Atacado – 25/11/08
25 de novembro de 2008
Mercados Futuros – 26/11/08
27 de novembro de 2008

Mercado segue em ritmo lento e bastante pressionado

O mercado físico segue em ritmo lento, com muitos frigoríficos fora das compras ou ofertando preços tão baixos que não estimulam o produtor a entregar seus animais. Os compradores continuam pressionando os preços da arroba e o indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista recuou R$ 0,57, sendo cotado a R$ 87,83/@. O indicador a prazo teve desvalorização de R$ 0,55, sendo cotado a R$ 88,78/@.

Os frigoríficos continuam pressionando os preços da arroba e o indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista recuou R$ 0,57, sendo cotado a R$ 87,83/@. O indicador a prazo teve desvalorização de R$ 0,55, sendo cotado a R$ 88,78/@, nesta terça-feira.

Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, relação de troca, câmbio

Na BM&FBovespa, os contratos com vencimento em novembro/08 acompanharam o movimento do indicador e apresentaram retração, fechando a R$ 88,02/@, com variação negativa de R$ 0,38. No entanto, os outros vencimentos fecharam em alta, dezembro/08 teve valorização de R$ 0,52, fechando a R$ 86,99/@. Os contratos que vencem em janeiro/09 fecharam a R$ 86,20/@, com alta de R$ 0,71.

Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 26/11/08

Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para dezembro/08

O mercado físico segue em ritmo lento, com muitos frigoríficos fora das compras ou ofertando preços tão baixos que não estimulam o produtor a entregar seus animais. Indústrias de grande porte reportam escalas fechadas para o final da semana que vem e assim os compradores continuam pressionando por novos recuos. Os frigoríficos menores têm maior necessidade de compra e aceitam negociar e pagar um pouco mais.

Acesse a tabela completa com as cotações de todas as praças levantadas na seção cotações.

No atacado, as cotações do traseiro (R$ 6,80) e dianteiro (R$ 4,20) enfraquecem e recuam R$ 0,10, enquanto o preço da ponta de agulha permanece estável, cotado a R$ 4,50. Assim o equivalente físico recuou 1,56%, sendo calculado em R$ 82,31/@. O spread (diferença) entre indicador e equivalente subiu para R$ 5,53/@.

Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico

Na reposição, o indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista foi cotado a R$ 696,18/cabeça, com desvalorização de R$ 0,78. Em um mês o recuo acumulado é de 2,70%. A relação de troca recuo novamente, ficando em 1:2,08.

André Camargo, Equipe BeefPoint

0 Comments

  1. Julio M. Tatsch disse:

    Sugiro atenção e questionamento, com as altas margens praticadas na carne bovina pelo varejo, como estratégia para segurar os preços pagos aos pecuaristas, através do freio no consumo, via alta destes preços.

    Como explicar que mesmo com os menores abates, sob inspeção SIF do ano (Set. e Out. foram os menores abates de 2008, e na média do ano, 11% inferiores a 2007. Vide site do Mapa), estaríamos com o consumo interno abastecido e as alegadas “escalas de abate reduzidas” completas! Lembro das inúmeras plantas paradas.

    Se os demais participantes da cadeia não achassem uma forma de reduzir o consumo, não haveria como a oferta de carne ser suficiente. E logicamente, estaríamos e deveríamos estar praticando os preços mais elevados do ano.

    No caso do RS, como explicar os maiores preços do ano aos consumidores, quando os preços pagos aos pecuaristas giram ao redor de R$ 80/@ e não mais os R$ 90/@ do passado, em plena ante véspera do 13° e festas de fim de ano?

    Interessante que nossa Federação não entenda como de importância à economia dos pecuaristas, fazer tais questionamentos. Por que será?

    E como agravante, os integrantes da Comissão de bovinocultura de corte da Farsul tiveram seus serviços dispensados pela direção, e de forma ilógica, creio que “dissolvida” a comissão!

