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Abates devem começar até amanhã no RS

Segundo a expectativa do secretário da Agricultura do Rio Grande do Sul, José Hermeto Hoffmann, o abate dos animais das 30 propriedades gaúchas que registraram focos de aftosa deverá começar até amanhã. Inicialmente, calcula-se que deverão ser abatidos 11,5 mil animais em frigoríficos de 6 municípios. A carne desses animais poderá ser comercializada.

O Sindicato Rural de Rio Grande concordou em permitir o ingresso dos técnicos da secretaria para finalizar o rastreamento nas últimas 8 propriedades rurais que faltavam ser visitadas até ontem. Porém, a entidade pretende entrar hoje com uma ação cautelar na justiça, tentando assegurar que seja feito o repasse antecipado das indenizações pelos animais abatidos.

Os detalhes que faltavam para que os abates fossem iniciados foram decididos ontem em uma reunião feita entre representantes do Sindicato das Indústrias de Carnes (Sicadergs) e técnicos estaduais. Dessa forma, os frigoríficos apresentaram a tabela de preços a ser paga por categoria de animal – terneiros, novilhos, bois, vacas prênhes – , com base no rendimento de carcaça. Segundo o diretor executivo do Sicadergs, Zilmar Moussalle, como as vísceras e os miúdos não serão aproveitados, e a costela e o dianteiro terão de ser desossados para a venda, a cotação deverá sofrer uma depreciação.

A diferença entre o valor pago pelo frigorífico e o estipulado pela Comissão de Avaliação – formada por representantes dos produtores, da secretaria e do ministério da Agricultura e do Sicadergs – será bancada pelos governos federal (dois terços) e estadual (um terço). As indústrias também apresentaram aos técnicos uma relação de 45 empresas habilitadas a fazer abate, desossa e maturação.

Hoffmann informou que o trajeto dos caminhões que levarão os animais para o abatedouro será definido hoje. Os abates devem ser simultâneos, nos seis municípios, mas não há prazo para o término, devido ao fato de que também será feita sorologia na zona infectada (até 3 quilômetros dos focos) e, em caso positivo, o animal também terá de ser eliminado.

Durante reunião com o Sindicato Rural de Rio Grande, o Hoffmann informou que já foi aprovado um financiamento de R$ 3 mil para quem tem até três módulos rurais, sendo R$ 1,5 mil a fundo perdido. Além disso, ele disse que está sendo negociada com o ministério uma linha para compensar o lucro cessante com o vazio sanitário (período de pelo menos um mês em que as propriedades não podem receber animais). O pagamento antecipado das indenizações, entretanto, não é possível devido aos impedimentos legais, destacou Hoffmann.

fonte: Zero Hora/RS, adaptado por Equipe BeefPoint

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