A produção australiana de carne de Wagyu deve cresçer significativamente nos próximos cinco anos.
No início deste ano, a Associação Australiana de Wagyu realizou uma pesquisa com sócios para obter, entre outras coisas, informações mais claras sobre a composição, tamanho e o crescimento esperado no rebanho Wagyu até 2022.
Mais de 200 produtores de Wagyu responderam à pesquisa de março a junho de 2017, representando 40% dos sócios da AWA na época.
As respostas foram aplicadas aos modelos AWA e Meat & Livestock Australia para fornecer uma imagem do nível de produção atual e previsto de carne Wagyu.
A pesquisa informa:
– A produção total de carne bovina australiana Wagyu crescerá três vezes em relação a 24 mil toneladas estimadas no ano atual de 2017, alcançando 74.703 toneladas até 2022;
– O aumento médio esperado na produção é de 21% ao ano até 2022;
– As previsões de 2017 são baseadas no que foi alcançado ao longo dos últimos três anos e a partir desse nível de crescimento até 2022;
– 85% de entrevistados tinham operações de Wagyu em NSW, Queensland e Victoria. Representação proporcional ao perfil da associação da AWA;
Rebanho registrado Wagyu (FB/PB) e Cruzamento (XB) – Austrália
Foto: Divulgação/Assessoria
Rebanho registrado deve crescer quatro vezes
Os resultados mais recentes da pesquisa indicam que os rebanhos registrados Puros de Origem (Fullblood) e Puro Controlado (Purebred) representam aproximadamente 30% do rebanho australiando de Wagyu.
A produção de cruzamentos deverá aumentar mais de duas vezes até 2022 e o rebanho registrado deverá aumentar quatro vezes nos próximos cinco anos.
O nível de uso de Transferência de Embriões (TE) e Inseminação Artificial (IA) na raça Wagyu é bastante alto comparativamente às outras raças na Austrália, o que permite rapidamente ampliação do rebanho registrado.
As principais conclusões da pesquisa:
1. A indústria australiana de Wagyu está aumentando rapidamente em tamanho. A cada 5 entrevistados, 1 não tinha envolvimento com a raça na pesquisa há três anos;
2.35% está produzindo Wagyu há menos de cinco anos;
3. As operações familiares representam 74,5% da base de adesão da AWA, seguidas por empresas de propriedade familiar (18,8%) e operações de propriedade corporativa (6,7%);
4. O tamanho dos rebanhos de Wagyu crescem rapidamente. Três anos atrás, cerca de 50% de rebanhos foram classificados como pequenos (menos de 100 cabeças). Esse número caiu para 28% na pesquisa de 2017;
5. A proporção de membros com mais de 1.000 cabeças de Wagyu era de 11% em 2014. Na pesquisa de 2017, esse número aumentou para 18%;
6. Dentro de cinco anos, a AWA prevê que 60% de membros terão operações entre 100 e 1.000 cabeças.
7. A maioria dos sócios da AWA tem o Wagyu representando a maior parte ou a totalidade de sua renda (média de 67%). A produção de animais cruza Wagyu é a principal fonte de receita;
8. A produção comercial de animais representa 73% da renda do produtor, com 27% sendo da venda de genética;
Fonte: Beef Central, traduzido, resumido e adaptado pela Assessoria Agropecuária.