A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu o terceiro inquérito envolvendo a JBS desde que vazou o conteúdo da delação premiada do empresário Joesley Batista. A investigação mais aprofundada visa analisar a atuação da Eldorado Celulose, controlada da J&F, e da Seara, subsidiária da JBS, em negociações com contratos de derivativos cambiais em mercados de bolsa e balcão organizado regulados pela CVM no mês de maio deste ano.
Apesar de sinalizar ao mercado seus esforços para dar celeridade ao andamento aos casos, ainda não é possível saber quando as investigações serão concluídas. No caso dos inquéritos, o prazo poderá ser de pelo menos três anos.
O novo inquérito no caso JBS está em fase de instrução na Superintendência de Processos Sancionadores (SPS), em conjunto com a Procuradoria Federal Especializada (PFE). Ele dá prosseguimento e aprofundamento às apurações iniciadas no âmbito de processo administrativo sobre o assunto, aberto em junho.
Desde que veio à tona o conteúdo da delação de Joesley Batista, a CVM divulgou a abertura de uma série de processos administrativos e outros dois inquéritos sobre o assunto. A autarquia também informou que alguns desses casos já tiveram andamento interno, com o intuito de aprofundar as investigações. Isso acontece, por exemplo, na investigação que busca esclarecimentos adicionais relativos às notícias e especulações envolvendo a delação de acionistas controladores da JBS.
O inquérito que analisa negociações de ações da JBS no âmbito do programa de recompra aprovado em fevereiro foi encaminhado à SPS na semana passada, após a conclusão da análise de uma das gerências da Superintendência de Relações com Empresas (SEP). Atualmente, a autarquia tem dez processos administrativos e três inquéritos sobre a JBS.
Fonte: Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.