A JBS deu início a um amplo projeto de revisão de padrões sanitários em suas unidades frigoríficas no Brasil, na Austrália, na Irlanda e nos EUA.
Nesse contexto, chegou na segunda-feira ao Brasil o novo diretor global para Segurança Alimentar e Garantia da Qualidade da empresa, o americano Alfred Al Almanza, que por 39 anos trabalhou como inspetor do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) – até receber o convite de Wesley Batista (então CEO da JBS) e assumir o cargo, em agosto. Caberá a ele uniformizar as operações globais e “elevar a régua” para abrir novos mercados à companhia brasileira.
Até a quarta-feira que vem, o executivo, que desembarcou no Brasil vindo da Austrália, visitará a unidade de frango da empresa em Forquilhinha (SC) e a de carnes, couros e colágeno em Lins (SP). Depois, voltará ao Colorado, nos Estados Unidos.
No período em que trabalhou no USDA, Almanza conheceu grande parte das plantas da JBS nos EUA. Na visita à Austrália, notou diferenças que terão de ser estudadas e comparadas às condições no Brasil.
“Não sei ainda onde [a investigação] vai terminar, mas há peculiaridades que precisam ser alinhadas”. Ele disse não haver um padrão “ótimo” a ser seguido, mas uma pulverização de boas práticas que serão reunidas numa política comum.
Na Austrália, por exemplo, Almanza se deparou com a dessossa inteira do animal. Nos EUA, o boi é cortado por partes, em diferentes linhas de produção. “Que diferença isso faz para a rastreabilidade? Como um governo é capaz de ter certeza sobre o que a empresa está fazendo no caso de recall de um produto? Certo ou errado, são mecanismos de produção distintos”.
O uso de recursos digitais – pouco avançado nos frigoríficos brasileiros – é outro ponto citado.
Almaza afirmou que “algumas plantas apenas cumprem os padrões exigidos” e que o seu papel é fazer com que todas excedam padrões regulatórios.
Fonte: Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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Muito bonito,mais o principal que era terem zelado pelo nome deles não fizeram.