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IBGE: Abate de bovinos caiu 3,1% no segundo trimestre do ano [RELATÓRIO]

I – PRODUÇÃO ANIMAL NO 2o TRIMESTRE DE 2017

1. Abate de animais

1.1 – Bovinos

No 2o trimestre de 2017, foram abatidas 7,42 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. Essa quantidade foi 0,3% maior que a registrada no trimestre imediatamente anterior e 3,1% menor que a do 2o trimestre de 2016. O Gráfico I.1 mostra a evolução do abate de bovinos por trimestre, desde o 1o trimestre de 2012.

Como não há variações acentuadas no peso médio das carcaças, sobretudo em nível nacional e entre os mesmos períodos do ano, a série histórica trimestral do peso acumulado de carcaças (Gráfico I.2) tende a seguir o mesmo comportamento da série do abate de bovinos. A produção de 1,83 milhão de toneladas de carcaças bovinas no 2o trimestre de 2017 foi 2,0% maior que a registrada no trimestre imediatamente anterior e 2,5% menor que a registrada no 2o trimestre de 2016.

O peso médio das carcaças foi de 246,8 kg/animal, no 2o trimestre de 2017. No mesmo período do ano anterior foi de 245,4 kg/animal, diferença positiva de 1,4 kg/animal.

O Gráfico I.3 mostra a evolução da participação de machos e fêmeas no abate total de bovinos por trimestre, desde o 1o trimestre de 2012.

O abate de 237,02 mil cabeças de bovinos a menos no 2o trimestre de 2017, em comparação ao o mesmo período do ano anterior, foi motivado por reduções em 15 das 27 Unidades da Federação (UFs). As quedas mais intensas ocorreram em Mato Grosso (-81,95 mil cabeças), Rondônia (-56,52 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (-53,98 mil cabeças), Pará (-43,48 mil cabeças) e Maranhão (-17,81 mil cabeças). Já os maiores aumentos foram observados em Rio Grande do Sul (+23,71 mil cabeças), Paraná (+22,92 mil cabeças), Minas Gerais (+17,13 mil cabeças), Rio de Janeiro (+8,76 mil cabeças) e Santa Catarina (+6,78 mil cabeças). No ranking das UFs, Mato Grosso continua liderando o abate de bovinos, com 14,5% da participação nacional, seguido por Mato Grosso do Sul (11,1%) e Goiás (10,6%) (Gráfico I.4).

Segundo o indicador Esalq/BM&F Bovespa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – Cepea, a média dos preços da arroba bovina de abril a junho de 2017 foi de R$ 133,73/@, variando de R$ 126,56/@ a R$ 139,10/@. No mesmo período do ano anterior, o preço médio foi de R$156,14/@, representando queda de 14,35% no comparativo das médias.

A redução de preços também chegou ao consumidor final. De acordo com o IPCA/IBGE (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que é o indicador oficial da inflação brasileira, todos os 13 cortes bovinos acompanhados pela pesquisa ficaram abaixo do Índice geral da inflação, no acumulado de janeiro a junho de 2017 (Gráfico I.5). Doze deles ficaram negativos, indicando redução de preços no período.

Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior – Secex, as exportações brasileiras de carne bovina in natura no 2o trimestre de 2017, apresentaram redução em volume e aumento em faturamento – favorecido pelo aumento do preço médio internacional da carne bovina – em relação ao trimestre imediatamente anterior. Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve decréscimo tanto em volume como em faturamento, mesmo com o aumento dos preços internacionais (Tabela I.1).

Hong Kong, China e Rússia foram os principais destinos das exportações brasileiras de carne bovina in natura, no 2o trimestre de 2017 (Tabela I.2). O Egito foi o destino com maior queda nas exportações do produto, com 21.928 toneladas a menos que em igual período do ano anterior. No 2o trimestre de 2017, a commodity foi exportada para 74 destinos.

