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Abiec aposta em crescimento das exportações em 2011

A projeção de crescimento de 10% em receita cambial, totalizando US$ 5,3 bilhões, foi mantida para 2011. Se as expectativas se confirmarem, o montante atingirá a receita de 2008, que foi o melhor desempenho da história do setor. "O grande objetivo da Abiec, em parceria com o governo, é trazer mais competitividade à carne brasileira. O momento atual é de harmonização de preços e o binômio preço e pacote tecnológico, aliado à autogestão, são ferramentas propícias" destacou Camardelli.

A receita cambial com vendas externas de carne bovina brasileira somou US$ 4,795 bilhões em 2010, aumento de 16% ante os US$ 4,118 bilhões obtidos em 2009, impulsionada pelo aumento de 18% nos preços praticados (US$ 3.897/tonelada). Em volume, houve redução de 3% nos embarques, passando de 1,924 milhão de toneladas equivalente carcaça em 2009 para 1,864 milhão de toneladas em 2010. Os resultados fazem parte de levantamento da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), divulgado nesta quarta, dia 19.

O resultado de 2010 ficou um pouco abaixo da expectativa da entidade, que previa receita de US$ 4,9 bilhões no período. O volume, entretanto, ficou acima dos 1,64 milhão de toneladas equivalente carcaça projetados para o ano passado. A Abiec também divulgou os dados de dezembro do ano passado ante o mesmo mês de 2009, quando houve queda de 4% na receita, para US$ 360,929 milhões; recuo de 27% em volume, para 119,225 mil toneladas equivalente carcaça, e aumento de 25% nos preços, para US$ 4.474/tonelada.

“A queda em volume não nos preocupa, olhamos o faturamento”, avaliou Camardelli. Ele explica que a queda no volume se deu por uma questão mercadológica, impactada, principalmente, pela crise europeia. Porém, ressaltou que o fato não é significativo, uma vez que o faturamento teve uma expansão bastante importante. “Estamos alcançando uma maturidade das relações dos grupos técnicos do governo dos dois países, então há uma diminuição da área cinzenta, tornando a relação comercial mais salutar”, disse.

Segundo o presidente da Abiec, Antonio Jorge Camardelli, em comunicado, 2010 foi um ano muito seco, o que atrapalhou a engorda dos animais e, por consequência, trouxe desequilíbrio na oferta e demanda. “Mas para 2011 teremos uma oferta melhor de animais”, afirmou o executivo na nota.

A Abiec ainda informou que as exportações de carne in natura, que somaram US$ 3,861 bilhões em 2010, com embarques de 1,398 milhão de toneladas equivalente carcaça, tiveram como mercados em destaque a Rússia, com receita cambial de US$ 1,023 bilhão e volume de 418,988 mil toneladas; o Irã, com US$ 807,320 milhões e 281,151 mil toneladas e o Egito, com 166,513 mil toneladas e receita de US$ 409,959 milhões.

Com relação à carne industrializada, que teve receita de US$ 498,225 milhões e 311,006 mil toneladas, o principal mercado foi o Reino Unido (US$ 157,216 milhões e 106,190 mil toneladas), já que os Estados Unidos ficaram o segundo semestre de 2010 fechados para a carne brasileira. Com o embargo, as exportações para os americanos caíram 65% em receita cambial (US$ 76,346 milhões) e 23% em volume (33,828 mil toneladas) na comparação entre 2010 e 2009.

A projeção de crescimento de 10% em receita cambial, totalizando US$ 5,3 bilhões, foi mantida para 2011. Se as expectativas se confirmarem, o montante atingirá a receita de 2008, que foi o melhor desempenho da história do setor. “O grande objetivo da Abiec, em parceria com o governo, é trazer mais competitividade à carne brasileira. O momento atual é de harmonização de preços e o binômio preço e pacote tecnológico, aliado à autogestão, são ferramentas propícias” destacou Camardelli.

“Em não mais do que 15 dias estaremos agregando mais cinco plantas exportadoras para a China e teremos um incremento, até o final do ano de mais 14 plantas”, afirmou o presidente da Abiec. Em 2011, o presidente da Abiec informou que o posicionamento da entidade continua a ser o de buscar a abertura de novos mercados e de fortalecer os vínculos com os países que já tem relações comerciais com o Brasil.

Camardelli disse, ainda, que cinco novas plantas devem ser habilitadas também para exportarem para a Rússia.

As informações são da Agência Estado e da Agência Safras, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. carlos massotti disse:

    Apostar em aumento de exportacoes tendo como principais mercados paises inconstantes, em crise economica ou com grande risco politico – Russia/Ira/Egito -3 paises que absorveram em 2010 nada menos que 61,8% em volume to total exportado – é realmente um exercicio de otimismo admiravel!!!

