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Abiec: Chile e UE podem amenizar efeitos da crise

Roberto Gianetti da Fonseca, presidente da Abiec, espera que a reabertura das vendas ao mercado chileno, que havia cancelado os embarques após o surto de febre aftosa no Brasil em 2005, seja retomado a partir de março e diminua o excesso de oferta no mercado brasileiro. A expectativa, segundo disse, é que sejam embarcadas 100 mil toneladas anuais para o Chile. "Além disso, a União Europeia deve aumentar a lista de fazendas a partir de março, consumindo mais 150 mil toneladas por ano. Esses dois mercados devem reduzir a pressão de oferta no Brasil".

A forte retração no preço do petróleo nos últimos meses e a consequente redução nos postos de trabalho disponíveis ampliou a demanda por carne de frango nos países árabes. A mudança no perfil de consumo é considerada por especialistas como típica de períodos de crise por causa do menor custo da carne de frango em comparação à bovina. Representantes das indústrias foram unânimes em afirmar que é necessário empenho para manter os atuais mercados e garantir a estabilidade dos preços.

No caso da carne bovina, mais afetada até o momento, os exportadores esperam compensar as perdas com a retomada das vendas ao Chile e União Europeia a partir de março.

Após a forte queda nas exportações de carne de frango registrada no último trimestre de 2008, os embarques cresceram no primeiro mês de 2009. Conforme informações da Secretaria de Comércio Exterior vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (Secex), em janeiro, os embarques de frango in natura para os principais países no mercado árabe cresceu 4,6%, para 65 mil toneladas na comparação com dezembro de 2008. A carne bovina, por sua vez, recuou 17% no mesmo período, para 15,5 mil toneladas.

Roberto Gianetti da Fonseca, presidente da Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne (Abiec), confirmou a preferência pelo frango no atual contexto. Porém disse que a redução é insignificante e, portanto, não provoca preocupação. “Nosso objetivo é manter nossa liderança entre os árabes e reforçar os contatos”, disse durante a 14º edição da Gulfood, uma das maiores feiras de alimentos da região, realizada em Dubai.

Ele espera que a reabertura das vendas ao mercado chileno, que havia cancelado os embarques após o surto de febre aftosa no Brasil em 2005, seja retomado a partir de março e diminua o excesso de oferta no mercado brasileiro. A expectativa, segundo disse, é que sejam embarcadas 100 mil toneladas anuais para o Chile. “Além disso, a União Europeia deve aumentar a lista de fazendas a partir de março, consumindo mais 150 mil toneladas por ano. Esses dois mercados devem reduzir a pressão de oferta no Brasil”.

A matéria é de Roberto Tenório, publicada na Gazeta Mercantil, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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