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18 de dezembro de 2017

IBGE: Abate de bovinos cresce 9,0% [RELATÓRIO]

I – PRODUÇÃO ANIMAL NO 3o TRIMESTRE DE 2017

1. Abate de animais

1.1 – Bovinos

No 3o trimestre de 2017, foram abatidas 7,98 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. Essa quantidade foi 7,6% maior que a registrada no trimestre imediatamente anterior e 9,0% maior que a do 3o trimestre de 2016. O Gráfico I.1 mostra a evolução do abate de bovinos por trimestre, desde o 1o trimestre de 2012.

Como não há variações acentuadas no peso médio das carcaças, sobretudo em nível nacional e entre os mesmos períodos do ano, a série histórica trimestral do peso acumulado de carcaças (Gráfico I.2) tende a seguir o mesmo comportamento da série do abate de bovinos. A produção de 2,02 milhões de toneladas de carcaças bovinas no 3o trimestre de 2017 foi 10,2% maior que a registrada no trimestre imediatamente anterior e 10,4% maior que a registrada no 3o trimestre de 2016.

O peso médio das carcaças foi de 252,9 kg/animal, no 3o trimestre de 2017. No mesmo período do ano anterior foi de 246,8 kg/animal, diferença positiva de 6,1 kg/animal.

O Gráfico I.3 mostra a evolução da participação de machos e fêmeas no abate total de bovinos por trimestre, desde o 1o trimestre de 2012.

O abate de 661,98 mil cabeças de bovinos a mais no 3o trimestre de 2017, em comparação ao mesmo período do ano anterior, foi motivado pelo incremento em 15 das 27 Unidades da Federação (UFs). Os aumentos mais significativos ocorreram em Mato Grosso (+173,06 mil cabeças), Minas Gerais (+139,23 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (+123,08 mil cabeças), Goiás (+103,03mil cabeças) e São Paulo (+91,19 mil cabeças). Por outro lado, as maiores reduções foram verificadas no Maranhão (-22,68 mil cabeças), Tocantins (-17,65 mil cabeças), Pernambuco (-11,35 mil cabeças), Pará (-9,49 mil cabeças) e Paraíba (-8,53 mil cabeças). No ranking das UFs, Mato Grosso continua liderando o abate de bovinos, com 16,6% da participação nacional, seguido por Mato Grosso do Sul (10,9%) e Goiás (10,6%) (Gráfico I.4).

Segundo o indicador Esalq/BM&F Bovespa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – Cepea, a média dos preços da arroba bovina de julho a setembro de 2017 foi de R$ 133,89/@, variando de R$ 122,80/@ a R$ 145,84/@. No mesmo período do ano anterior, o preço médio foi de R$152,11/@, representando queda de 12,0% no comparativo das médias.

A redução de preços também chegou ao consumidor final. De acordo com o IPCA/IBGE (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que é o indicador oficial da inflação brasileira, todos os 13 cortes bovinos acompanhados pela pesquisa ficaram abaixo do Índice geral da inflação e negativos no acumulado de janeiro a setembro de 2017, indicando redução de preços no período (Gráfico I.5).

Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior – Secex, as exportações brasileiras de carne bovina in natura no 3o trimestre de 2017, apresentaram aumentos em volume e faturamento – favorecido pelo aumento do preço médio internacional da carne bovina – em relação ao trimestre imediatamente anterior e ao mesmo período do ano passado. (Tabela I.1).

Hong Kong, Egito e China foram os principais destinos das exportações brasileiras de carne bovina in natura, no 3o trimestre de 2017 (Tabela I.2). O Chile foi o destino com maior queda nas exportações do produto, com 3 815 toneladas a menos em comparação ao mesmo período do ano anterior. No 3o trimestre de 2017, a commodity foi exportada para 74 destinos.

