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Abrafrigo critica nova estratégia de vendas da JBS

A agressiva estratégia de compra de boi e de venda de carne de porta em porta que o Grupo JBS/Friboi relançou no país no segundo semestre deste ano, com dinheiro do povo, tem por objetivo a submissão dos pecuaristas e reduzir a concorrência nas vendas de carnes, prejudicando milhares de empregos nos açougues e pequenos frigoríficos municipais. O alerta é da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo).

A agressiva estratégia de compra de boi e de venda de carne de porta em porta que o Grupo JBS/Friboi relançou no país no segundo semestre deste ano, com dinheiro do povo, tem por objetivo a submissão dos pecuaristas e reduzir a concorrência nas vendas de carnes, prejudicando milhares de empregos nos açougues e pequenos frigoríficos municipais.

O alerta é da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo). Segundo o presidente da entidade, Péricles Salazar, o grupo é responsável por 12% nas vendas de carnes no mercado interno e quer expandir ainda mais sua participação. “Como o mercado externo não tem reagido bem, o JBS/Friboi quer crescer mais no Brasil, mas à custa dos pequenos negócios e dos empregos que geram”, disse o dirigente.

A JBS/Friboi anunciou há alguns meses que iria fazer um teste piloto com este tipo de comercialização, que utiliza vans refrigeradas, em cidades de porte médio do interior de São Paulo. A frota é composta de 250 veículos que anunciam sua chegada com uma música que está se tornando familiar para as donas de casa destes locais e também realizam a entrega carnes sob encomenda. Nos primeiros meses de operação se observou que cada uma das vans tem capacidade de comercializar entre 250 a 300 quilos de carne por dia, “o que acaba com o mercado local para outros concorrentes”, disse o presidente da Abrafrigo.

A intenção anunciada pela empresa é estender o sistema para todo o país, com uma frota de 10 mil vans refrigeradas circulando. “O pior é que tudo isso está sendo financiado pelo governo federal, via BNDES, que não para de fazer grandes aportes de capital no JBS/Friboi. Como pode o BNDES, sócio da empresa, bancado com dinheiro do povo, com o seu silêncio e passividade, concordar em prejudicar milhares de empregos e pequenos negócios espalhados por todo o Brasil ?”, questiona o Presidente da Abrafrigo, Péricles Salazar. “Está na hora do Governo por um fim a estes absurdos”, conclui.

As informações são da Abrafrigo, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. carlos andre teixeira cafe disse:

    isso so vai parar se os proprios pecuarista pararen de vender a materia prima que o boi tem tantos frigorificos em varias regioes do brasil e so boicotar a venda

  2. Cleziomar A. V. Egidio disse:

    Poderá ser mais uma alternativa barata aos preços praticados pelos grandes supermercados ou distribuidores de carnes, que ao meu ver ganham percentual exagerado no repasse da carne com valores maiores elevados para o consumidor final. Para exemplificar faço uma análise simples que talvez algum de vocês possam complementar ou até mesmo contradizer a minha: o valor da arroba praticado aqui na região por tempos está abaixo de R$70,00 e a carne está acerca de R$13,00 o Kg de contra filé por exemplo, sei que há um grande fluxo na cadêia produtiva, agregando valor à carne até a chegada ao consumidor final. Porém quando se praticava o valor da arroba a cerca de R$80,00 o Kg de contra-filé também estava na faixa de R$13,00. Onde se houve uma queda no valor da arroba, porque essa queda também não foi refletida ao consumidor final? A justificativa de o atravessador estar embolsando a queda praticada fica visível sob este ponto de vista.

    E a questão da falta de empregos nos açougues não é impencilho, onde a mão de obra utilizada nestes estabelecimentos distribuidores será facilmente consumida nesta nova forma de negociação da carne, pois as vâns por exemplo necessitarão de mão de obra especializada que fornecerão um atendimento mais personalizado diretamente à população em sua residência, comodidade, praticidade alidado a um bom preço.

    Creio que a indústria acomodada não tem mais lugar no mercado, uma vez que novas formas de negociação e atendimento a clientes diversificados poderá acrescentar maior dinâmica ao mercado de carne brasileiro e proporcionando ganho maior ao produtor, que ultimamente vem sendo penalizado, até o consumidor economizando no valor do Kg da carne.

  3. Manoel Terra Verdi disse:

    Acho que o projeto do JBS, deve ser examinado com mais cuidado. Do ponto de vista da geração de empregos, se fecha nos açogues, abre outros tanto nas vans. Mas sinceramente acho que o JBS está começando por cidades pequenas (Andradina, Presidente Epitácio, Iturama, por ter nelas unidades de abate) principalmente para pegar experiência, e a partir daí atacar os Grandes Centros. Só posso imaginar que o alvo da disputa seja com as grandes redes de supermercados, que impõe na carne aquilo que na America se chama “Ditadura do Varejo”, com preço no atacado oscilando em torno dos R$ 5,00, e uma grande margem de lucro para se chegar ao preço para o consumidor. Do ponto de vista de nós produtores, se esta disputa se der, o resultado pode ser interessante: é possivel se romper a barreira imposta pelos supermercados, e para rompe-la só alguem de pêso. O que se ganha na carne após a porteira é desproporcional ao que se ganha dentro das fazendas. É preciso chacoalhar este mercado, nós ja não temos muito o que perder.
    Em tempo: A Abrafrigo tem todo o direito de reclamar, se alguma coisa agita o mercado, e se para começar se alcança os clientes (açogues)de seus afiliados, tem mesmo é que arrumar alguma argumentação. Mas não pode esquecer que os principais clientes de seus afiliados tambem são os supermercados.

  4. ROGERIO BORGES CAMPOS disse:

    O mercado por si só sempre vai buscar a estabilidade, porém sem nunca encontrá-la. O JBS, enquanto empresa, tem todo o direito de buscar novas formas de atuação e obtenção de lucro – isso é o objetivo de toda empresa.
    Contudo o que tem me preocupado é essa atuação, na minha opinião, demedida e irracional com que o BNDES vem injetando dinheiro em determinadas empresas.
    Será que o JBS não daria conta, hoje, de sobreviver sem o banco?
    Por que o BNDES tem que ficar despejando tanto dinheiro nestas “enormes” empresas?
    Por que um banco de fomento (público) se associar a um frigorifico?

  5. Ananias Duarte disse:

    O grupo JBS é BRASILEIRO. Conheço a história dessa gente! Temos fazendas no mesmo município. Tem meu apoio. Bela iniciativa. Devemos orgulhar de grupo; brasileiros como nós!

  6. Rafael Henrique Ruzzon Scarpetta disse:

    Nós temos é que parar de pensar nos outros, pois ninguém está pensando nos

    pecuaristas, então se esta atitude favorecer nossa classe de forma a pagar mais pela

    nossa arroba, retirando um setor que morde grande fatia do nosso lucro que são os

    grandes mercados, então esta atitude deve ser apoiada por nós. E só por isso

    também.

  7. Rogério Dias disse:

    Tomara que os Supermercados / Distribuidores de carnes acordem , poís o Friboi ta querendo abraçar até o consumidor final …

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