A decisão da China de autorizar mais frigoríficos do Brasil a exportar ao país impulsionou as ações de Marfrig Global Foods e Minerva Foods na B3. Na contramão, os papéis da BRF recuaram, mesmo com a inclusão de duas plantas da empresa na lista de habilitações. Sem novos frigoríficos autorizados, a JBS amargou forte desvalorização.
Ao longo do pregão, as ações da Marfrig chegaram a subir mais de 8%, figurando entre as maiores altas do Ibovespa. No fim da sessão, porém, o movimento perdeu força. As ações da Marfrig fecharam a segunda-feira a R$ 8,90, alta de 3,8%. Os papéis da Minerva, que não compõe o Ibovespa, subiram 5,46%, a R$ 8,30.
Do outro lado, as ações da BRF recuaram 1,1% e as da JBS, 3,5%. De certa forma, a ausência da empresa dos Batista na lista chinesa permitiu aos investidores realizarem o lucro acumulado no ano – os papéis subiram 150% desde janeiro.
Em comunicado, a Minerva destacou a capacidade de exportação à China. Com a habilitação das duas unidades anunciadas ontem, a empresa passa a contar com três frigoríficos no Brasil autorizados a vender aos chineses.
Além das unidades de Rolim de Moura (RO) e Palmeira de Goiás (GO), o abatedouro de Barretos já estava autorizado. Juntas, essas plantas têm capacidade para abater 4,3 mil bovinos por dia. Quando consideradas as plantas da Minerva no Uruguai e Argentina que também podem exportar aos chineses, a capacidade é de 9,9 mil cabeças.
A Marfrig também citou suas unidades argentinas e uruguaias habilitadas. A empresa possui 11 plantas liberadas, das quais cinco no Brasil.
Apesar do avanço da concorrência, a JBS permaneceu como a companhia de carne bovina com mais plantas brasileiras habilitadas. Ao todo, são seis frigoríficos.
Fonte: Valor Econômico.