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Guia da carne bovina produzida a pasto

As dietas da moda passageiras são muito comuns na era da internet, mas a carne bovina produzida a pasto não pode ser considerada uma delas, porque realmente não é nada novo. Qualquer viagem à área rural dos Estados Unidos não é completa sem admirar as vacas mugindo nos campos verdes, pastando. Você provavelmente já comeu carne bovina produzida a pasto sem saber disso. Então, qual a grande questão? O termo “grass-fed” [criado a pasto] é apenas mais um rótulo usado para levar você a gastar mais com o mesmo produto?

Não. A maioria da carne bovina que está nos pratos dos norte-americanos não vem de animais criados a pasto, como você pode esperar. Ela vem de animais alimentados com grãos em um ambiente menos natural. Então, o “grass-fed” realmente diz a você algo sobre a forma como os animais são criados – tanto sobre sua dieta, como sobre suas condições de vida.

Para saber se a carne a pasto ou com grãos é para você, considere algumas das diferenças e similaridades entre as duas, da nutrição ao preço, bem como ao custo ambiental.

A vida de uma vaca

As vacas são herbívoros, nascidas para comer gramíneas, trevos ou qualquer outras guloseimas deliciosas que brotam dos campos férteis. Porém, as pastagens não são ricas em nutrientes, nem fáceis de digerir. É aqui que entram os famosos quatro estômagos da vaca, bem como sua ruminação. A quebra física das gramíneas pelos dentes, seguida pela quebra bacteriana no rúmen, acabam tornando os nutrientes disponíveis para absorção.

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Embora pareça não natural para as vacas comerem grãos como milho – especialmente grãos processados – com base em sua biologia, isso não significa que elas não podem ser criadas com uma dieta à base de grãos. As bactérias no rúmen são diversas e algumas são adequadas para quebrar grãos, outras para quebrar gramíneas. Quanto mais a vaca come um tipo de alimento, mais bactérias que quebram esse alimento crescerão. Como os grãos são muito, muito mais fáceis de serem quebrados do que as gramíneas e têm muito mais açúcares prontamente disponíveis, as vacas param de ruminar – uma passagem pelo rúmen já é suficiente. Isso acelera o processo da digestão consideravelmente.

Resultado: as vacas alimentadas com grãos crescem mais rápido do que aquelas alimentadas a pasto, mas, e o teor nutricional?

As vacas são (principalmente) o que elas comem

Proteína é proteína, mas gordura vem em muitas formas de conveniências variadas em ambos os tipos, sabor e distribuição no corpo. Dieta e criação têm um papel nesses fatores, com a carne bovina japonesa Wagyu e a carne produzida a pasto em lados opostos do espectro. O gado wagyu é geneticamente predisposto a um marmoreio extensivo, mas eles também recebem grãos e álcool (cerveja ou saquê, normalmente) e são massageados para manter seus músculos macios. Uma coisa que eles não fazem é saltitar nos campos. Os animais criados a pasto, por outro lado, estão livres no campo na maior parte de suas vidas e, como resultado, tendem a ter menos marmoreio de gordura na carne, mas mais gordura abaixo da pele. O que é melhor? Subjetivamente, é uma questão de gosto, dependendo do sabor e do marmoreio do corte. Objetivamente, é uma questão de qualidade do alimento e da saúde e felicidade do animal.

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O pasto não é de graça?

A carne bovina produzida a pasto é quase sempre mais cara do que a carne convencional, mas não deveria ser mais barata? Afinal, o pasto é basicamente de graça.

