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Abate de bovinos no segundo trimestre de 2013 apresenta novo recorde: aumento de 5,3% em relação ao recorde anterior (IBGE)

Segundo dados do IBGE, o abate de bovinos no Brasil, do 2º trimestre de 2013, foi de 8,557 milhões de cabeças.

Esse valor representou aumento de 5,3% em relação ao 1º trimestre deste ano e de 11,7% frente ao 2º trimestre de 2012, no qual nota-se que o Brasil atingiu um novo recorde histórico. O recorde anterior havia sido alcançado no 4º trimestre de 2012, com a marca de 8,188 milhões de cabeças abatidas. Nos comparativos anuais entre os mesmos trimestres, o 2º trimestre de 2013 foi o sétimo trimestre consecutivo em que se tem observado aumento da quantidade de bovinos abatidos, destacando-se assim o bom desempenho da bovinocultura brasileira (Gráfico I.1).

Por não haver variações acentuadas no peso médio das carcaças de bovinos, sobretudo em nível nacional e entre os mesmos períodos do ano, a série histórica trimestral do peso acumulado das carcaças de bovinos geralmente acompanha o comportamento da série histórica do abate de bovinos. Nesse sentido, a produção de carcaças de bovinos também alcançou nova marca recorde no 2º trimestre de 2013, com 2,012 milhões de toneladas (Gráfico I.2). Esse valor representou aumentos de 6,1% em relação ao trimestre imediatamente anterior e de 11,7% frente ao 2º trimestre de 2012. O 2º trimestre de 2013 também foi o sétimo trimestre consecutivo em que se tem observado aumento da produção de carcaças de bovinos, considerando-se os mesmos trimestres nos comparativos anuais.

De acordo com o IPCA/IBGE (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que é o indicador oficial da inflação brasileira, de janeiro a junho de 2013 o índice da carne bovina sofreu retração de 2,93%, enquanto o índice geral da inflação para o período foi de 3,15%. No acumulado dos últimos 12 meses (de julho de 2012 a junho de 2013), o índice da carne bovina foi de 1,19%, enquanto o índice geral da inflação, 6,70%.

Segundo o indicador ESALQ/BM&F Bovespa do Cepea, o preço médio da arroba bovina de abril a junho de 2013 foi de R$ 98,96, variando de R$ 97,23 a R$ 100,60. No mesmo período do ano anterior, o preço médio da arroba bovina foi de R$ 93,77, variando de R$ 92,28 a R$ 96,93, representando aumento médio anual de 5,54%.

De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), a exportação brasileira de carne bovina in natura teve melhor desempenho no 2º trimestre de 2013, comparativamente ao mesmo período do ano anterior e ao 1º trimestre de 2013, tanto em volume quanto em faturamento (Tabela I.1). O preço médio da tonelada de carne bovina in natura exportada de abril a junho de 2013 recuou 6,7% e 2,7% frente à igual período do ano anterior e ao 1º trimestre de 2013, respectivamente.

Rússia (29,0%), Hong Kong (20,6%), Egito (11,7%), Venezuela (9,0%), Chile (6,4%), Irã (3,7%), Argélia (2,0%), Itália (1,9%), Jordânia (1,8%) e Holanda (1,5%) foram os dez principais países importadores da carne bovina in natura do Brasil, no 2º trimestre de 2013, respondendo juntos por 87,6% das importações. Todos esses países apresentaram aumento na quantidade de carne bovina importada do Brasil, em relação ao mesmo período de 2012, com destaque a Hong Kong, que importou 36,8 mil toneladas a mais no 2º trimestre de 2013. O Irã, que obteve o segundo maior incremento absoluto nas importações, importou 4,8 mil toneladas da carne bovina in natura do Brasil.

O Gráfico I.3 mostra que a participação de fêmeas no abate total de bovinos tem crescido consecutivamente no comparativo anual dos mesmos trimestres desde o 4º trimestre de 2010. Destaque deve ser dado ao Estado de Goiás com aumento da participação de fêmeas no abate total de 39,7% no 2º trimestre de 2012 para 47,6% no 2º trimestre de 2013, chegando próximo do patamar dos 50% dos seus vizinhos Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Todas as grandes regiões do Brasil apresentaram aumento da quantidade de bovinos abatidos, no comparativo do 2º trimestre de 2013 com o mesmo período do ano anterior. Esses incrementos foram da ordem de 17,0% no Sudeste; 14,0% no Centro-Oeste; 10,0% no Norte; 6,2% no Nordeste; e 2,3% no Sul. O peso acumulado das carcaças produzidas, também foi maior em todas as grandes regiões. Contudo, o peso médio das carcaças dos animais caiu em alguns estados devido à maior participação de fêmeas no abate total e/ou efeito da seca sobre a engorda dos animais, destacando-se Tocantins, Maranhão, Ceará, Sergipe e Goiás com reduções de 8 a 15 kg no peso médio das carcaças produzidas. Em nível nacional, o peso médio da carcaça foi de 235 kg no 2º trimestre de 2013, sendo o mesmo do 2º trimestre do ano anterior.

O desempenho superior da pecuária bovina no 2º trimestre de 2013 em relação ao mesmo período do ano anterior foi impulsionado pelo aumento do abate de bovinos em 20 das 27 unidades da Federação. O incremento de 899.189 cabeças bovinas em nível nacional teve como destaque os Estados Mato Grosso (+201.647 cabeças), Goiás (+192.081 cabeças) e Minas Gerais (+179.105 cabeças), seguidos pelos Estados de São Paulo (69.196 cabeças), Pará (67.494 cabeças), Rondônia (53.825 cabeças), Paraná (49.723 cabeças), Bahia (34.433 cabeças), Tocantins (25.232 cabeças) e Mato Grosso do Sul (16.880 cabeças), todos apresentando incrementos expressivos na exportação de carne bovina in natura no 2º trimestre de 2013 (Tabela I.2).

No ranking do abate de bovinos nas Unidades da Federação destacam-se os três estados da Região Centro-Oeste, ocupando as três primeiras posições (Gráfico I.4).

No gráfico acima, o destaque fica para o RS, que teve redução de 5,8% entre o segundo trimestre de 2013 em relação ao mesmo período de 2012.

No 2° trimestre de 2013, participaram da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais 1.299 informantes de abate de bovinos. Dentre eles, 213 possuíam o Serviço de Inspeção Federal (SIF), 426 o Serviço de Inspeção Estadual (SIE) e 660 o Serviço de Inspeção Municipal (SIM), respondendo, respectivamente, por 79,6%; 15,2% e 5,2% do peso acumulado das carcaças produzidas. Todas as Unidades da Federação apresentaram abate de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária.

Confira na íntegra o relatório do trimestre anterior

Abate de bovinos no primeiro trimestre de 2013 é recorde, aumentando 12,7%, abate de fêmeas também cresce (IBGE)

Fonte:  IBGE, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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