Em meio à pressão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pela “profissionalização” do comando da JBS, a companhia anunciou no fim da noite de quarta-feira a criação de um “comitê executivo” para assessorar o conselho de administração em decisões estratégicas como a venda de ativos.
A medida pode ser uma alternativa para que o empresário Wesley Batista se mantenha no comando da JBS caso tenha que deixar a presidência da companhia. Além de Wesley, fazem parte do comitê executivo Tarek Farahat, presidente do conselho de administração da empresa, e Gilberto Xandó, membro do conselho de administração da JBS e presidente da Vigor Alimentos.
O conselho de administração da JBS tem até hoje para apreciar um pedido do BNDES – segundo maior acionista da empresa, com participação de 21,3%, – para convocar assembleia extraordinária de acionistas, que pode decidir pela saída da Wesley Batista da presidência e do conselho.
No fato relevante enviado ontem à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a JBS informou que cabe ao comitê executivo assessorar a diretoria na “revisão de propostas de aquisição, investimentos, desinvestimentos, associações e alianças estratégicas”.
O comitê executivo também vai assessorar a diretoria da companhia na gestão e na elaboração e revisão do orçamento plurianual e anual. O novo órgão atuará ainda na “orientação geral sobre os negócios, inclusive sugerindo a adoção de políticas, diretrizes e ações estratégicas”, informou a JBS.
A empresa anunciou ainda na quarta, a eleição de Cláudia Santos e André Janszky para seu comitê de governança. Cláudia é conselheira da JBS indicada pela BNDESPar. Advogado, Janszky é consultor independente em governança corporativa e anticorrupção.
Também foi aprovado o plano de trabalho do programa de compliance “Faça sempre a Coisa Certa”, proposto pelo diretor global de compliance da JBS, Marcelo Proença, contratado recentemente.
Fonte: Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.