Bem, o pasto pode até ser de graça, mas a terra não é e precisa de muito mais terra para criar o mesmo número de bovinos no pasto do que em confinamento. E essa terra precisa ser de boa qualidade para sustentar um rebanho a pasto. Devido ao crescimento mais rápido dos animais com grãos, os produtores podem colocá-los no mercado bem antes. Esse maior volume de negócios significa mais fluxo de caixa, melhores margens e menores preços aos consumidores da carne de animais alimentados com grãos. No final das contas, a diferença no preço resume-se à escala. A carne bovina produzida a pasto é realmente realista apenas em pequena escala e escalas maiores sempre significarão maiores custos de planejamento, produção e manutenção ao produtor, que precisam ser repassados ao consumidor para manter a empresa funcionando.

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Carne produzida a pasto e o planeta

As vacas há muito tempo têm sido bodes expiatórios da mudança climática, acusadas de soltar gases por arrotos e flatulências para nossa atmosfera em crise, mas a carne a pasto pode mudar essa imagem. A diferença não é o que elas comem, mas como e onde elas pastam. As vacas em confinamento têm seu esterco limpo e colocado em campos para injetar algum nutriente de volta ao solo, mas essa não é realmente a forma mais eficiente de fazer as coisas.

O gado criado a pasto deixa o esterco nos campos de onde vem seu alimento. Assim, a matéria orgânica retorna de onde vem, desenvolvendo o solo ao longo do caminho à medida que outros gados ou galinhas se espalham ao redor. Então, embora parte do carbono seja de fato perdida para a atmosfera, a maioria é sequestrada no solo. O solo é a força vital de qualquer fazenda e quanto maior o teor de matéria orgânica do solo, mais saudável e estável ele será. É um ciclo natural, eficaz e sustentável que pode realmente melhorar a saúde geral da terra.

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O meio-termo

É fácil sentar à mesa do jantar com um T-bone e debater os méritos econômicos, ambientais, éticos e gastronômicos da criação de gado a pasto versus com grãos, mas a realidade é que a carne bovina pura e verdadeiramente produzida a pasto pode ser difícil de se ter, especialmente em climas mais frios. Onde estão as vacas livres que supostamente obtêm pasto fresco quando o chão está congelado e coberto com neve? Nós deveríamos enviá-las todas para pastagens mais finas? Para permanecer economicamente viável, os produtores frequentemente substituirão feno e grãos por pastagem fresca até que o pasto da primavera retorne. Alguns produtores até mesmo optam por alimentar seu animais com grãos na maior parte de suas vidas e dar a eles pasto no final – carne terminada a pasto.

O que o consumidor pode fazer? Comprar produtos locais e produzidos a pasto, se possível, mas ser flexível

A carne produzida a pasto é mais um retrocesso para a produção de pequena escala do que uma moda passageira, mas os produtores de gado a pasto precisam de nosso suporte, para que a carne a pasto não desapareça completamente. Compre direto dos produtores e converse com eles sobre seus sucessos e problemas. Descubra de onde vem a diferença de preços; as chances são de que eles voltarão para a fazenda para fazer o melhor produto que puderem para você, ano após ano, sendo as vacas alimentadas a pasto ou com grãos.

Se as terras com pastagens são escassas e caras para manter onde você vive e você ainda quer carne bovina, precisará decidir se o apoio aos produtores locais triunfa sobre o transporte na produção a pasto. Lembre-se que proteína é proteína, de forma que se você está querendo o produto por seus benefícios para a saúde, obtenha os cortes mais gordos da carne a pasto e os mais magros da carne produzida com grãos. Da mesma forma, se o custo do filé mignon produzido a pasto é proibitivo, aventure-se em cortes mais baratos quando for comer carne a pasto. Língua, fígado, coração, ossos, sebo e medula trarão grandes benefícios para a saúde a um custo bem menor.

O artigo é de Andrea Moore, para o www.fix.com.

25 Comments

  1. Tiago Mantovani disse:

    Isto é realidade da carne produzida a pasto nos EUA. No Brasil a produção de carne a pasto pode ser mais intensiva

    • Emanoella Karol disse:

      Eu também achei esse artigo muito voltado para a realidade dos EUA, no Brasil a carne produzida a pasto sai mais barata, especialmente em regiões como o Nordeste onde o custo com grãos é altíssimo. Mas é bom ler sobre o sequestro de carbono, que é um fator positivo da carne produzida a pasto, que é a mais difundida no país.

