O Uruguai assinou um memorando de entendimento com a China que agiliza o intercâmbio comercial de carne entre os dois países e estabelece ações de assessoria, consulta e informação sobre segurança alimentar.
O acordo foi assinado entre as autoridades do Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (INAC) e a Associação dos Inspetores de Alimentos da China (CIQA).
“É um guarda-chuva de aconselhamento, consulta e informação, pois, sendo mais bem informados, cometemos menos erros, e isso tem impacto em uma melhor eficiência na cadeia de distribuição”, informou Federico Stanham, presidente do INAC.
Para o executivo, este acordo não influenciará diretamente o valor da carne, mas terá impacto na melhoria de custos, uma vez que “facilita o processo comercial” e “elimina os riscos” na relação comercial entre a China e o Uruguai.
Antes da assinatura, representantes do INAC, do Ministério da Pecuária do Uruguai e de várias empresas exportadoras participaram de um workshop organizado pelo CIQA sobre segurança alimentar.
“A Associação (CIQA) promove acordos com organizações de países, a fim de trocar informações, realizar workshops e seminários e convocar exportadores para instruir sobre como trabalhar e atender aos padrões”, explicou Stanham.
A delegação do INAC participa da feira SIAL_China. Além de Stanham, os delegados são formados por produtores e industriais, Ricardo Reilly e Carlos Pagés, respectivamente, e pela equipe de marketing. Reilly disse, em Xangai, que a primeira vantagem do Uruguai na China é que é um mercado no qual “não há cotas estabelecidas”, como é o caso dos Estados Unidos e da União Europeia. E também tem uma tarifa de 12%, que é “relativamente baixa” em comparação com outros destinos.
No entanto, ele garantiu que isso “não significa que não devamos avançar em direção a um acordo comercial, algo que custa tanto ao Uruguai, para nos proteger contra qualquer mudança inesperada nas regras do jogo”.
Outra oportunidade é a demanda por todos os tipos de cortes. “Eles comem todas as partes do animal. É um mercado competitivo em preço e a carne que entra pelo canal cinza vem diminuindo proporcionalmente ao canal legal, algo que favorece o Uruguai ”, afirmou Reilly.
Fonte: El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.