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12 lições que aprendi na Austrália sobre pecuária de corte

INSCRIÇÕES ENCERRADAS – Viagem BeefPoint Austrália 2018

Vamos realizar uma viagem técnica do BeefPoint para a Austrália, nos dias 8 a 19 de maio de 2018.

As inscrições estão esgotadas.

Se você trabalha com pecuária, você provavelmente vai gostar do texto abaixo com as 12 lições que aprendi na minha primeira ida a Austrália.

Vamos que vamos!

Abraços, Miguel
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Olá, tudo bem?

Em maio de 2012, realizamos a primeira viagem técnica do BeefPoint, e fomos para a Austrália.

Foi nossa primeira viagem técnica e minha primeira viagem para a Austrália.

Aprendi muito por lá.

Aprendi com o grupo incrível de pessoas que foram conosco. Que inclusive viraram grandes amigos.

Aprendi com a viagem em si. Viajar é mais do que deslocamento geográfico, é deslocamento de perspectiva.

Aprendi por estar longe de casa, longe da rotina, longe da minha realidade. Assim é mais fácil pensar diferente. E pensar de forma estratégica.

Aprendi também por poder estar perto de muita gente que faz uma pecuária de primeiro mundo, lá na Austrália.

Vamos que vamos!
Abraços, Miguel

PS: Estamos organizando uma nova viagem técnica do BeefPoint para a Austrália, de 8 a 19 de maio de 2018.

Estamos na reta final das inscrições.
Se você quer participar, a hora é agora.

Se você tem interesse em participar, acesse o LINK:
https://beefpoint.com.br/viagemaustralia

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12 lições que aprendi na Austrália sobre pecuária de corte
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Aqui faço meu resumo das minhas principais impressões, reflexões e aprendizados.

1- A Austrália exporta cerca de 65% da sua produção de carne bovina. 

Por causa disso, precisa estar mais atenta as demandas do mercado.

Precisa estar mais pro-ativa em relação as demandas do mercado.

Por isso, tem rastreabilidade, presença nas negociações mundiais e até um trabalho há tempos de boas práticas para exportação de gado em pé.

Não querem ficar fora do mercado por uma questão sanitária, burocrática, técnica, política, ou por qualquer outro motivo.

E para isso são muito pró-ativos e profissionais.

2- Fazem mais com menos.

Em muitos lugares, chove apenas 700 mm por ano.

Ou seja, não tem um clima “abençoado” como o Brasil.

Para isso, tem toda uma tecnologia de processos para produzir mais, sem gastar muito. E sem precisar de chuva demais.

Uma das coisas que mais me surpreendeu: manejo integrado com leguminosas, em larga escala, produzindo muita carne por ha, com custo baixo.

Esse é um dos temas chave da nossa viagem desse ano.

3- Visão e plano de longo prazo.

A pecuária na Austrália é pensada no longo prazo.

Como aqui no Brasil (e em qualquer lugar do mundo), pecuária é longo prazo.

Mas lá, eles pensam no longo prazo.
Eles agem no longo prazo.

Tem uma entidade, o MLA, que representa toda a cadeia da carne, no país e no exterior.

E fazem um trabalho invejável.

Os 4 pilares do MLA são:

– Aumentar a Produtividade
– Promover a integridade e sustentabilidade
– Aumentar o acesso a mercados
– Crescer a demanda

E trabalham de forma integrada, com visão de longo prazo e de forma eficaz.

4- O setor é muito mais maduro.

Não existem falsas dicotomias.

Cada um pode escolher seu sistema de produção.
Cada um pode escolher qual mercado quer atender.

Com um rebanho muito menor do que o brasileiro, ninguém fica brigando que um produto, posicionamento ou estratégia vai atrapalhar o outro.

Há quem faça:
– Carne de gado de confinamento

ou

– Carne de gado a pasto

ou
– Carne orgânica

ou

– Carne de animais Zebu, ou Angus ou ainda Wagyu

5- Tem um grande foco em carne.

Na feira, o stand de raça que mais me chamou a atenção, foi o de Brahman.

Não era de gado. Era um restaurante.

Lá na Austrália, uma das maiores objeções da carne de gado zebu, é que não tem maciez.

