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RS: Farsul se mostra favorável à rastreabilidade e quer discutir regras com o Mapa

Os produtores gaúchos querem mostrar ao Ministério da Agricultura (Mapa) que são favoráveis à rastreabilidade, mas que precisam de regras flexíveis para atender as exigências do mercado externo. Os representantes do setor querem agendar reunião com o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Inácio Kroetz, para reforçar a posição.

Os produtores gaúchos querem mostrar ao Ministério da Agricultura (Mapa) que são favoráveis à rastreabilidade, mas que precisam de regras flexíveis para atender as exigências do mercado externo. Os representantes do setor querem agendar reunião com o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Inácio Kroetz, para reforçar a posição.

O ministério deve se manifestar em pouco mais de 50 dias sobre as sugestões apresentadas pelo setor no dia 16 para reformulação da instrução normativa (IN) 17, que prevê novas regras para o Sisbov. “Gostaria que ele tivesse todas as informações necessárias para poder tomar uma decisão. Queremos contribuir e mostrar a realidade de quem tenta aplicar as regras na prática”, disse o coordenador da Comissão de Bovinocultura de Corte da Farsul, Carlos Roberto Simm.

Os pontos que serão apresentados a Kroetz e que devem ser debatidos com deputados da bancada ruralista foram definidos, ontem, em reunião do Fundesa. A manutenção e expansão de mercados e o acompanhamento das sugestões à IN 17 estão entre os temas, além das vistorias nos Eras, que devem ocorrer a partir de agosto. “Isso gera dificuldade, pois inconformidade zero em propriedade grande é impossível”, comentou Simm.

O dirigente defendeu que a segurança sanitária seja garantida por autoridades da área no Rio Grande do Sul e informou que o Fundesa tem investido nisso. “Sugerimos também que a identificação seja feita apenas nos animais para exportação”, declarou.

As informações são do jornal Correio do Povo/RS.

0 Comments

  1. Humberto de Freitas Tavares disse:

    Essa abertura proposta por Simm, de que a identificação seja feita apenas nos animais para exportação, é de uma ingenuidade atroz (para não usar palavras menos elegantes).

    Mostra claramente quão longe dos produtores estão estas entidades que se especializaram em nos coletar anualmente o dízimo obrigatório por lei.

    Dá ao frigorífico o poder de perguntar-nos: — Seu boi tem brinco? Sinto muito, mas este abate é para exportacão de rins para a Inglaterra. Farei o favor de comprar seu gado se você aceitar o deságio que EU vou arbitrar.

    Socorro, Ronaldo Caiado!!!!!

  2. Otavio Cesar Bucci disse:

    Meu caro Humberto, não acredito que você seja contra a rastreabilidade só por ser, acho que seria bem mais construtivo e didático se você colocasse na mesa a suas restrições e também as sugestões para melhorar o sistema, pois ai sim o debate seria engrandecido, pois a rastreabilidade é irreversivel, ela no é capricho do governo, é sim compromisso do Brasil com os principais organismos internacionais e compradores mundiais, e não adianta pedir socorro a este Caiado, pois ele sim esta atrás do seu dizimo e pior do seu voto com demagogia, pois se aprovar isto que ele quer lá no congresso o presidente veta, pois como já disse o pais tem compromissos a cumprir, então vamos buscar soluções plausíveis e factiveis para o Sisbov, ai sim vocês pecuaristas vão ser beneficiados.

  3. Humberto de Freitas Tavares disse:

    Quem acompanha minhas diatribes aqui no BeefPoint já está cansado de ouvir, mas vá lá.

    Quero rastreabilidade viável, por lotes, sem identificação individual dos animais. Como no frango, no café, no suíno etc.

    Um grupo de ingênuos, bem intencionados mas sem experiência prática, propôs engessar o Brasil através da identificação individual, não exigida pela Europa.

    Foi rapidamente apoiado pelos setores periféricos à pecuária, que vislumbraram vantagens econômicas. Incluem-se neste grupo entidades que se diziam representante dos pecuaristas, mas que no fundo desejavam os poderes cartoriais decorrentes do modelo SISBOV.

    Os poucos pecuaristas que enxergaram mais longe e gastaram seu gogó, teclado e mouse aqui mesmo no BeefPoint foram voto vencido.

    O sistema ruiu ao fim de 2007. O Brasil e os frigoríficos exportadores sofreram e sofrem fortes prejuízos. Claro que eles devem estar triangulando a carne via tradings no Egito, Paquistão e talvez até mesmo Botswana. Sim, este país exporta livremente carne para a Europa, e o babaca do brasileiro, não.

    Os proponentes da identificação individual obrigatória não dão o braço a torcer, mesmo assistindo às sucessivas humilhações sofridas por Stephanes, que pegou o bonde andando e não tem nada a ver com o pato.

    A Comissão de Agricultura da Câmara Federal se propõe a acabar com a farra e tirar-nos da sinuca de bico em que nos encontramos.

    Caso isso ocorra, muita gente que investiu para obter poderes cartoriais diretos ou indiretos vai sucumbir. Daí todo o jogo de forças que vemos acontecer aqui nesta arena, eu de um lado e você de outro.

