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6 dicas para identificar bezerros suscetíveis à doença respiratória bovina em confinamento

A doença respiratória bovina (BRD, da sigla em inglês) é uma doença de ocorrência comum em confinamentos de gado de corte. Trata-se de uma doença multifatorial, podendo ter como agente infeccioso diversas bactérias ou vírus diferentes. Um fator complicador é que os bovinos tendem a camuflar quando estão doentes e tudo isso resulta em uma situação bastante complicada. Mas e se você pudesse detectar a doença antes de o bezerro mostrar sinais clínicos?

Durante anos, muitas cargas de gado recebidas em confinamento receberam metafilaxia. Isso significa que cada animal em um grupo de bezerros de alto risco recebe uma injeção de antimicrobiano na chegada, na esperança de controlar um surto de BRD.

Porém, apesar de todo animal ser tratado com essa estratégia, nem todo animal precisa ou se beneficia desse antimicrobiano. Por isso, recomenda-se a metafilaxia direcionada, que utiliza determinadas métricas para tentar prever se um animal corre um risco maior de BRD, para que se possa tomar decisões individuais sobre os animais rapidamente.

Confira abaixo 6 pontos que os confinadores podem procurar para identificar bezerros de alto risco ao receber animais no confinamento:

1) Touros x novilhos: os touros são 3,32 vezes mais propensos a ter BRD.

2) Identificador auricular existente: um identificador auricular é uma evidência de que o animal foi tratado pelo menos uma vez antes da chegada e pode ter sido vacinado, desparasitado ou pré-condicionado, tornando menos provável a ocorrência de BRD.

3) Peso corporal em relação às cortes: bezerros mais leves em uma carga de caminhão têm um risco aumentado de BRD.

4) Temperatura retal: Superior a 39,7oC pode indicar indivíduos de maior risco.

5) Ausculta pulmonar: ouvir os pulmões dos bezerros, manualmente ou com alguma outra tecnologia, pode ajudar a apontar bezerros com problemas.

6) Variáveis assistidas por biomarcadores: Isso inclui exames de sangue para leucócitos (glóbulos brancos) e outros perfis ou análise de swab nasal.

Um cálculo epidemiológico sugere que a cada cinco animais tratados preventivamente, apenas um será positivo para a doença. Isso significa que em um caminhão com 100 animais, apenas 20 deles se beneficiariam da metafilaxia, sendo que esses 20 continuam sendo desconhecidos com essa abordagem.

Esse tratamento em massa se mostrou eficaz e econômico para os confinadores, mas os consumidores enviaram sinais claros de que desejam comprar produtos de animais livres de antibióticos ou pelo menos com a quantidade reduzida de antimicrobianos, de forma que essa abordagem poderia ser efetiva também para isso.

Por fim, o grau de qualidade da carcaça no frigorífico diminui bastante se um animal ficar doente apenas uma vez. Animais afetados por BRD têm sistemas imunológicos altamente ativados. Qualquer alimento consumido é destinado à resposta inflamatória e à resolução de infecções, enquanto um animal saudável coloca os recursos alimentares em crescimento e produz uma carcaça de alta qualidade. A infecção respiratória provavelmente também afeta o marmoreio ou a deposição de gordura e provavelmente reduz o potencial de qualidade, independentemente da adição de mais dias à alimentação.

Para fazer mais pelo seu gado e manter seu potencial genético de alta qualidade, considere o manejo para minimizar a necessidade de sua resposta imune.

Fonte: BEEF Magazine, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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