Atacado – 26-11-13
27 de novembro de 2013
Para trabalhar com “carne de qualidade” deve-se entender o que o cliente quer e o que ele considera qualidade – Marcelo Shimbo (Pobre Juan)
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A pecuária deve ser reconhecida como uma área que oferece uma carreira com oportunidades para aqueles jovens que desejam trabalhar e inovar! – Jesse Womack (EUA)

O BeefPoint realizará nos dias 10 e 11 de dezembro seu maior evento de 2013, o BeefSummit Brasil, em Ribeirão Preto – SP. O BeefSummit Brasil terá 14 palestras, sendo 3 internacionais.

No final do primeiro dia, 10 de dezembro, será entregue o Prêmio BeefPoint Brasil, um prêmio criado pelo BeefPoint para homenagear quem faz a diferença na pecuária de corte brasileira.

Para conhecer melhor os palestrantes e os temas de suas palestras, o BeefPoint preparou uma série de entrevistas com os palestrantes do BeefSummit Brasil.

Confira abaixo a primeira entrevista com um de nossos palestrantes internacionais, Jesse Womack, produtor rural nos EUA e membro do Conselho do Instituto de Administração Rural da Universidade Cristã do Texas.

Jesse Womack

Jesse Womack é o co-fundador do Ranch Network, LLC. Trabalha no Conselho do Instituto de Administração Rural da Universidade Cristã do Texas. Seu trabalho é divulgar o programa de Administração Rural para outros países e promover programas educacionais e de intercâmbio entre produtores de diferentes países.

Além dos trabalhos desenvolvidos, Jesse administra a fazenda de sua família em Victoria, no estado do Texas, sul dos Estados Unidos. Ele pertence à uma família que já trabalha com pecuária há cinco gerações.

BeefPoint: Qual o tema de sua palestra no BeefSummit Brasil? Quais os principais pontos da sua palestra?

Jesse Womack: Minha palestra será focada em dois assuntos. Os produtores de carne nos EUA: hoje e amanhã – como integrar diferentes gerações e qual é a nossa visão do futuro.

BeefPoint: Qual o maior desafio da pecuária de corte nos Estados Unidos hoje?

Jesse Womack: Eu acho que o grande desafio para a pecuária de corte dos EUA agora está se dirigindo às mudanças globais e domésticas da economia. Consumidores, custos de entrada, números de histórico do gado e regulamentações crescentes estão desafiando todos os segmentos do setor. Nós precisamos estar atentos às tendências e ajustar nossos modelos de negócio de acordo com eles.

BeefPoint: Como podemos agregar valor à carne brasileira de forma diferente e especial em outros países?

Jesse Womack: Eu acho que a pecuária de corte brasileira precisa continuar aumentando sua eficiência e qualidade da carne produzida. Os produtores precisam encontrar maneiras de ter acesso à mais mercados e produzir mais carne por hectare.

BeefPoint: Em sua opinião, o que deve ser feito para aumentar o envolvimento dos jovens na agropecuária?

Jesse Womack: As associações de produtores no Brasil e ao redor do mundo devem abordar a diferença de idade na agricultura.

Eu acho que oportunidades educacionais e inovações no setor vão atrair mais jovens. As associações devem criar fóruns abertos de discussão e tentar dar voz aos produtores mais jovens nas associações.

BeefPoint: Atualmente, quais os maiores desafios com gestão de pessoas na pecuária?

Jesse Womack: O maior desafio é atrair talentos para a pecuária de corte. Nós temos que ser reconhecidos como uma área que oferece uma carreira com oportunidades para aqueles que desejam trabalhar e inovar. Nós estamos competindo com indústrias que podem pagar bons salários iniciais.

Além disso, nossa indústria deve atrair mão de obra promovendo oportunidades empresariais e premiando as novas ideias.

BeefPoint: Qual inovação na pecuária de corte você mais gostou nos últimos anos?

Jesse Womack: Acho que a identificação individual do animal irá oferecer aos produtores acesso à mercados de maior valor.

Há várias tecnologias interessantes em identificação individual do animal que podem beneficiar os produtores com margens e lucros mais altos.