  2. Paulo Carvalho disse:

    Muito bom , no brasil temo um potecial gigante de produção a pasto com uso de gãos tmb.
    Eu acredito que o semi confinamento vai cada vez ficar mais especializa, ja estamos conseguindo resultados no semi melhor que em confinamento.

  3. andre Sorio disse:

    Sugestão ao beefpoint: quando a matéria for traduzida, isto deve ficar indicado claramente no início do texto, pois nem sempre a realidade se aplica ao Brasil. Caso deste artigo acima, que é bom mas não tem conexão direta com nossa pecuária tropical.

  4. JULIO CESAR DE ALBUQUERQUE SETTI disse:

    Na produção de carne a pasto o grande problema são as pastagens em processo de degradação que segundo dados da EMBRAPA/GADO DE CORTE atingem 50% das pastagens cultivadas. Se melhorarmos a produtividade de produção com a recuperação e manutenção do potencial produtivo dessa forrageiras teremos uma carne com preço mais competitivo para exportação. Já existem programas governamentais de incentivo para recuperação das pastagens mas é preciso um esforço muito maior (menor taxa de juros) para permitir maciça adesão da classe produtora. Seremos líderes mundiais na produção e exportação sem que seja necessário desmatar novas áreas e produzindo carne de modo sustentável sequestrando carbono do meio ambiente.

  5. Charles Lopes de Araujo disse:

    Muito bom artigo, interessante para pessoas que acham que revolucionam fazendo o gado ser gado!
    Sou do RS, e desde que mundo é mundo produzimos gado a pasto, pasto de verdade, pastagens nativas que vem sendo ocupadas a milênios.
    Em se tratando de moda, até que um dia a moda se virou para o lado certo da produção!

  6. João Mansur disse:

    Poucas pessoas das grandes cidades sabem a diferença entre o sabor de um filé à pasto , poucos sabem com manejar uma embalagem a vácuo , vc tem uma missão muito difícil , boa sorte e feliz dia do pecuarista a todos .

  7. Gilmar disse:

    Toda seqüência tem uma consequência, nos diversos parâmetro da esfera, cada um cria seu objetivo, hora por interesse de esperiecia de outro, interesse de mercado, interesse de empresa, interesse financeiro alheio, que queira disvirtuar para mudar parâmetro de manipulação de mercado, interesse político e sobre tudo interesse financeiro, toda motivação, não surgi do nada, só leigo nessa área, vejo que o papel que faz e’ formidável, passar conhecimento as futuras gerações de pecuarista, solida e obijetiva para suas decisão, dando a base de esperiencia já modernizadas, enquadrando, qualidade de plantel, criação, formação e liquides. Penso também que isso não venha do nada, que não surja efeito único, dos financiadore se que e’ trabalho árduo leva anos de estudo e dedicação, que possa faser uma corrente de seus seguidores, postando em breve resultado, como os quais já vem surgindo. Sai um poco fora do seu foco, mas te parabenizo pelo trabalho.

  8. Rodrigo Saran disse:

    Excelente matéria.

  9. Izaltino Antonio de Oliveira disse:

    Não tenho experiências em consumo de carne bovina criada em confinamento, posso ser mais direto na forma de criação pasto. O que observamos é que o produtor não faz um investimento na qualidade da forrageira a ser utilizada, acrescentando melhores retornos financeiros. Percebe-se que o produtor espera muito de suas pastagens degradadas, com forrageiras de baixo teor de proteína, nessas condições não há o que se fazer. Tem-se que pensar em compensar produzindo muito mais por menos.

