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Morre o engenheiro agrônomo José Peres Romero

Faleceu na quarta-feira passada, 26-julho-2017, o engenheiro agrônomo José Peres Romero. Formado pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq) em 1952, Romero fundou dois anos depois a Editora Ceres. Aos 87 anos, ele deixa filhos e netos.

Romero era cafeicultor em Ouro Fino, MG, e, honrando seu sangue espanhol, foi um Dom Quixote na defesa da agricultura e da construção e manutenção de solos férteis.

Não por acaso, na Ceres, publicou diversas obras de Eurípedes Malavolta – professor da Esalq, um dos maiores nomes da ciência brasileira e que faleceu em 2008. Romero também é autor de vários livros na área.

José Peres Romero nasceu no ano de 1929, na Mooca, em São Paulo, mas, por influência da família que tinha vários produtores rurais, ele se encantou pela agronomia.

José Peres se definia como um “misto de Dom Quixote com Sancho Pança”, devido a seu gosto pelo livro Dom Quixote. “Do primeiro, ele diz ter a imaginação; do segundo, a capacidade de resolver problemas”, informa reportagem feita com ele em 2015 (abaixo).

A Família Romero foi pioneira na introdução do sistema cereja descascado no início dos anos 90.

Em 1989 a Fazenda Romero iniciou um ambicioso programa para produzir café de maneira sustentável sob os aspectos econômico, social e ambiental.

Eficiência aliada ao respeito às pessoas e ao meio ambiente é a base do conceito de sustentabilidade.

A Fazenda proporciona aos trabalhadores e suas famílias um pacote de benefícios que incluem acesso a serviços de saúde e educação, aposentadoria e seguro.

A educação dos empregados recebe grande ênfase. Cursos de treinamento e dias de campo fazem parte da rotina na Fazenda Romero.

Confira abaixo uma entrevista com ele de setembro de 2015:

(clique em Fullscreen para ler melhor)

Comentário Miguel Cavalcanti, do BeefPoint: Tive a alegria de conhecer o José Peres Romero e visitar sua fazenda, durante a disciplina de cafeicultura enquanto estudava na Esalq-USP. Ele era um visionário. Me lembro dele explicando que “adubava o mato” nas entrelinhas do cafezal, algo impensável na época e hoje considerado moderno, inteligente e sustentável. Ele também foi pioneiro na educação agropecuária, com sua editora. De diversas formas, foi um exemplo e inspiração para mim. Deixo um abraço e sentimentos a toda família.

Fonte: DBO,  e CaféPoint, adaptada pela Equipe BeefPoint.

2 Comments

  1. Joao Romero disse:

    Prezado Miguel Cavalcanti
    BeefPoint

    Agradeço a lembrança e gentileza de vocês neste momento. Tenho a certeza que deixou uma mensagem e exemplos importantes para muitos.
    Com um abraço.
    Joao Romero

    • Miguel da Rocha Cavalcanti disse:

      Obrigado João. Meus sentimentos a toda família. Seu pai cumpriu seu papel por aqui. Abraços, Miguel

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