Indicador tem alta de R$ 0,22, atacado segue firme

O indicador Esalq/BM&F boi gordo à vista foi cotado a R$ 88,52/@, alta de R$ 0,33. O indicador a prazo teve valorização de R$ 0,22, sendo cotado a R$ 89,98/@.

Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, relação de troca, câmbio

A BM&FBovespa fechou em baixa com todos os vencimentos apresentando variação negativa. Novembro/08 teve desvalorização de R$ 0,88, fechando a R$ 89,06/@, com 5.569 contratos negociados e 8.884 contratos em aberto. Os contratos com vencimento para dezembro/08 fecharam a R$ 90,07/@, com baixa de R$ 0,91. Com recuo de R$ 0,94, os contratos para janeiro fecharam a R$ 90,06/@.

Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 11/11/08

Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para novembro/08

No mercado físico os negócios seguem em ritmo lento, mas os frigoríficos conseguiram alongar um pouco as escalas após negociarem preços e aceitarem pagar mais pela arroba do boi gordo. Em São Paulo, agentes do mercado comentam que já existem compraodres que aceitam pagar até R$ 89,00/@, livre dos impostos.

Acesse a tabela completa com as cotações de todas as praças levantadas na seção cotações.

No atacado, segundo o Boletim Intercarnes, as ofertas seguem efetivamente retraídas, porém não existe falta de mercadoria e não sinalizam recuperação a curto prazo, já que a demanda está contrariando as expectativas (início de mês) e segue apenas regular. Em contrapartida, com relação a preços o atacado se mantem firme.

O traseiro foi cotado a R$ 7,00 (+R$ 0,10), o dianteiro a R$ 4,50 e a ponta de agulha a R$ 4,30. O equivalente físico foi calculado em R$ 85,11/@. Com o preço da carne em alta, o spread (diferença) entre indicador de boi gordo e equivalente recuou para R$ 3,41/@.

Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico

Na reposição, o indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista foi cotado a R$ 705,88/cabeça, com recuo de R$ 0,74. A relação de troca subiu para 1:2,07.

Manoel Torres Filho, de Tupi Paulista/SP, comenta, “a reposição está parada, não há procura, o preço está despencando, quem quer comprar só compra com deságio, quem vende nesta condição ou está apertado ou não tem pasto. O restante espera para ver o que vem pela frente; apesar desta época do ano nunca ter sido boa para venda, as pastagens ainda não se recuperaram totalmente. Vem ai dezembro e as festas, todo ano é assim mesmo, o mercado só decola após o ano novo”.

André Camargo, Equipe BeefPoint