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A Síndrome de Walshe

A reação mais violenta às negociações e à possibilidade de uma maior entrada de produtos agrícolas do MERCOSUL e do Brasil na Europa vem, como não poderia deixar de ser, do setor mais atrasado e subsidiado da economia européia, e do país com o pior resultado fiscal: a Irlanda que teve em 2009 um déficit de 14,3% do PIB, quase cinco vezes acima do limite estabelecido pela UE. Antes de gastarem seu precioso tempo em se preocuparem com a cadeia produtiva da carne brasileira, os pecuaristas irlandeses e ingleses deveriam encontrar uma saída para melhorar a sanidade de seu rebanho e contribuir com alguma idéia que elimine os fartos subsídios que lhes são concedidos, pois este dinheiro já está fazendo falta a outros setores da sociedade européia, e que certamente deverá ser realocado na educação e na profissionalização daqueles setores em que a UE poderia se beneficiar e antecipar a sua saída da crise.

A Europa enfrenta ainda os reflexos da crise financeira de 2009. Na maior parte de seus países membros e em especial nos PIIGS (Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha), a situação das contas públicas é precária. Alguns países adotaram programas severos de ajuste fiscal, o que comprometerá o crescimento a curto prazo. Na quarta-feira, o FMI divulgou uma avaliação da economia da zona do euro. De acordo com as estimativas, o crescimento médio dos 16 países da união monetária será de 1% neste ano, 1,3% no próximo e 1,8% em 2012. A demanda interna continuará estagnada e a expansão econômica dependerá do aumento das exportações.

Em abril passado, quando foi anunciado o relançamento das negociações União Européia-MERCOSUL, o Presidente da Comissão Européia, José Durão Barroso, declarou que: “A Europa está agarrando uma importante oportunidade. Ao olharmos para o fortalecimento da economia global após a desaceleração, um êxito (nas negociações) pode oferecer benefícios reais em termos de emprego e crescimento para ambos os lados”.

De fato, o Mercosul tornou-se um parceiro cada vez mais importante para a União Européia. Nos quatro anos que precederam a crise, as exportações da UE para o MERCOSUL aumentaram em mais de 15% ao ano. Os investimentos foram de € 165 bilhões, mais do que os investimentos europeus na Rússia, China e Índia somados.

Não é segredo que especialmente o setor agropecuário dos países do MERCOSUL seria beneficiado com uma maior liberalização do comércio entre os dois continentes.

Mas o benefício aí também é para os dois lados. Os europeus em crise aproveitariam-se de ter à mesa alimentos e carnes de excelente qualidade a um preço mais barato, e a Europa poderia reduzir seus subsídios à produção diminuindo seus graves problemas fiscais.

A reação mais violenta às negociações e à possibilidade de uma maior entrada de produtos agrícolas do MERCOSUL e do Brasil na Europa vem, como não poderia deixar de ser, do setor mais atrasado e subsidiado da economia européia, e do país com o pior resultado fiscal: a Irlanda que teve em 2009 um déficit de 14,3% do PIB, quase cinco vezes acima do limite estabelecido pela UE.

No dia 9 de julho passado, o Ministro da Agricultura do Brasil, Wagner Rossi, acompanhado de representantes da indústria da carne brasileira, esteve em Bruxelas dialogando com membros da Comissão Européia com o objetivo de apresentar os avanços alcançados pelo Brasil frente às elevadas demandas da União Européia para a importação da carne bovina do Brasil.

Entre os assuntos tratados estavam por exemplo a flexibilização da decisão 61/2008 sobre a lista Traces e a revisão das normas para o cumprimento da cota Hilton.

Em nota à imprensa, Michael Doran, Chairman do Comitê de Pecuária da Irish Farmers Association noticiou que Ministro teria “falhado em sua missão”. Declarou ainda que: “A Comissão da União Européia não pode permitir que o Ministro da Agricultura brasileiro venha ditar os padrões a consumidores e produtores europeus”. Também disse que os relatórios da FVO (Food and Veterinary Office) repetidamente provaram que as autoridades brasileiras falharam em assegurar as demandas européias para a carne exportada, e que por isso seria inaceitável que os brasileiros passassem a gerenciar a lista Traces de fazendas aprovadas para a exportação.

