Após sucessivos adiamentos por cortes orçamentários nos últimos anos, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) iniciou ontem a fase de coleta de informações do censo agropecuário no país.
Nos próximos cinco meses, 19 mil recenseadores vão a campo e visitarão cerca de 5,3 milhões de estabelecimentos do setor com questionários sobre produção, perfil de empregados, uso de irrigação e agrotóxicos, entre outros assuntos.
Inicialmente orçado em R$ 1,6 bilhão para ser executado ao longo de três anos, o Censo Agro 2017 é menor que o almejado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas o instituto precisou redimensionar o censo para fazê-lo caber no do orçamento aprovado pelo governo, que prevê para os trabalhos R$ 505 milhões em 2017 e outros R$ 280 milhões no ano que vem.
Com menos recursos, menos recenseadores foram contratados e para cobrir os estabelecimentos agropecuários necessários, foi preciso reduzir o tamanho dos questionários e, com isso, o detalhamento da pesquisa.
O Censo Agro 2017 vai coletar, por exemplo, o número de bovinos e outros animais de cada estabelecimento agropecuário visitado por seus recenseadores, mas deixará de produzir informações sobre a faixa etária e gênero desses animais.
O Censo Agro contratou 28 mil temporários (incluindo recenseadores e supervisores) para realizar a coleta, ante 80 mil temporários previstos anteriormente. Para respeitar o orçamento, o IBGE também precisou cortar o número de bases locais durante a pesquisa, onde os recenseadores acessam a internet para enviar dos os dados coletados.
O Censo Agro 2017 vai subsidiar a criação de um novo cadastro de estabelecimentos agropecuários e do Sistema Nacional de Pesquisas Agropecuárias. Com isso, será possível o estabelecimento da Pesquisa Nacional por Amostra de Estabelecimentos Agropecuários – uma nova pesquisa que será realizada anualmente para captar dados pormenorizados sobre o setor.
Fonte: Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.