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A evolução das espécies e as florestas brasileiras

Na constituição de ecossistemas rurais mais avançados do mundo, os que tratam do meio ambiente ignoram o ganho da pesquisa agropecuária brasileira nas ultimas décadas. Lamentavelmente, teses ambientais contundentes desestimulam a continuidade do enfoque sistêmico da pesquisa rural do país. Não levam em conta, por exemplo, a evolução dos seres vivos, ao exigir a preservação da biodiversidade original em cada propriedade, ao invés de atribuir esta tarefa aos Parques Nacionais estabelecidos nos diferentes domínios ecológicos brasileiros.

Reaja inteligentemente mesmo a um tratamento não inteligente (Lao-Tsé)

Na constituição de ecossistemas rurais mais avançados do mundo, os que tratam do meio ambiente ignoram o ganho da pesquisa agropecuária brasileira nas ultimas décadas. Lamentavelmente, teses ambientais contundentes desestimulam a continuidade do enfoque sistêmico da pesquisa rural do país.

Não levam em conta, por exemplo, a evolução dos seres vivos, ao exigir a preservação da biodiversidade original em cada propriedade, ao invés de atribuir esta tarefa aos Parques Nacionais estabelecidos nos diferentes domínios ecológicos brasileiros.

Desconhecer a existência da seleção natural como regra, excluindo também a produção rural em escala como sina, não é cientificamente aceito.

No transcorrer dos séculos, algumas espécies foram extintas sem criar desequilíbrio impactante. Desde o tempo dos dinossauros ou da adaptação do homem da caverna, o mundo mutável permanece imutável, graças ao ganho genético das espécies vegetais e animais na produção de alimentos. A fome existe em função do Estado e de regimes coletivistas, e não em função dos ecossistemas rurais baseados nos avanços do melhoramento genéticos sobre a produção.

Há milhões de anos, a resina do Pinheiro da Escandinávia originou o âmbar onde, como inclusões, foram aprisionados insetos, rãs e sementes da época, os quais se constituem hoje em fontes de estudos dessas espécies extintas. Agora, querer que em cada quintal rural seja preservada a biodiversidade é descrer da evolução das espécies e da capacidade de perpetuação do homem, graças á sua habilidade em produzir alimentos.

Considerar a extinção de uma espécie animal ou vegetal, em época de pleno florescimento da engenharia molecular e dos bancos genéticos é descrer da ciência, é subestimar a capacidade humana em criar, selecionar e conceber novos sistemas racionais de produção no campo. Alguns vegetais, através a seleção natural e diante das mudanças ambientais, surgem dentro de uma determinada população, com características diferentes, geradas pelas mutações, recombinações e diversificação gênica que se sobrepõem às populações anteriores pela adaptação ao meio, em busca da perpetuação no mundo modificado.

Nas caatingas brasileiras, a biodiversidade deveria ser buscada, dentro e entre espécies afins, pela observação do aparecimento de possíveis mutações de maior adaptação, com a finalidade de repovoar, com espécies vegetais, os sertões nordestinos. A cobertura vegetal do solo, nesses domínios, evitaria a desertificação de grande área territorial e causaria enorme impacto ambiental.

Eis que então entra em cena a Lei de Concessão de Floresta Publicas, normatizando o uso racional da reserva e a venda de crédito de carbono. Deve também estar previsto nas concessões, a proteção da biodiversidade dos recursos renováveis, sendo algo mais a ser monitorado pelo Estado, para não atribuir à agropecuária o cuidado da necessidade de áreas de preservação da biodiversidade no Código Florestal Brasileiro.

Isto descarta de vez a necessidade de matricula no registro do imóvel de cada propriedade rural dispor de Área de Preservação Permanente e de Reserva Legal suficientes para assegurar a referida biodiversidade. Se o objetivo da exigência atual for para a desarticulação da produção rural, visando mudar a titularidade de posse da propriedade, com certeza o preço será demasiadamente alto, com enorme risco de acelerar o êxodo rural e causar o desabastecimento de produtos advindos do campo.

O cultivo de espécies vegetais ou criação de animais associados às florestas constitui intento ecologicamente correto. Do expôs, cabe ao sistema rural produtor de alimentos a definição do tamanho da floresta, e não ao contrário. É claro que sempre focando a contenção de água no solo, para alimentar o lençol freático. Então, os diferentes sistemas de espécies perenes ou anuais e de processos de cultivo, em primeira instância, definirão a maior ou a menor necessidade de área florestada em campos de produção. Dessa, forma, o dimensionamento da floresta não deixa de ser ecológico, mas assume um forte componente agronômico, para evitar o desabastecimento e salvar a humanidade da fome.

Aja como se suas atitudes fizessem diferença. Porque elas fazem (Dalai Lama)

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