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Pedido de vista no Cade suspende julgamento de processo da Júnior Friboi

O conselheiro João Paulo Resende pediu vistas e suspendeu o julgamento do processo que investiga Júnior Batista Júnior e o Frigorífico Independência por formação de cartel. Irmão de Joesley e Wesley Batista e um dos fundadores da JBS – empresa que deixou em 2011 – Júnior Friboi, como é conhecido, vem sendo investigado há 11 anos neste processo.

Em setembro do ano passado, a superintendência-geral do Cade pediu a condenação de Júnior Friboi no caso, mas a palavra final cabe ao tribunal do órgão, que iniciou o julgamento nesta quarta-feira. Em seu voto nesta quarta-feira, a conselheira Polyanna Vilanova, no entanto, entendeu que não há provas de que Júnior Friboi tenha participado do cartel.

Ela afirmou que, apesar de haver indícios de paralelismo de preços, não há provas de que Júnior Friboi tenha participado das reuniões em que teria havido efetivamente a combinação dos preços e nem outras provas contundentes contra ele. “Os elementos não são suficientes para comprovar a participação de José Batista Júnior na prática de paralelismo ou qualquer outra violação à ordem econômica”, afirmou.

A investigação contra o empresário é um desdobramento do chamado “Cartel dos Frigoríficos”, em que, ainda em 2007, várias empresas foram condenadas. Na época, a Friboi assinou acordo com o Cade para encerrar a investigação, pagando R$ 13,7 milhões, assim como Wesley Batista, que pagou R$ 1,37 milhão pelo acordo.

Uma das provas consideradas pela superintendência-geral do Cade para pedir a condenação de Júnior Friboi foi uma gravação de uma reunião em que Júnior participa. Em dos diálogos transcritos na nota da superintendência, Júnior diz: “Nós, o Bertin, o Independência…os três põem o preço do boi em tudo quanto é Estado, em tudo quanto é…ó, Mato Grosso do Sul nós (peita) lá, São Paulo”. E segue: “Estamos fazendo o preço do Mato Grosso, e os outros acompanha, ninguém paga mais pra Friboi dois real, três real …o Friboi tá pagando, então todo mundo paga cinquenta centavos a mais.”

Fonte: Estadão.

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