Leia comunicado da ABCZ, enviado ao BeefPoint, sobre a raça das receptoras para FIV e TE de animais zebu.
A ABCZ esclarece que, ao contrário do que foi divulgado por terceiros, o uso de receptoras zebuínas não foi uma “restrição imposta” pela entidade e, sim, uma proposição que foi levada à discussão em reunião do Conselho Deliberativo Técnico, órgão máximo de deliberação das raças zebuínas no Brasil, realizada em 07 e 08 de outubro de 2009 e posteriormente, aprovada pelo Conselho e homologada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Também é importante ressaltar que a medida sugerida àquela época não “caiu”, conforme divulgado por outras fontes, mas sim, foi modificada, sempre no sentido de incentivar o uso de receptoras zebuínas. Isso é relevante porque notícias com conteúdos enviesados podem, ao invés de cumprir o papel essencial de esclarecer os criadores, levar a um desentendimento ainda maior da situação.
A proposta foi encaminhada ao Conselho Deliberativo Técnico por vislumbrar um cenário bastante positivo para a pecuária brasileira em geral e as raças zebuínas (presentes em aproximadamente 80% do rebanho nacional), que além de já possuírem características fundamentais para desempenharem muito bem o papel de receptoras, como habilidade materna, longevidade e rusticidade, podem ter estas importantes características aprimoradas a partir do seu uso como receptoras.
Apesar da recente mudança aprovada pelo Conselho Deliberativo Técnico e homologada pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) de não tornar obrigatório o uso de receptoras com genética zebuína em processos de FIV e TE a partir de 2014, a ABCZ continuará desenvolvendo ações para incentivar o uso de receptoras zebuínas.
Mesmo não sendo o uso obrigatório, a nova proposta aprovada pelo Conselho Deliberativo Técnico recomenda o uso de receptoras com genética zebuína nos processos de TE e FIV para as raças Brahman, Cangaian, Indubrasil, Nelore e Sindi, devendo ser usadas uma das seguintes categorias:
A partir de 01 de janeiro de 2014 e até 31 de dezembro de 2015, todas as receptoras que não se enquadrarem nas categorias citadas acima, independentemente de sua composição genética, deverão ser identificadas por um número único no país, através de um sistema desenvolvido pelo serviço de registro genealógico das raças zebuínas (SRGRZ).
A identificação física das receptoras não zebuínas poderá ser realizada pelo próprio criador, central de biotecnologia de embriões ou outros partícipes do processo, desde que atendidas as condições determinadas pelo sistema desenvolvido e disponibilizado pelo SRGRZ. Fica estabelecido o valor equivalente aos emolumentos de um registro genealógico definitivo de matrizes LA – livro aberto, para o cadastramento dessas matrizes receptoras no SRGRZ.
A partir de 01 de janeiro de 2016, o valor do cadastro das matrizes não zebuínas passará a ser o de três vezes os emolumentos correspondentes a um Registro Genealógico Definitivo de matrizes LA – livro aberto, para o cadastramento dessas matrizes receptoras no SRGRZ.
Caso o criador opte, a partir de janeiro de 2014, por utilizar receptoras zebuínas o cadastramento das receptoras será feita pelo próprio técnico da ABCZ. Caso o criador, opte pelo uso de receptoras não zebuínas, haverá a necessidade de seguir um procedimento de cadastramento das receptoras no site da ABCZ (através das comunicações eletrônicas ou através do sistema de biotecnologia). Veja a seguir como funcionará esse cadastramento:
Fonte: ABCZ, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.