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Indústria da reciclagem animal movimenta R$ 7,9 bilhões por ano no país

01/12/2017. Crédito: Ed Alves/CB/D.A. Press. Brasil. Brasília - DF. Especial Agronegócio. Reciclagem animal. Farinha de carne e ossos, na Fazenda Fazendinha, zona rural de Trindade em Goiás.

A reciclagem de papel, garrafas pet e alumínio são atividades bastante conhecidas no Brasil. O que poucas pessoas imaginam é que existe uma indústria gigantesca de reciclagem animal. Esse mercado processa 12,4 milhões de toneladas de matéria crua, produz 5,3 milhões de toneladas de farinhas e gorduras e movimenta R$ 7,9 bilhões por ano no país.

Os produtos da reciclagem animal são ingredientes para sabonete, detergente, cosméticos, pneus, ração animal, fertilizantes, biodiesel e uma infinidade de itens usados diariamente pela população. A atividade é responsável pela geração de 55 mil empregos diretos no Brasil.

A reciclagem de resíduos animais é fundamental na agroindústria. Ela representa o começo e o fim da cadeia da carne, transformando em farinhas e gorduras de origem animal tudo o que não é utilizado como alimento. A atividade contribui fortemente para o saneamento do meio ambiente, reciclando carcaças, ossos, sangue e penas. O volume de coprodutos de origem animal reciclados anualmente pela indústria é suficiente para preencher todo o espaço livre de dois estádios do Maracanã.

O processo é sustentável e limpo, ajuda a diminuir os impactos ambientais, evita a proliferação de doenças e permite o controle de bactérias e vírus.

A atividade proporciona também a fixação de gases de efeito estufa, contribuindo para a redução da emissão de carbono da pecuária brasileira. Somente a decomposição da carcaça de uma vaca libera 1,2 toneladas de gás carbônico, em média. A reciclagem evita o apodrecimento de carcaças e resíduos animais a céu aberto.

O Brasil ocupa a 12ª posição nas exportações de produtores de farinhas e gorduras de origem animal. As farinhas de carne e ossos, utilizadas para a fabricação de rações para animais, representam 86% das exportações. O principal destino é o Vietnã, seguido de Bangladesh e Chile. Juntos, os três países representam quase 70% do volume exportado pelo Brasil. Mesmo com as vantagens da Tarifa Externa Comum (TEC) e da proximidade de fronteiras, ainda não é significativa a participação dos demais países do Mercosul nas exportações do setor.

O Brasil possui 334 indústrias que se dedicam à atividade. Desse total, 233 são graxarias, ou seja, indústrias associadas aos frigoríficos que reaproveitam os subprodutos de origem animal, e 111 são indústrias independentes, que não estão ligadas a frigoríficos e abatedouros, de acordo com o Sistema de Inspeção Federal (SIF), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Fonte: Correio Braziliense, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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