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MS: Cavalléro admite falhas de vigilância na fronteira

Apesar de admitir falhas na vigilância na fronteira de MS com o Paraguai, o presidente da Iagro de Mato Grosso do Sul, João Cavalléro, disse que a culpa não é toda do estado.

Apesar de admitir falhas na vigilância na fronteira de MS com o Paraguai, o presidente da Agência Estadual de Defesa Sanitária e Vegetal (Iagro) de Mato Grosso do Sul, João Cavalléro, disse que a culpa não é toda do estado.

De acordo com ele, a fiscalização do contrabando de animais é responsabilidade do governo federal. “Quem tem de ver isso é o Ministério da Agricultura e a Polícia Federal. Estamos lá para fiscalizar o trânsito interno e, por delegação, o interestadual”, informou em reportagem de José Maria Tomazela para O Estado de S. Paulo.

Cavalléro voltou a atribuir ao Paraguai os problemas que os produtores do estado enfrentam em decorrência da doença. “A aftosa na América do Sul vem do chaco paraguaio. Todos sabem disso”, reiterou.

O presidente do Movimento Nacional de Produtores, João Bosco Leal, disse que, mesmo após o abate de 34 mil bovinos para conter a aftosa, o gado da Reserva Porto Lindo, dos índios guaranis-caiovás, não foi vacinado, o que é desmentido pelo presidente da Iagro. Segundo ele, assentamentos recebem vacinação assistida. “Aplicamos 500 mil doses por etapa, inclusive no gado de periferia”, lembrou.

Segundo Leal, os índios, que ocupam 11 mil hectares e levam gado paraguaio para a reserva, não permitem a entrada de agentes sanitários. “Fazer assentamentos indígenas e de sem-terra na fronteira é crime contra a segurança nacional.”

Jornais paraguaios repercutiram a reportagem publicada pelo O Estado de S. Paulo de domingo, mostrando as condições precárias das barreiras sanitárias na fronteira com o Brasil. O ABC Color, de Assunção, apontou como responsável pelo ressurgimento da aftosa em Mato Grosso do Sul “a negligência do estado” na vigilância sanitária.

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