Doran também diz que a UE não deve tolerar “dois pesos e duas medidas” (Double Standards) nos critérios para a importação da carne brasileira.

Os argumentos e acusações de Michael Doran são tão patéticos quanto desgastados, repetindo de maneira piorada as bravatas do antigo presidente da IFA, Padraig Walshe.

É preciso dizer em primeiro lugar que o Ministro Rossi nunca “falhou” em sua missão, que era a de aprofundar relações iniciando um diálogo franco e aberto nas negociações comerciais entre o Brasil e a Europa.

Entre 2009 e 2010, o Brasil foi visitado por nada menos que sete missões do FVO que reconheceu em sua última visita um “sensível avanço do Brasil na área sanitária”.

Comparativamente, os resultados de recentes missões do FVO em estados membros da UE têm mostrado a persistência de problemas sanitários em território comunitário, especialmente aqueles vinculados ao controle de enfermidades animais e o cumprimento de normas sanitárias e de higiene na produção de alimentos.

Quanto aos “dois pesos e duas medidas”, quem sabe, Michael Doran poderia explicar porque a carne irlandesa, que teve 1.646 casos de vaca louca desde 1988 (quase 100 de 2006 até hoje) é mais segura do que a brasileira, onde nenhum caso da doença jamais foi registrado.

Ou talvez o Comissário de Política e Saúde do Consumidor da Europa, John Dalli poderia explicar porque está propondo a remoção das regulamentações referentes à BSE. Entre as mudanças previstas está por exemplo o requerimento que um rebanho inteiro seja abatido se um animal tiver a doença. Agora, considera-se que a destruição do animal infectado e o teste do restante do rebanho possam ser suficientes para proteger-se contra a doença.

A UE também está considerando permitir que suínos, frangos e peixes sejam alimentados com farinhas derivadas de bovinos, apesar de ainda não considerar a remoção das restrições ao uso de alimentos derivados de bovinos para os próprios bovinos. Ou seja, um enorme retrocesso sanitário!

Quanto à Febre Aftosa, o último foco brasileiro foi em 2005, na fronteira entre Brasil e Paraguai. Os estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná (uma área equivalente às superfícies de França e Inglaterra somadas), foram embargados para a exportação à Europa, e resultaram em severas restrições à exportação brasileira, impostas no fim de 2007.

Em 2007, o Reino Unido teve focos de febre aftosa, tendo a comercialização de sua carne surpreendentemente liberada no espaço de poucas semanas.

Nas negociações da cota Hilton, a Europa ofereceu um contingente extra ao Brasil de 5.000 toneladas, dobrando a cota brasileira. Por outro lado, impôs novas regras para o cumprimento da cota, o que dificultou imensamente seu cumprimento. A UE não aceita por exemplo que os animais classificados para a cota Hilton no Brasil sejam terminados em confinamento, enquanto isso é aceito na cota Hilton norte-americana. Isso sim é um exemplo de “double standard”.

Agora uma nova arma de propaganda antibrasileira se junta ao arsenal de desserviços prestados pela IFA. Subitamente, os fazendeiros irlandeses parecem ter se convertido em militantes ambientalistas prontos a defender as florestas tropicais e o clima do planeta.

Segundo Michael Doran, a Europa não pode ignorar o massivo dano ambiental da destruição de florestas associada ao aumento das exportações de carne brasileira, contrariando a política da UE de proteção ao meio ambiente.

Doran poderia dar uma olhada na manchete de 23 de julho do The Guardian: “Desmatamento na Amazônia em franco declínio”. De fato, pelo segundo ano seguido batemos um recorde de queda dos índices de desmatamento, resultado de melhoras na fiscalização do poder público brasileiro e de iniciativas privadas, como o controle que a indústria frigorífica vem realizando sobre a cadeia de fornecimento.

