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Mercado de carnes do Uruguai se mostra cauteloso

Comentário BeefPoint: Interessante notar que países vizinhos ao Brasil, mesmo com acessos a outros mercados que o Brasil não atua, já começam a sentir a mudança da competitividade da carne brasileira, graças a desvalorização do real frente ao dólar.

Além dos poucos negócios de carnes que os frigoríficos uruguaios vêm realizando, o mercado mundial mostra sinais de cautela e isso se vê na Feira Alimentar de Anuga 2011. Desde o final da semana passada, os preços deixaram de mostrar oscilações bruscas.

A expectativa está centrada na Anuga, que ocorre na Alemanha, de onde participam 800 expositores do setor de carne pertencentes a 50 países. A grande maioria dos frigoríficos exportadores uruguaios está buscando reforçar a presença no mercado europeu – para onde vão os cortes de maior valor – na feira mais importante da Europa.

Na feira, buscam a oportunidade para analisar como está posicionada a carne bovina uruguaia terminada com grãos com relação à australiana, visando analisar a possibilidade de realizar negócios com operadores europeus no marco da cota de carnes de alta qualidade, que está vigente para cinco países: Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e Uruguai. Assim, os uruguaios estão fazendo contato com seus clientes.

Na União Europeia (UE), o Uruguai tem vendido carne resfriada, mas a colocação de carne congelada não está competitiva. O Brasil, impulsionado pelas vantagens cambiais, está enviando mais carne à UE e isso é o que causa maior tranquilidade no mercado de cortes bovinos congelados.

O vice-presidente do Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (INAC), Fernando Pérez Abella, que está na Anuga, confirmou os sinais de cautela, mas garantiu que não há problemas de demanda. “Há vários importadores europeus interessados em comprar carne da América do Sul no marco da nova cota de carnes. Dentro dessa cota, a carne australiana está recebendo um preço de 7.000 euros (US$ 9.540,86) a tonelada”.

Ele também disse que há muitos interessados em importar gado bovino em pé, mas deixou claro que a meta do Uruguai é vender carne.

Por outro lado, o presidente do INAC, Luis Alfredo Fratti, insistiu que a exportação do Uruguai “não foi afetada pela crise europeia”. Ele disse que as exportações de carnes estão “estáveis e demandantes” devido à diversificação de mercados (há habilitação para 120 destinos e se vende a mais de 100 países).

Fratti explicou que o preço da tonelada foi corrigido em 9% para baixo, mas que o dólar no Uruguai subiu muito mais e cobriu essa baixa. Por isso, insistiu que não há motivos para pensar que haverá problemas.

Comentário BeefPoint: Interessante notar que países vizinhos ao Brasil, mesmo com acessos a outros mercados que o Brasil não atua, já começam a sentir a mudança da competitividade da carne brasileira, graças a desvalorização do real frente ao dólar.

Em 13/10/11 – 1 Euro = US$ 1,36298
0,73361 Euro = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)

A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pelo BeefPoint.

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