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Marfrig pagou a Funaro para não ser prejudicada na Caixa

O empresário Marcos Molina, fundador e presidente do conselho de administração da Marfrig Global Foods, afirmou em depoimento à Polícia Federal (PF) que a Marfrig obteve a liberação de um empréstimo R$ 350 milhões junto à Caixa Econômica Federal após realizar pagamentos ao operador Lúcio Funaro.

“O declarante tinha receio que Lúcio pudesse atrapalhar os negócios, em andamento, da sua empresa dentro da CEF, e, por isso, efetuou um pagamento de R$ 500 mil para Lúcio, através da empresa Viscaya no dia 01/08/2012”, informou o empresário no depoimento revelado pela publicação.

A suspeita é que Funaro, que negocia um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República, atuava em dobradinha com o ex- ministro Geddel Vieira Lima. À frente da vice-presidência de pessoa jurídica da Caixa entre 2011 e 2013, Geddel tinha o poder para segurar a liberação de empréstimos do banco.

Molina disse em depoimento que pagou R$ 617 mil à Viscaya, empresa de Funaro. No dia seguinte a um depósito de R$ 500 mil para Funaro, a Caixa liberou R$ 50 milhões à empresa de carnes.

Os pagamentos da Marfrig a Funaro já eram conhecidos desde 13 de janeiro, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Cui Bono, que investiga um esquema de fraudes na liberação de créditos no banco estatal.

A J&F Investimentos também foi citada na Cui Bono. Em delação premiada fechada em maio, o empresário Joesley Batista, um dos donos da J&F Investimentos, admitiu pagamentos a Funaro para obter recursos na Caixa.

A Marfrig disse “que desde janeiro deste ano está contribuindo com o esclarecimento dos fatos e prestando os esclarecimentos necessários as autoridades. Nesse contexto, está o depoimento de Marcos Molina. Ressaltamos que os empréstimos em questão foram concedidos a taxas de mercado, com a exigência de garantias e estão integralmente quitados”.

Fonte: Valor Econômico, adaptada pela Equipe BeefPoint.

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