Aliás, o Ministro Rossi também tratou com muita assertividade os avanços do Brasil na área ambiental, bem como tratou de melhor informar seus pares europeus sobre o assunto durante sua visita. Um dos exemplos dados pelo Ministro aos europeus foi a criação do Programa ABC, uma linha de crédito de 2 bilhões de reais exclusivamente para financiar práticas agropecuárias que sejam comprovadamente mitigadoras da emissão de gases de efeito estufa.

O Brasil é o segundo país do mundo em cobertura florestal nativa, com 440 milhões de hectares de florestas, o que corresponde a 69,5% de sua cobertura florestal original. A Europa tem 0,3% de suas florestas originais preservadas.

Não precisamos desmatar para produzir e nem exportar mais carne. O Brasil tem hoje a melhor tecnologia em agropecuária tropical do mundo, e em 30 anos nossa produção de carne aumentou 227%, para um aumento de área de apenas 4%, um salto de produtividade inigualado no mundo. A emissão de metano por kg de carne produzida foi reduzida em 29%, a maior redução entre os países produtores, enquanto na Europa o mesmo índice aumentou em vez de diminuir.

A insistência dos pecuaristas irlandeses e ingleses em atacar a qualidade da carne bovina brasileira é um exemplo de que, apesar do mercado mundial mudar a cada dia, há, ainda, discursos tão antigos quanto surrados pelo tempo.

Repito o que já afirmei em outras ocasiões: O discurso da IFA mostra o retardo temporal próprio daqueles menos preparados ou com menor excelência competitiva. Daqueles que defendem um setor já incapaz de crescer no mercado global, e de forma arrogante e imoral tentam justificar a adoção de políticas comprovadamente equivocadas.

Sentados em cima de generosos subsídios que distorcem totalmente o mercado mundial, os pecuaristas daqueles dois países viram o tempo passar e não descobriram uma forma de produzir com qualidade e competitividade sem que os seus Governos esvaziassem boa parte do cofre comunitário para sustentá-los. Tais subsídios, muito utilizados em décadas passadas, ainda perduram na competitiva economia mundial, onde a livre concorrência é o caminho.

Não esqueçamos o fato de que o “Welfare State”, aquele onde o Estado (nação) se coloca na condição de agente promotor, protetor e defensor dos milhares de Walshes e Dorans espalhados pela Europa, está sendo revisto e deverá ser revisado. Ora, já temos sinais suficientes de que sustentar a agricultura européia ao custo de 48% de todo o orçamento anual europeu já não é mais possível nem tampouco mais aceitável pelos contribuintes locais que já sofrem sobremaneira com a atual crise.

Portanto, antes de gastarem seu precioso tempo em se preocuparem com a cadeia produtiva da carne brasileira, os pecuaristas irlandeses e ingleses deveriam encontrar uma saída para melhorar a sanidade de seu rebanho e contribuir com alguma idéia que elimine os fartos subsídios que lhes são concedidos, pois este dinheiro já está fazendo falta a outros setores da sociedade européia, e que certamente deverá ser realocado na educação e na profissionalização daqueles setores em que a UE poderia se beneficiar e antecipar a sua saída da crise.

0 Comments

  1. Evándro d. Sàmtos. disse:

    Muito bom!

    Se o dinheiro dos subsídios à pecuária estão fazendo falta em educação e outros na UE, isto pouco me importa,aliais não faz mais falta lá do que aqui,somos um dos paises que mais tributa e que menor retorno oferece a população.Somos um dos paises com a pior distribuição de renda.

    Semelhanças?

    Não as encontro.

    A ABIEC esta preocupada com as exportações,muito justo,a final esta entidade foi criada para fomentaras exportações do seguimento de abate de animais,diversos.

    O curioso é esta entidade tão somente se preste a isso.

    Não estão nem ai com monopólio fomentado pelo governo e pelos políticos de plantão,via BNDES,lembrando apenas que o JBS não faz mais parte da ABIEC,e que no passado,próximo,a lista de exportadores da ABIEC era bem maior do que é hoje,por motivos óbvios.

    A ABIEC,a meu ver,é apenas uma entidade que tenta promover looby para exportação em beneficio de próprio,e de mais alguns poucos.

    Porque a ABIEC também não demonstra preocupação com os monopólios que se formam em nosso país e em nosso setor?

