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ABCZ e Apex-Brasil renovam por dois anos acordo de cooperação

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O Projeto Brazilian Cattle, acordo de cooperação firmado entre a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) foi renovado por mais dois anos.

O projeto, que tem o objetivo de promover a abertura de mercado para a genética zebuína, produtos e serviços da pecuária brasileira no exterior, tem atraído os empresários de Minas Gerais. Dos 70 participantes atuais, 48% são empresas e criadores do Estado.

De acordo com a gerente de relações internacionais da ABCZ e coordenadora do Projeto Brazilian Cattle da ABCZ, Icce Garbellini, o projeto, que é desenvolvido pelas duas entidades há 17 anos, é um plataforma que auxilia as empresas de vários segmentos da pecuária e criadores de raças zebuínas a acessarem o mercado externo.

“Nós fazemos esta interface e somos facilitadores do processo de internacionalização. Trabalhamos na divulgação dessas empresas, dos criadores e dos produtos. Entre as iniciativas desenvolvidas estão ações de marketing, publicidade e participação em eventos internacionais. No período atual, devido à pandemia, nós estamos desenvolvendo ações virtuais que auxiliam nos processos de internacionalização”, explica.

Ainda conforme Icce, hoje, participam do projeto criadores de raças zebuínas e empresas de segmentos variados da pecuária, como nutrição, produtos veterinários, sementes de pastagens, maquinários, equipamento, centrais de genética e tradings de exportação de animais vivos.

O projeto é considerado importante para que as empresas e criadores ampliem o raio de atuação, ingressando no mercado internacional, buscando melhores condições de comercializar os diversos produtos e obtendo melhores resultados.

Com o auxílio e orientações, criadores têm encontrado oportunidades comerciais interessantes, o que é feito através de missões prospectivas e participação em ações internacionais promovidas pelo projeto.

“Ao participar do projeto, a empresa ou o criador consegue identificar boas opções de negócios. No caso dos criadores, a maior parte comercializa material genético e também animais vivos para reprodução. Também trabalhamos com tradings que comercializam animais para abate. Toda a parte de insumos e tecnologia está inserida no projeto. É um esforço conjunto, que vem tendo grandes resultados e, realmente, auxiliando de forma positiva a balança comercial brasileira e o desenvolvimento dos criadores e empresas”.

Ainda segundo Icce, pela pecuária nacional ser uma referência internacional de sustentabilidade e qualidade, a demanda pelos produtos existe e o projeto, ao contribuir para a internacionalização dos criadores de zebuínos, também está auxiliando a produção de alimentos em outros países.

“Automaticamente nós, por meio da genética e dos insumos, conseguimos auxiliar o incremento da produtividade da pecuária dos outros países. Nós da ABCZ nos sentimos muito honrados em desenvolver este projeto junto à Apex Brasil e poder levar para todo o mundo o potencial da genética zebuína brasileira. A genética zebuína e os produtos da cadeia têm a capacidade de mudar o cenário de produtividade do país para onde eles vão. Isso é muito importante para mostrar para o mundo o quanto a pecuária brasileira é eficiente, sustentável, produtiva e competitiva”, destaca.

Mercado asiático – O foco de atuação, a médio e longo prazos, é encontrar oportunidades na Ásia e Oriente Médio. Também estão sendo feitos trabalhos para incrementar as exportações para a África e buscando consolidar os embarques para a América Latina.

Em relação ao mercado para os produtos da raça zebuína, a comercialização com o exterior vem se mantendo estável, mesmo com a pandemia do novo coronavírus. Alguns entraves são enfrentados, principalmente, em relação à logística, mas estão sendo contornados.

“Nós ainda não tivemos um desaquecimento do mercado internacional, que continua ativo. Mas estamos precisando superar alguns problemas como a logística. A valorização do dólar tem contribuído para uma melhor comercialização dos itens”, diz Icce.

Fonte: Diário do Comércio.

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