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Superavit de US$ 81,86 bilhões do agronegócio foi o segundo maior da história

Em 2017, as exportações brasileiras do agronegócio somaram US$ 96,01 bilhões, registrando crescimento de 13% em relação a 2016. No período, o setor foi responsável por 44,1% do total das vendas externas do Brasil. Com o crescimento do valor exportado sobre o das importações, o saldo da balança do setor foi superavitário em US$ 81,86 bilhões, ante os US$ 71,31 bilhões do ano anterior. Foi o segundo maior saldo da balança do agronegócio da história, inferior apenas ao registrado em 2013 (R$ 82,91 bilhões).

“Esse saldo forte demonstra importância do setor para a economia”, disse o ministro Blairo Maggi, durante divulgação dos dados à imprensa. “O agro foi importante para a manutenção das contas externas, das reservas internacionais, durante a crise econômica que o país sofreu”.

Os produtos que mais contribuíram para o aumento das exportações foram o complexo soja (+US$ 6,30 bilhões), produtos florestais (+US$ 1,30 bilhão), carnes (+US$ 1,26 bilhão); cereais, farinhas e preparações (+US$ 953,86 milhões) e o complexo sucroalcooleiro (+US$ 889,34 milhões).

O secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Mapa, Odilson Silva, lembrou que, nos últimos 20 anos, sem o agronegócio, o país deixaria de faturar R$ 1,23 trilhão.

Carnes ficaram em segundo lugar, na pauta, com vendas de US$ 15,47 bilhões e crescimento de 8,9% em valor. A carne de frango, principal produto do setor, representou quase metade desse montante (46,1%). Foram exportados US$ 7,14 bilhões do produto, 5,5% acima do que havia sido registrado no ano anterior. As vendas de carne suína apresentaram recorde histórico, somando US$ 1,61 bilhão, ou seja, 9,7% superiores a 2016.

Blairo Maggi lembrou que “tivemos o ambiente da carne fraca, durante o ano, com um grau de preocupação muito intenso”, mas que “o  governo como um todo  trabalhou na mesma direção. E os números demonstram que esse período foi ultrapassado com o aumento do volume de vendas”.

 

Esses cinco setores somaram US$ 76,22 bilhões, ou 79% das exportações do agronegócio em 2017. Apesar do milho não estar entre os cinco principais setores de exportação, houve recorde histórico de volume de vendas: US$ 4,57 bilhões (+24,9% ante 2016) com 29,25 milhões de toneladas.

Outros produtos cujas exportações mais cresceram no ano de 2017 foram pimenta piper seca (59,50 mil toneladas); painéis de fibras ou de partículas de madeira (US$ 326,38 milhões e 1,03 milhão de tonelada); gelatinas (50,97 mil toneladas); óleo essencial de laranja (US$ 242,16 milhões); mangas (US$ 205,11 milhões e 179,60 mil toneladas); amendoim em grãos (US$ 194,86 milhões e 153,32 mil toneladas); e melões (US$ 162,92 milhões e 233,65 mil toneladas).

As importações de produtos agropecuários alcançaram a cifra de US$ 14,15 bilhões, em 2017, 3,9% acima do montante registado em 2016, que foi de US$ 13,63 bilhões.

Mercados

Ásia é o principal destino das exportações brasileiras – US$ 44,17 bilhões, crescimento de 18,1%. Soja em grãos, carne bovina e celulose foram os principais produtos. A China encerra o ano de 2017 na liderança entre os mercados do agronegócio brasileiro, ampliando sua participação de 24,5% para 27,7%. Em 2017, as exportações ao país somaram US$ 26,58 bilhões, superando em 27,6% o valor do ano anterior.

As exportações para os Estados Unidos, o segundo maior comprador, somaram US$ 6,72 bilhões em 2017, crescimento de 7,3% sobre o ano anterior. Os principais aumentos foram anotados nas vendas de álcool etílico (+US$ 156,43 milhões) e celulose (+108,09 milhões).

Fonte: Mapa, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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