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Abras estrutura sistema de certificação para carne bovina

A Abras (Associação Brasileira de Supermercados) pretende lançar em 90 dias o Programa de Certificação de Produção Responsável na Cadeia Bovina, cujo objetivo é garantir e certificar a procedência da carne bovina vendida nos supermercados brasileiros.

A Abras (Associação Brasileira de Supermercados) pretende lançar em 90 dias o Programa de Certificação de Produção Responsável na Cadeia Bovina, cujo objetivo é garantir e certificar a procedência da carne bovina vendida nos supermercados brasileiros.

O programa será estruturado pela certificadora suíça SGS e vem na esteira de um relatório do Greenpeace que relaciona o desmatamento na Amazônia à produção de carne bovina.

Segundo a diretora da SGS, Rosemary França Vianna, a expectativa é que em até 60 dias o comitê técnico constituído para elaborar o programa já tenha definido critérios, princípios e indicadores, possibilitando a realização de testes de campo. Então, em 90 dias, o programa seria lançado.

“O custo de criação do programa será da Abras e, a partir daí, as organizações que quiserem ser auditadas terão de arcar com os custos”, disse Rosemary nesta quarta-feira, em encontro com jornalistas na sede da Abras.

Segundo ela, o comitê técnico ainda vai definir quais informações serão requeridas na auditoria. “O maior desafio é a rastreabilidade”, comentou. “Sabemos que existem programas de governo. O que estamos propondo é um programa independente, de autorregulação.”

De acordo com o presidente da Abras, Sussumu Honda, três grandes redes –Wal-Mart, Carrefour e Pão de Açúcar– e três frigoríficos –Bertin, JBS e Marfrig– já são signitários do programa, que prevê a compra de carne, por parte das varejistas, exclusivamente de frigoríficos que aderirem à proposta. “Esperamos uma adesão maior das empresas do setor e haverá uma campanha também voltada ao consumidor final”, disse Honda.

Segundo ele, o programa corresponde ao “primeiro passo para deixar claro o compromisso do setor de varejo com a produção responsável”.

As informações são da Folha Online, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Humberto de Freitas Tavares disse:

    Vi a entrevista do sr. Sussumu Honda ao João Batista Olivi, e posso afirmar que este programa proposto pela ABRAS tem tudo para revolucionar a pecuária brasileira

    Teremos finalmente certificação de ORIGEM, sem exigência dos ridículos, caros e inúteis brincos preconizados pelo aparvalhado e agora defunto SISBOV.

    O processo de certificação vai ser acompanhado por certificadora de idoneidade internacionalmente reconhecida e está em perfeita consonância com o estamento legal brasileiro.

    Como se recordam os que se interessam pelo assunto, o projeto de lei PL-3514/2008, já aprovado em plenário e encaminhado so Senado em 30/06/09, estabelece que a rastreabilidade da cadeia produtiva das carnes bovina e bubalina será implementada exclusivamente com base nos seguintes instrumentos:

    I – marca a fogo, tatuagem, ou outra forma permanente de marcação dos animais, para identificação do estabelecimento proprietário;
    II – GTA – Guia de Trânsito Animal;
    III – nota fiscal;
    IV – atestado de vacinação;
    V – registros do Serviço de Inspeção Federal, dos Estados ou dos Municípios, conforme exigir a legislação pertinente.

    Devagar as coisas vão entrando nos eixos. Cumprimentos à ABRAS pela lição de realismo.

    Parece incrível, mas teve que vir gente de fora para nos ensinar a trabalhar direito.

    SISBOV? Não brinco mais!

  2. Fernando Cardoso Gonçalves disse:

    Pecuarista precisa ter renda.
    Se estas certificações ou rastreabilidade fossem criadas para colocar dinheiro e aumentar a renda, tudo bem, Todos fariam e ninguém iria se queixar.
    De outra parte, penso que estes sistemas de certificação e rastreabilidade conseguem revogar a lei da oferta e da procura. Se o produtor não certifica ou não faz a rastreabilidade, não possui a “chave” do mercado e assim fica fora daquele filão. É uma barreira artificial e por isso acredito que as garantias devem ser dadas pelos orgãos federais e estaduais e não o produtor. Assim todos estão livres para participar do mercado.
    O frigorífico ou o verejo deve pagar mais se quiser colcoar mais exigências.
    O produtor produz com a qualidade compativel com sua renda. Se pagar mais, leva com brinco, certificado e até embalagem de presente…

  3. Alexandre Camargo disse:

    Muito interessante esse assunto, mas os “grandes frigoríficos” estão sempre correndo atráz para estarem em ordem com os orgãos fiscalizadores e chegar com o seu produto com alto padrão de qualidade ao consumidor final, mas o que fazemos com os supermercados e açougues (pequenos, médios e grandes) que comercializam carnes em “frigoríficos” e abatedouros clandestinos, bovinos abatidos fora de todos os padrões de qualidade, higiene e outros.
    Os “grandes frigoríficos” têm seus custos para estarem em ordem com todos os critérios de fiscalização impostas pelos orgãos competentes, com isso gerando custos em seu produto final para o consumidor e os abatedouros locais se tornam concorrentes fortes, pois a margem colocada é “isenta” de todo qualquer custo de normas, fiscalizações, certificados, etc.
    O projeto da Abras é muito interessante mesmo por começar a dar atenção na procedência da carne nos supermercados no que foi citado, mas para maior segurança da qualidade de “grandes frigoríficos”no consumo da carne pelo consumidor final, acrescentaria aos supermercados estarem certificados que a carne ofericida ao consumidor final fosse fornecida pelos “grandes frigoríficos” certificados e em ordem com todos os padrões exigidos pelos orgãos fiscalizadores. Não havendo essa exigência por parte dos supermercados em comprar carne de forncedores certificados não há motivos de nada ser certificado por nada, pois o consumidor final ainda não a consciência de exigir essa procedência aos supermercados e os forncedores locais sempre serão mais fortes em relação aos fornecedores certificados.

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