    Vamos entao torcer e rezar para que os russos decidam pagar nossos precos que sao maiores do que qualquer outro pais exportador – que o Egito deixe de comprar bufalo da India com custo 50% inferior ao da carne brasileira e venha tambem pagar os nossos altos precos – e que o Ahmadinejad acerte o contencioso nuclear e que acabe o boicote internacional facilitando um pouco o nosso trabalho em receber os pagamentos do Iran – e claro torcer para uma rapida recuperacao economica da Uniao Europeia e mundial para que possam vir comprar nossa carne e pagar os nossos precos tambem superiores aos da concorrencia -sem esquecer de rezar para que o cambio melhore para exportacao -que preco do boi caia oara niveis razoaveis -que a demanda interna enfraqueca -e que os precos das carnes dos nossos concorrentes aumentem……

    Haja otimismo!!! vamos realmente precisar rezar muito!!!!

  2. Fábio Henrique Ferreira disse:

    Que o Sr. Camardelli esteja atento para o mercado união européia que continua comprando e remunerando o frigorifico. Estes números aos quais o mesmo demonstra e gerencia são bons devido a este mercado. O senhor pode não perder este mercado ou a nevoa cinza pode clarear, mas fique atento que o NUVEM já esta PRETA na sua cara e você ou não está vendo ou ….Frigorífico não pagar nada a mais pelo animal rastreado e exportar amanha o produtor nao mais vai produzir o produto de TANTO LUCRO para os frigoríficos e ABIEC.

    Digo isto pq os frigoríficos querendo amenizar todas suas percas ficaram durante todo segundo semeestre de 2010 e até a alguns dias atrás FICARAM comprando animal EUROPA, recebendo a mais para exportar e NÃO remunerando os produtores.

    É um FURTO a mão armada, todos os relatórios do beefpoint, abiec, nada mais hoje é escondido, demonstram que os frigoríficos exportam e ganham e não passaram nada para alguns produtores para se beneficiar.

    Estes logicamente vão mudar de galinha para PATO e ai o frigorífico que se aproveitou não mais vai ter os OVOS de ouro.

    Camardelli está horrível o que seus associados estão fazendo, horrível para eles e para você, ganhar nas costas do suor dos outros e não pagar NADA por isto, RIDÍCULO.

    Lembre disto meu QUERIDO, pelo que seus associados fizeram em 2010 e estão fazendo até agora, pode ter a CERTEZA que a quantidade de animais rastreados que vocês teram aptos para 2011 será menor por consequencia causada por vocês mesmo. E isto fará com que seus NUMEROS no início de 2012 sejam ridículos.

    O SENHOR AINDA TEM tempo, sente com seus associados, aguardamos os 8,00 reais a mais por @ para o primeiro semestre e aguardamos também os 4,00 rais a mais por @ para o segundo semestre para os animais rastreados.

  3. carlos massotti disse:

    é nisto que dá alardear um exagerado otimismo como a entrevista do caro Dr Camardelli – a revolta e o odio destilado pelo Sr Fabio Henrique Ferreira acima, (como tambem é a opiniao de muitos outros pecuaristas espalhados pelo Brasil!) acaba tendo uma razao de ser , pela total falta de conteudo do texto da entrevista – 0 Dr Camardelli deveria ter esclarecido (ou espero possa esclarecer um dia) que as exportacoes de carne para a Uniao Europeia totalizaram somente cerca de 4,5% do total exportado em 2010 -e que os precos europeus nao sao absolutamente compensadores devido a terrivel crise economica por que passa a Europa – se os frigorificos nao pagam o premio pelo animal rastreado é porque o mercado absolutamente nao permite que seja pago qualquer premio – achar que o nao pagamento de premio é um roubo e que com uma reuniao na abiec o problema poderia ser solucionado tem que ser atribuido a uma falta de informacao ao pecuarista ,que ve uma entrevista desta e passa a achar que os frigorificos ganham rios de dinheiro e estao nadando de bracadas – senhores nao é nada disto os frigorificos continuam enfrentando terriveis dificuldades a situacao na Europa é muito dificil com consumo e precos em queda vertiginosa e o Brasil perdendo competitividade a cada dia – é funcao dos dirigentes das entidades esclarecer e informar aos produtores da real situacao de mercado para tentar ao menos minimizar esta conflituosa relacao pecuaristax frigorifico – Dr Camardelli o senhor deveria solicitar uma nova entrevista ao Beef Point e deixar as coisas mais claras, caso contrario voce e o setor como um todo corre o risco de receber mais manifestacoes raivosas e cheias de magoa tal como do Sr Fabio de Goiania –

    tem que ser esclarecido que o preco do boi no Brasil hoje é um dos mais caros do mundo – que o Brasil perde e vai continuar perdendo competitividade internacional gracas ao preco do boi e do baixo dolar – que a grande parte de nossas exportacoes sao de carne para industrializacao e processamento (dianteiros especialmente) -Russia/Iran/Egito levaram em 2010 62% em volume do tal de nossa exportacoes -que os precos de venda de exportacao mesmo de dianteiros sao muito apertados e dificilmente deixam alguma margem de lucro com raras excecoes –

    chega de ufanismo barato e exagerado – vamos falar a verdade!!!

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