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Uruguai: abate de bovinos será um dos mais baixos desde 2002

O ano de 2011 terá o nível mais baixo de abates no Uruguai desde a crise da febre aftosa. A Câmara da Indústria Frigorífica (CIF) disse que a queda na oferta de gado gordo para abate não passa pelos preços, nem por sinais do mercado internacional.

O ano de 2011 terá o nível mais baixo de abates no Uruguai desde a crise da febre aftosa. A Câmara da Indústria Frigorífica (CIF) disse que a queda na oferta de gado gordo para abate não passa pelos preços, nem por sinais do mercado internacional.

Na metade de agosto, a oferta de gado preparado para abate não cresceu, enquanto a tonelada de carne bovina exportada pelos frigoríficos uruguaios chegou a uma média de US$ 3.941; valorizou-se em 37,4% com relação à mesma data do ano anterior. Tudo leva a prever que 2011 fechará com o menor abate de bovinos registrado desde 2002, quando o Uruguai sofreu os efeitos da febre aftosa.

Em 2002, quando devido à aftosa caíram os mercados para a carne e o abastecimento passou a ser o principal demandante, foram abatidos 1.641.855 bovinos, de acordo com dados do Instituto Nacional de Carnes, e, nesse ano, certamente os abates não chegarão a 2 milhões de cabeças. Somente no primeiro semestre do ano, os abates recuaram em 15,2%, comparados com o mesmo período de 2010.

Nos últimos dez anos, o maior abate de bovinos foi registrado em 2006, quando a indústria uruguaia processou 2.588.538 cabeças; ainda quando ocorreu a crise econômica de 2008, os abates foram de 2.213.277 cabeças.

“Estamos observando com muita preocupação a falta de oferta”, disse o secretário executivo da CIF, Daniel Beleratti. “Há quem diga que a falta de gado gordo se deve à seca gerada em 2009; outros, à exportação de gado em pé e outras causas; a realidade é que dia após dia a exportação de carne do Uruguai vai reduzindo em volume, os abates vão se restringindo e esse não é um bom sinal para o setor, que havia apostado em 2005 em um crescimento nos abates de mais de 3 milhões de cabeças. Vamos precisamente na direção contrária”.

A redução da oferta de gado gordo uruguaio se contradiz com os preços da carne no mercado internacional, onde as cotações seguem subindo. “Felizmente, os valores internacionais da carne têm crescido, tiveram somente um período de interrupção durante a crise econômica desatada em setembro de 2008 e, depois, retomaram a tendência de alta. Hoje, temos valores recordes para a carne bovina uruguaia e estamos com preços historicamente altos”, disse Beleratti.

A preocupação cresce quando não há sinais de maiores mudanças frente à chegada de 2012, quando se estima que a oferta também se manterá baixa. “Pensando no que tem sido as parições e todos esses dados subjetivos que se têm hoje, daria a impressão que, em 2012, os abates seriam de cerca de 2 milhões de bovinos”.

A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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