidade pudesse, potencialmente, existir. Isto porque, este agente será sempre aquele que estará preparado para receber “inputs” de informação dentro do setor a que pertence, nunca o contrário. Se diferente fosse, como hoje podemos notar em alguns casos específicos, ele encontraria resistência, na indústria de transformação, dificultando a continuidade de seu programa de fornecimento. Para contornar tal empecilho, teria que verticalizar totalmente o seu projeto, indo da produção ao abate e, finalmente, a distribuição. Conhecemos empreendedores que se aventuram ou se aventuraram nesta direção. Os exemplos de maior sucesso existentes, apesar da dificuldade de implementação, são as associações de produtores, que todos conhecemos, algumas até de marcas de raças específicas. Portanto, iniciativas dessa natureza deverão ser sempre entendidas como de exclusiva responsabilidade da indústria. Walter Magalhães Jr

Muito Obrigado a todos que participaram do debate! Equipe BeefPoint

6 Comments

  1. Miguel Cavalcanti disse:

    Olá,

    Muito obrigado pelos comentários e participação. O objetivo é esse mesmo, aguçar a conversa num assunto que o Brasil merece ser líder global.

    @Walter Magalhães Jr,

    Os parabéns são para a equipe BeefPoint, em especial Flaviane Afonso, que colocou esse debate no ar, sem minha participação :-)

    Abs, Miguel

  2. Prof. M.Sc. Koshi Okado disse:

    Como seria o rastreamento desse animal até o frigorífico?No caso do MS o Novilho Precoce é rastreado pela dentição e o produtor recebe um diferencial pelo animal.
    Com esse diferencial o produtor deve fazer suas contas e ver se vale a pena.
    Pelo que estou vendo, no MS o Novilho Precoce está valendo a pena.

  3. antonio pedro disse:

    Como produtor rural e consumidor de carne, sempre dou preferência à carne produzida a pasto, sem utilização de rações e aditivos.
    Tenho certeza que a indústria não está explorando e valorizando adequadamente esses produtos por falta de organização do fornecimento continuado, pois, custaria muito para difundir esse produto/marca, sem a certeza de tê-lo no balcão ao consumidor.
    Até considero mais saudável aquela carne de nelore (que é mais magra que as outras), que das raças em que a marmorização ocorre com mais facilidade.
    Portanto, a carne de animal com boa qualidade racial se desenvolverá mais rapidamente, mesmo à pasto e com certeza terá um valor agregado aumentado ao mesmo nível que será mais saudável ao homem.
    Além do bife, falta o marketing da carne moída de qualidade (magra) à saúde, e tão boa de se comer, para a diversidade de pratos/receitas que servem.
    Se fosse da industria que explora esse ramo, meu slogan seria: “Pense no sabor e na longevidade diferenciados ao homem: Carme à pasto é natural, mais saborosa e a mais saudável que qualquer outra”.

  4. Eduardo Trevisan disse:

    A estratégia de diferenciação de produtos seja pela qualidade, seja por outros atributos, como a sustentabilidade, têm sido muito explorada pelas empresas seja aqui no Brasil ou fora. Grandes empresas como Unilever, Nespresso, Mars e até as bem pequenas, como cafeterias, têm adotado políticas de suprimento e divulgação dos seus produtos diferenciados para buscar agregar valor à marca e ao produto final. Isso movimenta toda uma cadeia especifica que vai dos produtores, aos fornecedores de serviços, até o varejo. Acredito que para a cadeia pecuária, há um potencial enorme para diferenciação, ainda pouco explorado.

  5. Edemar de Assis da Silva disse:

    Diante da intensa e fatigante luta por visibilidade, competitividade e êxito no cenário
    econômico nacional, a certificação não é mais um modismo e sim uma realidade que temos que nos render, sem certificarmos nossos produtos não conseguiremos aumentar nosso mercado de exportação e interno.

  6. Jean Carida disse:

    Acredito que a carne-verde sempre irá existir, podemos dizer que praticamente uma carne orgânica, pode ser uma carne mais “limpa”. O problema dos produtores pequenos é sempre a negociação com o Frigorifico, preços, segurança em vender e receber, Quando toda cadeia tiver realmente séria e confiavel de ponta a ponta, teremos todas as possibilidades de produzir a melhor carne verde do mundo

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