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Abate de bois deve normalizar em até dois meses

A paralisação dos caminhoneiros afetou vários setores da agropecuária, inclusive o abate de bois. Durante a greve, o pecuarista Ricardo Carvalho, de Rondonópolis (MT) deixou de embarcar pouco mais de 100 animais que já estavam vendidos para um frigorífico da região.

Com os bovinos ainda na propriedade, os gastos ficaram maiores. “Esses animais tem um custo aqui em torno de R$ 130 por mês, então nessa conta vai ficar uns R$ 4,50 por animal a mais por dia que eu tenho”, explica Carvalho.

Já para o Fábio Neves, que trabalha com o sistema de confinamento, a conta será maior. Um lote com 300 animais não foi abatido e continuou consumindo ração no cocho.

“Vai passando do ponto, vai passando a correr mais e converter menos, ganhar menos peso”, diz o pecuarista.

Os impactos ainda devem ser sentidos no setor por algum tempo, já que há muitos produtores na espera para enviar os animais para o abate. “Ainda não temos uma resposta da indústria frigorífica de que quando nossos animais serão escalados para o abate”, esclarece Neves.

Em Mato Grosso, todas as 29 plantas frigoríficas com inspeção federal e habilitadas para o envio de carne para outros estados e países paralisaram as atividades. Segundo o sindicato que representa as empresas, cerca de 160 mil animais deixaram de ser abatidos no estado – um prejuízo que passa dos R$ 500 milhões.

Segundo o presidente do Sindifrigo, Luiz Antônio Freitas Martins, o abate deve ser normalizado em até dois meses. “Tem toda uma logística que foi prejudicada em função de compromissos externos, exportações, portuários, problemas de contêineres, problemas de insumos, para chegar nas unidades embalagens e tudo mais, então isso para normalizar vai entre 30 e 60 dias”, afirma.

Fonte: Globo Rural.

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