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27 de outubro de 2011

A estratégia para a próxima estação de monta

Confira o que Amaury Valinote, Gerente de Yea-Sacc da Alltech do Brasil, fala sobre a próxima estação de monta

Um dos artigos que mais me chamaram a atenção esse ano foi o de Miguel Cavalcanti (Rentabilidade de cria é comparável a recria e engorda?) publicado esse ano no Beef-Point sobre a rentabilidade da cria em comparação à recria e engorda. Sem contar o ótimo texto que gerou uma produtiva repercussão em comentários, o tema da Cria tem me chamado muito a atenção. Os preços de bezerro e boi magro têm espremido as margens do boi gordo e quando lembro que a estação de monta 2010/2011 apresentou baixos índices e que o abate de fêmeas no primeiro semestre deste ano aumentou, fico imaginando o que será do preço do bezerro e do boi magro no próximo triênio. Isso sem contar ainda com os pastos que se degradaram com a seca do ano passado e não tiveram tempo para recuperar.

Tanto para quem faz cria quanto para quem recria e engorda, esse quadro não é muito positivo. Tudo bem que a falta de bezerros faz com que o preço suba, mas a perda de índices derruba a escala, aumenta o custo e prejudica a viabilidade da operação. Na outra ponta, a reposição é o principal fator de impacto de custo na produção do boi gordo, comprando caro, dificulta muito o fechar da conta.

Como existem outros profissionais muito mais capacitados e gabaritados do que eu para discorrer a análise econômica e previsões, me atarei humildemente a avaliar algumas estratégias nutricionais para melhorar os índices da cria para a próxima estação de monta, para com isso tentar melhorar os resultados econômicos das atividades.

São muitas as variáveis relacionadas ao desempenho reprodutivo. A genética leva algum tempo para alterar e resulta na melhora da resposta de rebanho e não do animal. As estratégias de desmama, como a desmama precoce abordada pelo Dr Álvaro Simeone durante o I Foro Técnico em Nutrição de Gado de Corte da América Latina da Alltech em Julho de 2011, também não se aplica para essa próxima estação, pois já estamos em cima da hora. Para a próxima estação sim, é interessante avaliar as possibilidades de manejo de desmama e nunca esquecer do melhoramento genético do rebanho, com sêmen e touros de boa procedência.

Bem, duas variáveis que devem ser levadas em conta por sua aplicabilidade ainda esse ano são o manejo sanitário e a nutrição. Diferentes regiões e propriedades têm diferentes necessidades sanitárias. O mais recomendado é consultar um veterinário sobre quais protocolos são mais indicados para a sua necessidade. Recomendo um artigo do Herdeson Ayres e da Roberta Ferreira sobre o tema, publicado no Beef-Point esse ano ( A vacinação contra IBR, BVD e leptospirose em programas de IATF pode aumentar a taxa de prenhez de vacas?) falando sobre a eficiência de algumas vacinas em protocolos de IATF.

Em relação à nutrição, algumas coisas podem ser feitas, outras não. A melhor forma de se nutrir bem a vaca de corte é fornecendo pasto de qualidade. Sei que isso raramente é feito e áreas mais nobres são destinadas a outras atividades, mas mesmo os pastos mais fracos têm que possuir boa massa para que as vacas possam selecionar o alimento melhor e terem quantidade de nutrientes para se manter e entrar em estado reprodutivo. O manejo de pasto para esta estação de monta pode ser feito, no caso de pasto degradado, reduzindo a lotação, mas isso tem que ser feito com bastante critério para não influenciar negativamente o faturamento e o resultado da operação. Reduzir a lotação significa reduzir o número de vacas o que pode causar redução no número final de bezerros. Se esses bezerros a menos compensarem os custos de uma maior lotação e menores índices, então pode ser uma alternativa.

A suplementação mineral adequada é fundamental para que a vaca e novilha entrem em cio e mantenham o embrião. Isso não é estratégia para essa estação, é o que deve ser feito durante todo o ano. O ideal seria utilizar suplementação protéica-energética, essa sim seria uma estratégia interessante para o período de reprodução. Porém essa prática, quase sempre esbarra no maior ponto de estrangulamento da pecuária atual (na minha opinião), a mão de obra (Miguel, acredito que cabe um bom artigo sobre as dificuldades com a mão de obra na pecuária brasileira, se fizer uma enquete, teremos uma surpresa ao ver quantos pecuaristas sofrem com mão de obra nas mais diversas questões). Desta maneira, uma sugestão é a utilização de sal mineral aditivado, para melhorar o aproveitamento da pastagem, retirando o máximo de nutrientes possíveis, melhorando a condição corporal dos animais e, com isso, melhorar os índices sem exigir manejos diferentes dos já adotados.

Vários trabalhos científicos demonstraram a eficiência do Yea-Sacc 1026 na melhoria da digestibilidade de alimentos e aumento dos ácidos graxos voláteis, principal fonte de energia para ruminantes. Em artigo recente, Kalmus et al. (2009) observaram que vacas alimentadas com Yea-Sacc 1026 mobilizam menos energia corporal o que explica o aumento do pico da concentração de estradiol pré-ovulatório e o tamanho do primeiro folículo ovulatório encontrados por Allbrahim et al. (2010). As vantagens da suplementação mineral com Yea-Sacc 1026 são, além da melhora nos índices reprodutivos, de não afetar negativamente o consumo de sal, não requer mudança de manejo, como maior fornecimento de produto ou cochos diferentes dos já usados na fazenda. O pecuarista vai colocar o sal na mesma quantidade (ou pouca coisa a mais) do mesmo jeito, sem precisar de adaptação dos animais. A sugestão de uso estratégico para a estação de monta é iniciar um mês antes da estação o fornecimento do produto e terminar um mês depois, de forma que a disponibilidade extra de nutrientes seja suficiente para melhorar o desempenho animal.

Devido à baixa oferta de animais já evidenciada, a redução dos índices reprodutivos na última estação, a degradação de pastos e o aumento no abate de fêmeas, a melhora da eficiência na atividade de cria será primordial na viabilidade da operação de gado de corte no próximo triênio em todas suas etapas. O Yea-Sacc 1026 alia tecnologia, melhor desempenho, sem onerar a mão de obra e melhorando os resultados da atividade, naturalmente.

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