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MT: índios e produtores debatem aumento de reservas

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato) realizou ontem encontro para discutir o estabelecimento de novas reservas indígenas às áreas de produção agrícola do Estado. Porém a discução parece tomar novo formato, já que a reunião contou com a participação de um líder dos índios - e que fazia coro com o discurso dos produtores.

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato) realizou ontem encontro para discutir o estabelecimento de novas reservas indígenas às áreas de produção agrícola do Estado. Porém a discução parece tomar novo formato, já que a reunião contou com a participação de um líder dos índios – e que fazia coro com o discurso dos produtores.

“Trabalhamos muito com antropólogos, mas a idéia que eles têm é diferente. Querem preservar nossa cultura, mas põem obstáculos à nossa evolução. Também queremos integração e a possibilidade de produzir”, afirmou o líder xavante Domingo Mohoro. “Se outro cacique viesse aqui, diria a mesma coisa”.

“Já temos área suficiente, de 116 mil hectares”, disse Mohoro. “Temos área que poderia ser ocupada por lavouras mecanizadas, mas faltam máquinas agrícolas e treinamento”, diz.

Segundo a Famato, as reservas indígenas cobrem 18,3 milhões de hectares no Estado, área que equivale a 20,3% de seu território. E a área dedicada às reservas poderá ser ampliada em 5,5 milhões de hectares. “Em Mato Grosso, haverá uma área de reservas equivalente à do estado de São Paulo”, diz o presidente da Famato, Rui Ottoni Prado. “São 25 mil índios no Estado. Não faz sentido eles precisarem de um Estado de São Paulo para se desenvolver”.

Os produtores alegam que, com mais reservas, além de a expansão da agricultura ficar mais restrita, fazendas em que já existe plantio podem ser inutilizadas.

A matéria é de Patrick Cruz, publicada no jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Antonio Luiz Trevisan disse:

    É revoltante o assunto. Vira e mexe e se noticia a intenção de criar ou ampliar reservas indígenas no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, alegando-se que as terras sempre foram indígenas e para isso ainda indicam a localização; fico realmente incomodado como ninguém sugere a criação de reserva indígena em Ribeirão Preto, na avenida Paulista, em Alphaville, afinal São Paulo também pertencia aos índios como todo o território nacional.

  2. José Coutinho Neto disse:

    Atualmente temos 1/8 do território brasileiro demarcado para mais ou menos 320 mil “índios” (geneticamente já não existem mais índios no Brasil pois todos nós somos produto da miscigenação); os 7/8 restantes são destinados aos quase 200.000.000 de simples mortais.
    A coisa é tão ilógica que os próprios “índios”, não manipulados pelos lesas-pátrias, se revoltam com este modelo implantado que os tolhem no seu crescimento como seres humanos que devem estar inseridos na sociedade brasileira.
    A pergunta que não quer calar – Quem ganha com tudo isto? A sociedade brasileira não é. O “índio” não é. Quem ganha?

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