  10. francisco teizen disse:

    muito bom o artigo. Acho que o fato de ser de uma outra realidade, a americana, não desmerece o interesse pela matéria. afinal, tudo o que lemos, em alguma medida não se aplica a realidade de todas as fazendas e precisamos adaptar as recomendações a nossa realidade individual.
    um outro ponto que gostaria de destacar é sobre a maior tranquilidade em que vive o gado à pasto x o gado confinado. imagino que deva ser equivalente a viver numa cidade como São Paulo no horário de pico x viver numa pacata cidade interiorana

  11. Rafael disse:

    O gado tratado com silagem é considerado como alimentação por grãos? No meu caso o gado é alimentado uma vez ao dia com silagem e depois fica solto na pastagem.

  12. Otacilio Xavier da Rocha disse:

    Excelente artigo. Vejo que a diferença para a realidade brasileira esta na exclusividade: não se acha carne exclusivamente produzida a pasto (sem um suportezinho de grãos e ração) ou confinada somente (sem um pastejo). Ou seja, ambos os casos ocorrem aqui, mixados.

  13. Sergio Emilio disse:

    Texto interessante , pois mostra que o consumidor final , ja questiona outros fatores , tais como , ambiental e palatavel , juntamente com a mola propulsora , a econômica . Assunto muito extenso com varios pormenores : carne a pasto , tbem tem haver com pasto nativo ou plantado , a carne do primeiro é mais saborosa . Em confinamentos , para mim , em questão de sabor , industrial . E no que se refere ao marmoreio , prefiro a proteína pura , com a gordura localizada , mas hoje ja existe mercado para todas elas

  14. Víctor Rodríguez disse:

    Interesante publicación nos aclara la real dimension de la huella de carbono en la ganadería al pastoreo y nos motiva a apoyar esta dificil actividad que es compatible con nuestro medio ambiente.

  15. Marcelo Cerutti de Castro disse:

    O artigo é muito interessante, apesar de mostrar a realidade da produção de carne bovina dos EUA, muito diferente da brasileira.
    Aqui temos uma produção heterogênea em virtude do clima, solo, genética utilizada no rebanho, valorização das áreas agricultáveis e impossibilidade de se utilizar áreas de floresta, exigências de alguns mercados valorizados e necessidade de produto barato em outros mercados. Enfim, acredito que tenhamos condições e capacidade para produzir de todas as maneiras e cada vez mais e melhor.
    A carne brasileira tem uma oportunidade ímpar e imensa para explorar este “nicho” de mercado, podendo valorizar o produto final e reconhecer e remunerar coerentemente o papel de cada segmento da cadeia produtiva, desde o produtor rural que faz a criação, o recriador, o terminador, chegando até a expedição do frigorífico.

  16. Sergio Scalassara disse:

    O foco do texto é a pecuária sustentável e o beneficio a saúde no consumo desta carne! Assim, para o consumidor está sendo colocado que estes benefícios tem um custo maior, e que a carne produzida a pasto é sustentável mas não tem escala. O consumidor é desconfiado com o que parece ser e não é! Faço uma similitude com o “frango caipira” nas grandes redes de supermercados “engana o consumidor interessado em um produto saudável, que leva um frango criado com uma dieta diferenciada e chamado de caipira”. A carne bovina produzida no Brasil é assim! O boi nasce a pasto e faz a terminação no confinamento! O que estamos oferendo ao consumidor nosso e ao que importa a nossa carne! Um boi saudável até 90 dias antes do abate! Sou este consumidor, que fui criado na área rural, agropecuarista, industrial no ramo de frigorifico bovino, advogado e consumidor. Falta confiança para pagar mais por este produto! abs

  17. Bruno Junqueira de Andrade disse:

    A matéria é bem legal, mostra a realidade americana. No Brasil é bem diferente, a quantidade de animais abatidos aqui provenientes de confinamento não chega a 10% do total, portanto somos os maiores produtores de grass-fed do mundo, e ainda sem utilizar os hormônios, que são muito utilizados nos EUA. Temos sim que melhorar a qualidade das nossas pastagens, melhorar a genética do nosso rebanho, entre outros fatores, mas na minha opinião o que mais falta para nós é fazer o que os americanos fazem melhor, o marketing, temos que vender para o mundo que nosso modelo de produção é sustentável, tirar a visão de que nossa pecuária foi feita apenas através do desmatamento da Amazônia. Nesse sentido gostaria de parabenizar o Miguel que vem fazendo um excelente trabalho como comunicador na pecuária brasileira.