Participaram da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, no 2o trimestre de 2017, 1.127 informantes de abate de bovinos. Dentre eles, 188 possuíam o Serviço de Inspeção Federal (SIF), 383 o Serviço de Inspeção Estadual (SIE) e 556 o Serviço de Inspeção Municipal (SIM), respondendo, respectivamente, por 76,6%; 17,7% e 5,7% do peso acumulado das carcaças produzidas. Todas as UFs apresentaram abate de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária.

3. Aquisição de Couro

No 2o trimestre de 2017, os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro – aqueles que efetuam curtimento de pelo menos 5.000 unidades inteiras de couro cru bovino por ano – declararam ter recebido 8,23 milhões de peças inteiras de couro cru de bovino. Essa quantidade foi 1,2% menor que a registrada no trimestre imediatamente anterior e 4,8% menor que a registrada no 2o trimestre de 2016. Quanto à origem do couro, a maior parte teve procedência de matadouros e frigoríficos, seguida pela prestação de serviços, que responderam juntas por 88,1% do total apurado no período (Tabela I.8).

A aquisição de 415,13 mil peças inteiras de couro cru a menos no 2o trimestre de 2017, em relação a igual período do ano anterior, foi motivada por reduções das aquisições em 17 das 21 Unidades da Federação (UFs) com pelo menos um curtume enquadrado no universo da pesquisa. As reduções mais intensas ocorreram em Tocantins (-150,45 mil peças), Mato Grosso do Sul (-133,72 mil peças), Mato Grosso (-108,28 mil peças), Rio Grande do Sul (-87 mil peças) e Maranhão (-86,17 mil peças). Já os incrementos ocorreram em: São Paulo (+167,02 mil peças), Paraná (+106,45 mil peças), Goiás (+46,19 mil peças) e Pará (+16,11 mil peças). No ranking das UFs, Mato Grosso (com 15,9% da participação nacional) continua liderando a recepção de peles pelos curtumes, seguido por São Paulo (13,2%) e Mato Grosso do Sul (12,3%) (Gráfico I.16).

O método mais utilizado para o curtimento das peles bovinas foi ao cromo (com 97,2% do total nacional de peles curtidas), seguido pelo ao tanino (2,7%) e por outros métodos (0,1%). O cromo foi utilizado nas 21 UFs com pelo menos um curtume enquadrado no universo da pesquisa. O tanino foi utilizado em oito UFs: Paraná (com 28,3% do total curtido ao tanino), Santa Catarina (25,2%), São Paulo (19,4%), Rio Grande do Sul (10,2%), Minas Gerais (8,8%), Mato Grosso do Sul (7,0%), Pernambuco (0,9%) e Rondônia (0,2%). Outros métodos de curtimento foram registrados apenas em Goiás.

A diferença entre o total de peças inteiras de couro cru de bovinos captados pelos curtumes (Pesquisa Trimestral do Couro) e a quantidade de bovinos abatidos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária (Pesquisa Trimestral do Abate de Animais) pode ser entendida como uma proxy do abate não-fiscalizado. Contrastando as séries históricas dessas duas variáveis (Gráfico I.17), pode-se inferir que o abate não-fiscalizado foi da ordem de 9,8% no 2o trimestre de 2017, sendo menor que os 11,4% estipulados para o mesmo período do ano anterior.

Participaram da Pesquisa Trimestral do Couro, no 2o trimestre de 2017, 102 curtumes. Amapá, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Rio de Janeiro e Distrito Federal são as únicas Unidades da Federação que não possuem curtumes elegíveis ao universo da pesquisa.

II – TABELAS DE RESULTADOS – BRASIL – TRIMESTRES DE 2016 E 2017
II.1 – Síntese dos Indicadores da Pecuária para trimestres selecionados

III- TABELAS DE RESULTADOS – UNIDADES DA FEDERAÇÃO – 2os TRIM. 2016 E 2017
III.1 – Abate de Animais – Unidades da Federação – 2os trimestres de 2016 e 2017

III.3 – Aquisição de Couro Cru Bovino – Unidades da Federação – 2os trimestres de 2016 e 2017

Acesse o relatório na íntegra.

Fonte: IBGE.

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