BeefPoint: O que precisa ser inovado na pecuária de corte atual?

Jesse Womack: Os produtores de pecuária de corte deveriam continuar focando em ganhos de genética e eficiência. Os custos continuam a aumentar, então devemos continuar nos tornando mais eficientes.

Nós precisamos produzir mais carne com menos água, pasto e grãos, para alimentar uma população de consumidores que está cada vez mais aumentando.

BeefPoint: Em sua opinião, qual país tem se destacado na pecuária, por quê? O que o Brasil precisa aprender com esses países?

Jesse Womack: Todos os países produtores de carne bovina têm se destacado de várias formas. Por isso, todos nós temos algo para aprender com cada um deles. Em minhas viagens ao redor do mundo com o Instituto de Administração Rural, eu aprendo algo toda vez que vou para outro país.

Os produtores de carne bovina precisam agir e sentir que estamos todos no mesmo time. Há vários consumidores e uma crescente necessidade para mais produção de carne no mundo. Cada país deve identificar seus pontos fortes e focar neles, para adquirir mais eficiência e sustentabilidade.

BeefPoint: Qual a principal característica do Brasil na pecuária de corte? O que temos de melhor para ensinar aos demais países que trabalham em nosso setor?

Jesse Womack: A pecuária brasileira tem uma vasta produção a pasto de gado Bos Indicus.

A indústria brasileira da carne tem feito grandes avanços em genética, abrindo mercados internacionais e com sustentabilidade. Os produtores brasileiros têm muito a ensinar sobre essas áreas para seus vizinhos.

BeefPoint: Qual o exemplo de pecuarista do futuro no Brasil hoje? Quem você mais admira?

Jesse Womack: Acho que o John Carter, da Aliança da Terra, é um grande exemplo de um produtor de carne bovina do futuro. Ele escolheu abraçar as tendências crescentes de gestão responsável dos recursos naturais e produção sustentável.

Ele também tem sido muito ativo na promoção dos interesses dos produtores sobre críticas rasas feitas à indústria. Ele também reconhece que, embora os produtores realmente tenham alguns interesses diferentes de outros segmentos da indústria, todos nós devemos trabalhar juntos para uma indústria saudável como um todo.

BeefPoint: O que você fez em 2013 que te trouxe mais resultados?

Jesse Womack: Eu aceitei o fato de que nos tempos atuais, o produtor não deve lutar contra o que o mercado quer. Nós devemos responder às pressões do mercado para capturar uma porcentagem maior de cada dinheiro gasto com carne bovina no supermercado.

BeefPoint: O que você pretende fazer em 2014? Quais são seus planos?

Jesse Womack: Eu planejo continuar trabalhando para melhorar a genética e eficiência da produção de carne bovina na fazenda da minha família.

Eu também planejo encontrar alternativas de marketing para a carne bovina que eu produzo, para que eu possa diversificar minhas opções e aumentar meus lucros.

BeefPoint: Que mensagem você deixaria para os pecuaristas?

Jesse Womack: Eu sinto que todos nós deveríamos lutar para sermos ativos dentro das organizações industriais e ativos politicamente, para que dessa maneira, outros partidos interessados, como o governo, as corporações do agronegócio e ONG’s ambientais não assumam a responsabilidade e criem políticas prejudiciais à nossa indústria.

BeefPoint: O que você mais gostaria de aprender no BeefSummit Brasil?

Jesse Womack: Eu espero aprender mais sobre a cadeia produtiva da carne brasileira, assim como o mercado global de carne bovina.

Data: 10 e 11 de Dezembro de 2013
Local: Centro de Convenções Ribeirão Preto (CCRP)
Endereço: Rua Bernardino de Campos, 999
Cidade: Ribeirão Preto – SP
Site do evento

Clique abaixo e inscreva-se para o BeefSummit Brasil:

CAMPANHA BEEFSUMMIT - v2_ANUNCIO 21X28CM

1 Comment

  1. milson divino de oliveira disse:

    Muito boa essa conversa com quem entende do assunto de pecuária do futuro gostei muito mesmo……

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