Então eles fizeram um restaurante só com carne de Brahman.
E estava extremamente macio…

A feira que participamos (se chama Beef Australia, e acontece a cada 3 anos), falava e tratava muito de carne.
E não apenas de gado.

6- A cadeia está mais próxima do varejo.

A pecuária da Austrália está mais próxima do varejo.

Tem parcerias com o varejo.

Tem projetos em comum.

Levam o varejo para dentro de uma feira de pecuária.

7- Pensam em gente.

Gente boa é o pilar de qualquer negócio de sucesso.
Em qualquer lugar do mundo.

Na pecuária da Austrália não é diferente.

Eles estão trabalhando em:

– Formação de pessoas para trabalharem na pecuária

– Atração de talentos para o agro

– Mostram gente nas suas divulgações

Uma diária de vaqueiro lá, custava uns 200 dólares australianos… Ou seja, mais de R$ 600 / dia.

É preciso muita eficiência e produtividade para lucrar vendendo seu gado por preços similares ao do Brasil, com um custo desse de mão de obra…

É uma ótima reflexão…
O que você faria para ter um negócio de pecuária rentável, pagando R$ 600 / dia de trabalho de um vaqueiro?

8- Celebram o Agro.

Eles têm orgulho do agro.
Têm orgulho da pecuária.

Celebram e festejam isso.

Dentro da pecuária.
Dentro das famílias de pecuaristas.
Para a sociedade como um todo.

E o primeiro passo é você ter orgulho do que você faz.

9- Prestam contas do trabalho setorial.

Falando em maturidade…

As entidades apresentam e publicam relatórios de trabalhos realizados, gastos, investimentos…

Há transparência, que dá mais confiança.

E também por isso, as entidades são mais respeitadas, endossadas e admiradas.

10- Tem uma posição de destaque e querem mais.

A Austrália tem uma posição consolidada.
E estão trabalhando para subir mais.

11- Foco em qualidade (qual?)

Eles sabem que existem diversas definições de qualidade.

Qualidade é o que o cliente quer pagar.

Tem gado a pasto.
Gado confinado.
Gado confinado 400 ou mais dias.
Carne orgânica.

O cliente escolhe.

12- Segmentação de mercado muito clara.

Todo mundo sabe para quem está produzindo.

Sabem para qual mercado.

O sistema de produção é definido pelo produto final.

Há uma classificação de carcaças nacional que ajuda, e muito.

Cada um escolhe o mercado que deseja atender.
Há espaço para todos.

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Estamos organizando uma nova viagem técnica do BeefPoint para a Austrália, de 8 a 19 de maio de 2018.
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=> Roteiro da Viagem Técnica BeefPoint
==> 8 a 19 de Maio de 2018

– Viagem de ida – São Paulo – Santiago (Chile) – Brisbane (Austrália) – Rockhampton (Austrália)

– Visita a feira Beef Australia 2018

– Recepção no VIP Lounge internacional

– Workshop exclusivo BeefPoint sobre Pecuária de Corte Australiana (palestras com tradução para o português)

– Visita a confinamento especializado em produção de carnes especiais para diferentes mercados (Austrália, exportação e Wagyu para Japão)

– Visita a fazenda de produção de gado criado a pasto

– Visita a fazenda que cria gado da raça Droughtmaster

– Visita a fazenda que cria gado Brahman, com produção integrada de pastagens e leucena

– Visita a uma fazenda australiana com grande escala e operações automatizadas

– Visita a uma fazenda com manejo holístico na pecuária de corte

– Visita a um negócio familiar na pecuária de corte, com mais de 100.000 cabeças

– Visita a uma fazenda com uso de tecnologia digital de ponta para gerenciamento do gado e do negócio

– Visita a cidade de Sidney, principal cidade da Austrália

– Reunião com MLA, entidade que representa a cadeia da carne australiana, no país e no mundo

– Jantar em uma das melhores steakshouses da Austrália

– Visita ao açougue premium mais famoso de Sidnei

– Visita a supermercado especializado em venda de carne premium

– Tempo livre para compras de roupas, eletrônicos e celulares

– Vôo de volta – Sidnei (Austrália) – Santiago (Chile) – São Paulo

== INSCRIÇÕES ENCERRADAS ==

 

1 Comment

  1. Francisco das Chagas veras disse:

    Muito bom receber notícias da pecuária de corte.

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