A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) informou ontem que “tem acompanhado atentamente todas as questões que envolvem o abastecimento do mercado interno” de carne bovina e que, apesar de os sinais disponíveis indicarem que não há risco de desabastecimento no mercado doméstico diante do forte aumento das exportações, a alta de preços do produto in natura chegou ao varejo do país.
Segundo comunicado da entidade, com o aumento do valor da arroba do boi, que alcançou níveis recordes e chega a ser negociada por R$ 230 em algumas praças de São Paulo, cortes como o contra-filé, por exemplo, registram aumento superior a 50%.
“A Abras está empenhada em encontrar soluções para um cenário de livre comércio e demanda por parte dos frigoríficos e distribuidores. Entre elas, recomenda aos seus associados, com intenção de atender o consumidor nesse momento, atenção total a logística e manuseio, evitando perdas no processo de transformação e investir esforços em ofertar outras proteínas, como suínos, pescados, ovos e aves como opções à carne bovina”, afirma a entidade em comunicado.
Consideradas a grande “vilã” do aumento de preços da carne bovina no Brasil, a importação de proteínas em geral da China continua firme, como apontaram dados divulgados ontem pelo serviço aduaneiro do país asiático.
Fonte: Valor Econômico.