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2016 foi o ano mais quente já registrado

2016 é o ano mais quente já registrado. É o terceiro ano consecutivo em que o recorde global de temperatura é quebrado. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (18) pela agência americana responsável por monitorar atmosfera e oceanos, a Noaa.

A média da temperatura da Terra ficou em 0,94°C acima da média do século XX, que serve como “zero” para a escala. O atual segundo colocado, o ano de 2015, teve uma temperatura de 0,9°C acima dessa média –os números resultantes da diferença entre temperaturas medidas em relação à média histórica recebem o nome de “anomalia”.

A conta da temperatura média é feita levando medições de temperatura de todo o globo. Separando a anomalia em oceânica e continental, 2016 continua sendo líder nas duas, mas o verdadeiro culpado aparece: a média terrestre é 0,1°C maior que a de 2015, e a oceânica não foi tão diferente das mais altas até então.

Nos 16 primeiros anos do século XXI, houve quebras de recorde em 2005, 2010, 2014, 2015 e 2016. E, entre os dez anos mais quentes já registrados, só o de 1998 não é deste século – foi um ano com El Niño especialmente forte.

O fenômeno, caracterizado pela elevada temperatura das águas do oceano Pacífico, bagunça o clima de todo o mundo, deixando-o especialmente quente e chuvoso em diversas regiões. A última ocorrência é de 2015, mas pode ter deixado sua contribuição no ano que passou.

Recordes de temperatura foram medidos em algumas partes da Rússia, chegando a ficar mais de 6°C acima da média histórica. Também foi a maior temperatura já registrada no Alasca – em algumas regiões com anomalia positiva de 3°C.

No Brasil, algumas regiões Amazônicas e do Nordeste tiveram a temperatura média mais alta já calculada. O restante do país ficou também ficou acima da média, só que com menos intensidade.

Curiosamente apesar da variabilidade inerente à climatologia, não houve nenhuma região terrestre que tenha ficado abaixo da média histórica. A única região com recorde negativo foi o estreito de Drake, porção oceânica entre o extremo sul da América do Sul e a Antártida.

clima

 

Entre os fatores que podem explicar a ingrata tendência está a emissão de gases do efeito-estufa. Neste ano, foi superada a marca simbólica de 400 partes por milhão de molécula de CO2 na atmosfera.

Para a grande maioria dos cientistas, a ação antrópica (do homem) sobre o clima é causa certa do aquecimento global. Outros fatores importantes são eventos climáticos como El Niño e La Niña, além da variabilidade climática.

Fonte: Folha de São Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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