    Porque a ABIEC não se preocupa em dissinar a industrialização do nosso setor?

    A ABIEC esta satisfeita em negociar commodities,será melhor do que negociar industrializados,será melhor do dar cara,marca a nossa carne?

    Será a ABIEC um trampolim para políticos,e de colocação de executivos,Pratini de Morais poderia responder.

    É só isso ABIEC?

    Saudações,

    EVÁNDRO D. SÀMTOS.

  2. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Prezado Otávio Cançado,

    Parabéns pelo artigo. Um belo retrato das inconsistências da UE no trato do seu mercado de carnes. Sem dúvida muitas das barreiras não comerciais criadas pela UE a importação de carne carecem de preocupação mínima com a consistência de argumentos e fatos.

    Mas acredito que a médio e longo prazos a recessão vá forçar uma revisão orçamentária e a redução dos subsídios concedidos a seus pecuaristas e agricultores, um dos graves problemas econômicos do bloco, apesar de todo o lobby do setor agropecuário.

    Enquanto estas mudanças não ocorrem dependemos ainda mais de nossa competência para enfrentar os obstáculos criados aos nossos produtos.

    Att,

  3. Otávio Hermont Cançado disse:

    Meu caro Evandro,

    Obrigado pelos seus comentários e afirmaçcões. Como suas dúvidas são enormes e o seu desconhecimento sobre as ações da ABIEC ainda maiores te convido a nos visitar um dia, assim você poderá ver o imenso trabalho que a ABIEC – toda sua equipe alías – desempenha não somente para as exportações de carne bovina do Brasil.
    A ABIEC não demonstra preocupação com monopólios por um simples motivo: ele não existe. Concentação sim. Mas estamos atentos e trabalhando, mas não me cabe aqui lhe dizer a importância que damos ao tema.
    A propósito, creio que você deva estar se dedicando muito aos estudos acadêmicos – como eu um dia fiz. Mas meu caro Evandro, a realidade é muito diferente e um pouquinho mais complexa do que a suas precipitadas conclusões. Na teoria que você deve estar se apoiando para afirmar a existência de um monopólio no setor é a de que no capitalismo (aliás feroz como neste setor) a vontade, o desejo e o objetivo de toda empresa é ser monopolista. No entanto, na prática, repito, na prática isso é inviável no Brasil, neste setor, neste momento e nos próximos anos, com enormes perspectivas de crescimento.
    Não diga que a ABIEC faz Lobby. A ABIEC defende os interesses dos seus associados e das exportações brasileiras. Poderia ser diferente? seja razoável e objetivo. Menos ilusão e mais realismo são elementos muito importantes para que possamos evoluir e manter este diálogo ou, neste caso, ampla discussão com todos os leitores do beefpoint.
    Quanto à marca “Brazilian Beef” o esforço é enorme. Árduo e, infelizmente, até hoje, somente a ABIEC – nos últimos dez anos – foi capaz de fazer algo que nos levasse à condição de maiores do mundo. Mas você também não deve conhecer o trabalho da equipe de marketing da ABIEC e todas as suas ações ao longo deste longo período. Por isso, volto a lhe convidar para nos fazer uma visita.
    Não sou político, sou profissional de mercado e tenha certo, não preciso da ABIEC para crescer profissionalmente. Aliás, como você também não deve saber, abri mão da diretoria-executiva da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (ABRAPA) – que aliás vive seu melhor momento agora, com um pouco da minha ajuda quando lá a dirigi – e declinei diversos convites para trabalhar em Governos Estaduais e Federal para me dedicar à ABIEC, até o momento que considerar minha tarefa cumprida. Se desejasse isso que você impropriamente disse, não estaria na ABIEC, pode ter certeza disso. Quanto ao Ministro Pratini, sugiro que dirija sua pergunda a ele. Não tenho o costume de responder por terceiros, nem tampouco fazer alusões sobre fatos ocorridos no passado.
    Não é só isso Evandro, trata-se muito mais “do que isso”. Muito mais que você deveria se atualizar antes de expor tanto inconformismo apaixonado como o que pude notar.