    Caros colegas, lamento, mas meu entendimento é que continuamos sendo manipulados. Imaginem o que nos espera em termos de finanças, quando a oferta aumentar, somada a maior concentração de frigoríficos.

  2. Humberto de Freitas Tavares disse:

    Boi futuro de dezembro fez um claro sinal de fundo ontem.

    Não tem por que não subir, afinal vai tirar boi gordo de onde até 15 de janeiro?

    São risíveis as notícias, plantadérrimas, de escalas com 15 dias.

  3. Marcos Francisco Peres disse:

    Observo que na minha região e em Barra do Garças – MT, onde também tenho fazenda é que os preços do gado de reposição estão em forte queda. Já se fala em bezerro nelore bom a R$ 550,00 ou menos.

  4. Antonio Pereira Lima disse:

    O Sr Júlio e o Sr Paulo tocam num assunto de extrema gravidade, mostrando muito bem o quadro atual com verdades com mitos e expectativas.

    Verdades: a carne só é vinculada ao boi, quando o boi sobe, uma alta de R$5,00 na @ é motivo de desespero no comércio, e isto na verdade é só R$0,33 Kg, as manchetes dos jornais culpam os pecuaristas por segurarem o boi no pasto, as donas de casa se desesperam, o governo faz ameaça e o varejo diz que não podem repassar toda esta alta porque o consumidor não vai suportar e aumenta apenas R$1,00 Kg, que na verdade são R$15,00/@, e isto não é só com boi, o trigo só faz parte do pão quando falta trigo, aí a coisa fica feia é o pão nosso de cada dia que vai ter que subir de preço, a televisão mostra o desespero dos padeiros com dó do consumidor, e com dor no coração sobem o preço do pãozinho, na semana passada o trigo não tinha comprador no Paraná, estava sem preço de tanto que baixou, produtores implorando aos compradores e não conseguiam vender para pagar as contas, e a tv não mostrou e o pãozinho covarde também não baixou, trigo? Eu vendo pão, não tem nada a ver, responde o padeiro.

    Tenho saudade dos açougues que vendiam só a carne, que os supermercados quebraram, quando o boi abaixava eles na hora abaixavam o preço da carne que aumentava o consumo e logo voltava a subir, se continuar assim vamos virar pescador de camarão, só o produto é nobre.

    Mitos: o consumo de carne caiu, o mundo está inundado de leite, se isto fosse verdade, por ser um produto perecível o varejo estava liquidando, muito pelo contrário os preços continuam como se o leite pago ao produtor fosse R$0,80, aqui no MS está R$0,43, e a @ do boi fosse R$ 93,00, hoje já falam em R$79,00, portanto estas notícias são direcionadas somente ao produtor.

    Espectativas: vamos exportar mais, os russos estão voltando a comprar, grandes picaretas blefadores, a China está dando sinal para o frango, fomos reconhecidos como área livre de aftosa com vacinação, aqui no MS fizemos uma grande festa com esta notícia de lá prá cá o boi só caiu, vamos rastrear para agregar valor, conversa prá boi dormir, fazendas habilitadas a exportar vendem melhor, tenho um amigo no Paraná que a propriedade dele ficou apta a exportar, quando recebeu a notícia quase explodiu de alegria, acabou explodindo, mas de raiva.

    Portanto não viajo nestas notícias, prefiro os meus gráficos que mostram a nossa realidade, toda vez que aumentaram as exportações o preço do boi caiu, prefiro negociar com o mercado interno além de entender a lingua é o nosso maior comprador, longe do segundo lugar. Façam promoção da carne assim como estamos fazendo do boi, o mercado interno vai consumir tudo, se a promoção durar muito tempo pode ser que a gente precise importar, coisa que já aconteceu.

    Um abraço

  5. Carlos Roberto de Faria disse:

    Visto que o varejo, e principalmente as redes de supermercados, participam de forma bastante ativa na política de preços ao consumidor final, talvez fosse interessante criar um índice de acompanhamento desses preços, tipo um “equivalente físico” no final da linha.

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