Participaram da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, no 3o trimestre de 2017, 1.126 informantes de abate de bovinos. Dentre eles, 197 possuíam o Serviço de Inspeção Federal (SIF), 381 o Serviço de Inspeção Estadual (SIE) e 548 o Serviço de Inspeção Municipal (SIM), respondendo, respectivamente, por 78,0%; 16,7% e 5,3% do peso acumulado das carcaças produzidas. Todas as UFs apresentaram abate de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária.

3. Aquisição de Couro

No 3o trimestre de 2017, os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro – aqueles que efetuam curtimento de pelo menos 5.000 unidades inteiras de couro cru bovino por ano – declararam ter recebido 8,74 milhões de peças inteiras de couro cru de bovino. Essa quantidade foi 6,3% maior que a registrada no trimestre imediatamente anterior e 4,9% maior que a registrada no 3o trimestre de 2016. Quanto à origem do couro, a maior parte teve procedência de matadouros e frigoríficos, seguida pela prestação de serviços, que responderam juntas por 89,0% do total apurado no período (Tabela I.8).

A aquisição de 404,34 mil peças inteiras de couro cru a mais no 3o trimestre de 2017, em relação a igual período do ano anterior, foi motivada por aumento das aquisições em 8 das 20 Unidades da Federação (UFs) com pelo menos um curtume enquadrado no universo da pesquisa. Os aumentos mais intensos ocorreram em São Paulo (+282,49 mil peças), Mato Grosso (+244,59 mil peças), Pará (+138,81 mil peças), Goiás (+133,79 mil peças) e Paraná (+128,61 mil peças). Já as maiores quedas ocorreram em: Tocantins (-278,89 mil peças), Bahia (-97,04 mil peças), Minas Gerais (-73,74 mil peças) e Maranhão (-58,21 mil peças). No ranking das UFs, Mato Grosso (com 18,3% da participação nacional) continua liderando a recepção de peles pelos curtumes, seguido por São Paulo (13,5%) e Mato Grosso do Sul (11,8%) (Gráfico I.16).

O método mais utilizado para o curtimento das peles bovinas foi ao cromo (com 96,7% do total nacional de peles curtidas), seguido pelo ao tanino (2,8%) e por outros métodos (0,5%). O cromo foi utilizado em 18 das 20 UFs com pelo menos um curtume enquadrado no universo da pesquisa. O tanino foi utilizado em sete UFs: Paraná (com 32,5% do total curtido ao tanino), Santa Catarina (23,0%), São Paulo (21,4%), Rio Grande do Sul (12,7%), Minas Gerais (9,0%), Pernambuco (1,2%) e Rondônia (0,2%). Outros métodos de curtimento foram registrados em Roraima, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Paraná.

A diferença entre o total de peças inteiras de couro cru de bovinos captados pelos curtumes (Pesquisa Trimestral do Couro) e a quantidade de bovinos abatidos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária (Pesquisa Trimestral do Abate de Animais) pode ser entendida como uma proxy do abate não-fiscalizado. Contrastando as séries históricas dessas duas variáveis (Gráfico I.17), pode-se inferir que o abate não-fiscalizado foi da ordem de 8,7% no 3o trimestre de 2017, sendo menor que os 12,2% estipulados para o mesmo período do ano anterior.

Participaram da Pesquisa Trimestral do Couro, no 3o trimestre de 2017, 102 curtumes. Amapá, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Rio de Janeiro, Piauí e Distrito Federal são as únicas Unidades da Federação que não possuem curtumes elegíveis ao universo da pesquisa.

II – TABELAS DE RESULTADOS – BRASIL – TRIMESTRES DE 2016 E 2017

II.1 – Síntese dos Indicadores da Pecuária para trimestres selecionados

III- TABELAS DE RESULTADOS – UNIDADES DA FEDERAÇÃO – 3os TRIM. 2016 E 2017

III.1 – Abate de Animais – Unidades da Federação – 3os trimestres de 2016 e 2017

Clique aqui para acessar o relatório completo.

Fonte: IBGE, adaptada pela Equipe BeefPoint.

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