  4. Evándro d. Sàmtos. disse:

    Prezado senhor Otávio Hermont Cançado,

    Como senhor pode observar em meu comentário,em nenhum momento expressei duvidas,entretanto folgo em saber dos seus esforços.

    Relativo ao monopólio a que me referi,que o senhor chama de concentração,cada vez mais salta aos olhos de qualquer apaixonado,ou de qualquer pessoa que milite no setor que caminhamos para isso,ainda que não tenha todo o cabedal de conhecimento (e humildade comum a quem tem conhecimento) que estudiosos acadêmicos têm.Alias comprimento-o,pela oportunidade que o senhor teve com os estudos acadêmicos,como eu disse nosso país sofre por não haver dignidade na distribuição de tudo que nos é confiscado em forma de tributos,muito menos na distribuição de renda,sendo esta uma das mais perversas de todo o globo.

    A saber,quanto maior a concentração,ou monopólio,ainda pior é a distribuição de renda.

    Em referencia ao crescimento do país em nada me oponho ao que o senhor diz,porém em relação à depreciação do setor em milito apaixonadamente,creio não se fazer necessário explanações.

    Eu também,embora não esteja fazendo lobby,neste momento e em muitos outros tento defender os interesses do setor em que milito.Ou pelo menos os interesses que julgo importantes a este,neste momento,sofrido setor.

    Perdoe um pouco mais de ignorância,mas a marca Brazilian Beef,tem como objetivo descommoditizar a carne?Ou é apenas um selo de origem?

    Fico realmente muito satisfeito em saber que o senhor não é político,até porque se fosse ficaria muito mais difícil em acreditar em tudo que o senhor diz.

    Quanto à indagação que fiz,sobre aspirações políticas,ao que leio acima,não afirmei nada,apenas indaguei.Alias quero elogiá-lo por não ter tais aspirações,como disse a cada dia que passa neste país fica mais difícil acreditar em políticos,muito embora reconheça que para tudo isso que esta ai mudar,precisamos de bons,honestos e abnegados políticos.

    Relativo ao senhor Partini de Morais,embora a pergunta esteja em carta que escrevi em seu artigo,me parece que a pergunta foi para ele,pergunta esta,alias,que não passa de pergunta,e não espera ou busca resposta.

    Aceito seu convite para conhecer a ABIEC,quero dizer que fiquei lisonjeado com o mesmo.

    Saudações,

    EVÁNDRO D. SÀMTOS.

  5. Fábio Andrade disse:

    Ouço quase que diariamente importadores europeus a dizer que estas ´´restrições´´ à carne bovina brasileira já passaram da hora de acabar.O Brasil vem provando que realmente tem feito a ´´ lição de casa ´´ e esta atingindo um patamar que certamente vai consolidar sua posição neste mercado que é muito competitivo por muitos anos.
    A briga pode ser longa,mas é sabido por aqui (na Europa), que o Brasil vai ser o principal fornecedor de carne bovina e outros alimentos por muitos e muitos anos, e que são incontestáveis os avanços do Brasil em todas as areas que ´´alguns deles daqui´´ sempre criticaram.
    Meu desejo é que todos os ramos envolvidos na nossa pecuária brasileira se desenvolvam por igual e que possibilitem uma boa divisão de ganhos para todos elos da cadeia.Mas isto é um ajuste que deverá ocorrer com o tempo,e com muito empenho das partes envolvidas.Isto é desenvolvimento.E os europeus sabem disto,talvez melhor que nós,por isso alguns nos atacam.
    Eu acompanho a Abiec a muito tempo e ela é muito respeitada aqui na Europa pelo que construíram e por estarem sempre batalhando pela nossa carne .Se alguns outros elos desta cadeia ainda não atingiram suas posições devidas,por que não atuar com a Abiec como parceira para aprender com experiência bem sucedida deles?
    Estamos no caminho certo,discussão tem que ocorrer,para que possamos sempre melhorar e provar nossa eficiencia e eficácia.Vamos continuar todos brigando pela nossa carne brasileira,saudavel,sustentavel,competitiva e para todos.
    Saudações ,
    Fábio Andrade

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