Principais indicadores do mercado do boi – 16/11/11
16 de novembro de 2011
EUA: USDA reduz previsões para produção de carnes em 2012
16 de novembro de 2011

Rússia mudou prazo de validade para carne resfriada do Uruguai

As autoridades sanitárias da Rússia resolveram que os processadores uruguaios determinarão o prazo de validade da carne resfriada exportada, aplicando as regulamentações vigentes. Até agora, o prazo era de somente 18 dias.

Esse período dificultava bastante os negócios nesse mercado. No entanto, após algumas gestões da Direção Geral de Serviços Pecuários do Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP) do Uruguai, surgiu a chance dos processadores uruguaios que, com base na regulamentação vigente, colocarão a data de vencimento, de forma que “pode-se dar ao produto uma validade superior”, disse o diretor de Serviços Pecuários, Francisco Muzio.

Até agora, o que acontecia é que, quando o produto chegada ao destino, podia enfrentar o risco de estar no final do prazo de validade, o que encurtava os tempos de exportação.

Além disso, uma delegação uruguaia segue em Genebra negociando com os russos para que, quando entrarem na Organização Mundial de Comércio (OMC), mantenham as condições de acesso ao mercado das carnes uruguaias.

A entrada dos países que formam a Federação Russa à OMC está prevista para o fim do ano e, anteriormente estão sendo feitas várias rodadas de reuniões com os tradicionais abastecedores e atuais membros do órgão, que se mostram inquietos ante eventuais mudanças das regras de importação e cotas.

A Rússia é o principal mercado para o Uruguai, superando, inclusive em volume e preços, os Estados Unidos e outros destinos da América do Norte. Segundo dados do Instituto Nacional de Carnes (INAC), até o final de outubro foram exportadas 98.817 toneladas, um volume levemente menor do que o vendido em 2010 (foram 99.667 toneladas).

Porém, embora o volume exportado tenha sido levemente menor, o preço da tonelada se valorizou em 25,2% em um ano, com um faturamento ficando em US$ 280,552 milhões frente aos US$ 224,013 milhões até outubro de 2010. As carnes uruguaias e miúdos entram na cota geral de importação anual, porque com esse mercado, nunca obteve cota.

No pacote final, a Rússia concorda em autorizar uma cota de importação de 530.000 toneladas anuais para carne bovina, onde se incluirão todos os países membros da OMC e mais de 40.000 toneladas de importação de cortes refrigerados, com uma tarifa de importação para os dois casos de 15%.

Quanto à cota para cortes congelados, seria de 60.000 toneladas para a União Europeia (UE) e 3.000 para a Costa Rica, enquanto no caso da carne refrigerada, 29.000 toneladas foram reservadas para países da UE, que já vendem sua carne ao mercado russo. “As condições de acesso ao mercado, no caso do Uruguai, não mudam”, disse o vice-presidente do INAC, Pérez Abella.

Fonte: site El País Digital, traduzido e adaptado pela Equipe BeefPoint.

Os comentários estão encerrados.

plugins premium WordPress