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JBS mantém IPO nos EUA como prioridade

A empresa de alimentos JBS mantém como prioridade os planos de listar em bolsa de Nova York a sua subsidiária norte-americana, como parte do planejamento para reduzir seu custo de capital, disse nesta quinta-feira um executivo do grupo.

“O IPO ainda é prioridade, não tiramos do radar”, disse sem dar prazos o executivo chefe de operações da JBS, Gilberto Tomazoni, durante apresentação a analistas e investidores, nas sede da companhia.

Em outubro, a JBS cancelou a oferta inicial de ações (IPO) nos Estados Unidos de sua subsidiária JBS Foods International BV, na esteira dos desdobramentos da revelação de um esquema de corrupção envolvendo executivos do grupo e pagamento de propina a políticos, que implicou o presidente Michel Temer.

Uma das consequências foi a prisão dos controladores da empresa, os irmãos Wesley e Joesley Batista, sob acusação de uso indevido de informações privilegiadas em transações com ações e dólares no mercado financeiro.

Para Tomazoni, o custo de capital da empresa ainda não reflete sua estrutura global geograficamente diversificada. “Hoje, só 24% dos nossos negócios estão no Brasil”, argumentou.

Segundo Tomazoni, o processo recente de desalavancagem financeira do conglomerado deve continuar nos próximos trimestres, fruto da geração de caixa e dos recursos de vendas de ativos.

As negociações para venda da JBS Five Rivers Cattle Feeding LLC, último dos grandes ativos da JBS que devem ser alienados, estão perto de serem concluídas, disse Tomazoni.

Para o executivo, o ambiente operacional favorável, com recuperação da economia brasileira e de preços nos mercados internacionais tende a favorecer a geração de caixa da companhia.

Na divisão de bovinos, a JBS ainda não recuperou totalmente o nível das operações que tinha no começo do ano no Brasil, quando o ritmo foi afetado pela deflagração da operação Carne Fraca da Polícia Federal, que apurou um esquema de propina envolvendo funcionários da vigilância sanitária.

“Estamos recuperando market share”, disse Tomazoni, sem dar mais detalhes. “Não fechamos nenhuma fábrica neste ano, nem no Brasil nem no exterior, e acho que vamos normalizar o ritmo operacional em 2018”.

No início do ano, o mercado estimava a compra pela JBS de 30 mil cabeças de gado por dia para abate. Pelas estimativas mais recentes, esse número está em cerca de 26 mil cabeças.

A empresa segue praticando a política de pagar os fornecedores de gado em 30 dias, afirmou Tomazoni, explicando que a companhia tem buscado o mercado financeiro para conseguir reduzir esse prazo em casos pontuais para pagamento até à vista.

Fonte: Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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