    Quem vencerá?

    Rastreabilidade viável, com GTA, nota fiscal e SIF? Sim!

    Cartórios? Não!

    SISBOV? Não brinco mais!

  4. Otavio Cesar Bucci disse:

    Amigo Humberto. acho que na pecuaria bovina se rastrear por lote é o mesmo que tentar segurar fumaça, pois esta pecuaria é dinamica e se movimenta constantemente, diferente do frango e do suino que nasce e morre no mesmo lugar, e que possuem controles muito mais rigidos que o Sisbov tanto em termos sanitários como zootecnicos, então acho que esta comparação não vale, mas se for usado o mesmo critério com a pecuária bovina ai sim o mundo ia acabar para os pecuaristas visto os controles rigidos destes seguimentos.

    No caso da identificação individual, ela é necessária pois como ja disse na pecuaria de corte os animais se movimentam muito e nao tem como controlar lotes que sao apartados ao interesse dos compradores ou dos pecuaristas que fazem apartaçao de acordo com manejo que precisam, e muitas vezes estes lotes se misturam nas propriedades ficando os lotes comprometidos com entreveros.

    Quanto aos cartorios a que voce se refere, acredito nao ser as certificadoras credenciadas pelo MAPA, pois estas estao longe de se constituir cartorios, pois alem de serem muitas espalhadas pelo Brasil, tem que correr atras dos clientes (pecuaristas), como toda empresa privada e demonstrar competencia senao…, agora se nao fossem estas seriam os orgaos estaduais de sanidade ou o inmetro, ou quem sabe as grandes certificadoras internacionais que cobram primeiro e conversam depois, entao nao acredito que voce esteja se referindo as certificadoras.

    Quanto a rastreabilidade com GTA e NF e SIF, isto nao atesta a conformidade da produçao, pois GTA e NF é uma obrigaçao declaratoria e tributaria respectivamente, e SIF é orgao exclusivo de fiscalizaçao e seleçao sanitaria que atua apos o abate e proteje o consumidor final de possiveis zoonoses, e por ultimo gostaria de salientar que a partir de 2008 a rastreabilidade nao é obrigatoria como em outros paises faz quem quer, entao mais uma vez nao acho que exista cartorio querendo explorar os produtores, pois como voce mesmo esta dizendo nao brinco mais.É uma possiçao individual sua como produtor que tem e deve ser respeitada, porque voce sabe o mercado que voce quer atender e os que aderiram tambem sabem onde querem chegar.

  5. Francisco de Assis F. Rodrigues disse:

    Como é dificil entender o que passa pela cabeça dessas pessoas que se dizem representantes dos produtores.

    Inicialmente o SISBOV permitia a identificação individual apenas para os animais destinados a Exportação. Os ” Caiados” da vida conseguiram a Certificação por propriedade como era de vossos agrados. Agora querem voltar novamente a Identificação apenas dos animais destinados a exportação.

    Sr. Simm, porque os senhores não lutam pelo fortalecimento e agilidade do Sistema atual, pelo fim do Modelo- B que simplesmente reflete a tão desejada facilidade dos produtores, mas que não reflete a segurança nem aumenta a credibilidade dos nossos produtos.

    Porque os senhores não procuram fazer um levantamento dos países importadores que exigem rastreabilidade e que estão pagando bons “PRÊMIOS” pelos vossos produtos e a Industria não repassa estes PRÊMIOS aos senhores, sobre alegação de que não estão exportando para a UE?

    Acho que os senhores têm mais é que incentivar os produtores e seus associados a realizarem trabalhos criteriosos em suas propriedades (ERAS), de modo que a Indústria seja obrigada a PREMIÁ-LOS, se quiserem comprar produtos confiáveis, como é o caso de alguns produtores de Mato Grosso que estão recebendo até 20% a mais pela arroba do boi especial proveniente de ERAS credenciados para exportar para a UE.

  6. Fernando Cardoso Gonçalves disse:

    Corretíssimo Humberto.

    Nada a acrescentar.

  7. José Luiz Martins Costa Kessler disse:

    Mais uma vez, parabéns ao Dr. Humberto Tavares.
    Suas observações estão corretíssimas. É dificil para quem tem experiência em produção de carne bovina, acreditar que a defesa da identificação animal seja o único critério para certificar um processo de produção de carne com qualidade.

    Quem acompanha o tema já sabe que o brinco para definir o que pode e o que não pode ser exportado não vingou. O sistema não é eficaz e o número de propriedades habilitadas é uma demonstração inequívoca. Entendo que possamos evoluir e certificar propriedades por padrão de qualidade e adoção de boas práticas agropecuárias, mas sejamos razoáveis, isto pode ser executado sem a necessidade de um Banco Nacional de Dados e expedição de Documento de Identidade para os bovinos.

    O controle de indivíduos ou lotes é ferramenta de gestão da fazenda e não função para justificar o que é apto ou não.

    Está na hora de sermos práticos e estabelecer um normativo inclusivista com possibilidade de oferecer diferentes habilitações e permitir ao produtor partir de um nível básico até um complexo se realmente lhe convier.

    Por enquanto, a grande maioria entende que o Sisbov já Era.

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