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Pecuaristas paranaenses ganham prazo maior para se adequar ao fim da vacinação contra a febre aftosa

Os pecuaristas paranaenses ganharam um prazo maior para  se adequar à intenção do Paraná de tornar o Estado área livre de febre aftosa sem vacinação. Pelo projeto inicial, já em novembro próximo a vacinação seria cessada. Em audiência em Curitiba realizada na semana passada, o Governador Beto Richa disse aos presidentes das Sociedades Rurais de Umuarama, Londrina, Paranavaí e Maringá, junto com o secretário de Estado da Agricultura, Norberto Ortigara, que esse prazo se estenderia em pelo menos mais um ano, com a imunização devendo ocorrer até maio de 2016.

No entanto, o presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Inácio Kroetz, disse à DBO rural  que a etapa de maio ainda não está confirmada – somente a de novembro. De qualquer maneira, ganhou-se um tempo para se preparar melhor.

Segundo o presidente da Sociedade Rural de Umuarama – SRU, João Megda, as entidades são favoráveis de que o Paraná não tenha mais a vacinação contra a febre aftosa, mas são cautelosos e defendem que as barreiras sanitárias sejam reestruturadas com equipamentos e pessoal para a fiscalização ser eficiente em toda a extensão das nossas divisas.

Megda entende que o processo será inevitável e a médio e longo prazo será bom para os produtores, mas exigirá mais responsabilidade do Estado e dos pecuaristas.

As sociedades rurais apresentaram duas propostas para a questão. A primeira é o prazo mais longo, para a produção de vacas de cria. Atualmente o setor importa de outros estados os bezerros, que são engordados aqui. Com o fim da vacinação, fica proibido a entrada de animais de outros Estados e países onde a imunização ainda é aplicada.

Se a imunização fosse cessada agora em novembro, o Paraná acabaria com a carne bovina mais cara do país, pois não tem bezerro suficiente para atender a demanda dos frigoríficos. Outra consequência imediata seria a concorrência desleal de outros estados, que importariam ao Paraná a carne dessossada produzida a um preço mais acessível.

A outra alternativa apresentada pelas entidades rurais é a formação de blocos com estados que o Paraná tem divisa, o que permitiria a circulação livre de gado dentro dessa área. Essa possibilidade permitiria que os produtores paranaenses continuassem com a importação de bezerros para engorda, sem ter a preocupação e o custo de ter vacas de cria.

Segundo Medga, tanto o Mato Grosso do Sul como São Paulo já manifestaram interesse em obter o status de área livre da febre aftosa sem vacinação.

Sem números reais e atuais para sustentar as argumentações, os pecuaristas contrataram o IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, que irá realizar um raio X do setor e comparar números da bovinocultura com outras culturas animais.

Fonte: http://www.ilustrado.com.br e DBO rural, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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