    • Fernando Tamborlim Ferreira disse:

      Gostei demais do seu comentário. Concordo em gênero numero e grau, inclusive sobre a referencia ao Miguel.

  18. Jusara Pretto Centeno disse:

    Sou criador a pasto no RS, e parabenizo pelo artigo que deveria ser uma Cartilha para o nosso Marketing. Acho importante divulgar os estudos (Embrapa gado de corte e Universidades), detalhando as regiões deste imenso país, as vantagens dos pastos nativos melhorados e pastagens temporárias de verão e inverno (Sul, Centro e Norte) para o criador comparar. Outro ponto é a Sanidade do rebanho, comparando os produtos e sua eficácia, hoje predominando nas propriedades a troca de informação e, não testes efetivos (nas propriedades da região) dos produtos. Estes pontos valeriam muito para a saúde do consumidor.

  19. Abrahão Gomes deHolanda disse:

    É importante que a comunidade que lida com a pecuária Brasileira conduza está atividade de acordo com as peculiaridade tropicais.Foi por está particularida climática que o saudoso Zootecnista Prof Otávio Domingos idealizou e ralizou o já consagrado cruzamento entre Zebu e Europeu nos dois sistema de produção (leite e corte) .Ambos perfeitamente adaptado ao nosso clima verdadeiramente tropical constituído de extensas áreas de pastagens que atende às exigências produtiva e reprodutiva dos nossos mestiços resultante do cruzamento já consagrado.Sabe-se que é muito comum o uso de suplemento proteico para as duas atividades mas não deve se transformar como se fosse a principal fonte de alimentos deixando para traz o valor da. alimentação agrostologica que. sem dúvida atende em torno de 80
    % da eficiência de ambos os sistemas com menor custo de produção além de proporcionar a longevidade do nosso rebanho

  20. Abrahão Gomes deHolanda disse:

    Com relação a qualida da Carne é importante que a indústria processadora da Carne bovina atente para a qualidade deste produto no que concerne às propriedades organolepticas mas também o seu valor nutitivo proteico livre de resíduos químicos e hormonais ,com baixo teor de colesterol ruim.Temos observado a atenção dispensada para as gorduras subcutanias visando principalmente o tempo de resfriamento mas que seja dado muita atenção para o desenvolvimento muscular e que este item seja levado em forte padrão de qualidade com palatabilidade maciez suculencia e sobretudo nutritiva.A qualidade na mesa e a melhor propaganda.

  21. Abrahão disse:

    A pastagem é como se fosse um conglomerado de pequeninas árvores espalhadas por vasta planície incrementando potencialmente o sequestro de carbono princpalmente @.Ainda devolve ao solo 70% do que extrai. Há se o homem fosse assim.O pasto colabora com o combate às perdas de material edafo através do combate à erosão. As águas das chuvas vai percolando as raízes lentamente ,nutrindo as forragens e mantendo o ciclo da vidas dos seres envolvidos.depois de realizado está tarefa desce suavemente para os rios pela via subterrânea deixando no leito dos rios o maior soluto universal a nossa divina água de beber insípida incolor inodora vulgarmente chmada de água potável.O verde da pastagem enche nosso olhos de ternura e inspirando a eterna música de Luiz Gonzaga ,Asa Branca. O homem nem entrou neste projeto divino
    chamado de integração lavoura pecuária ecológica

  22. Eduardo José disse:

    Matéria interessante, Miguel. Porém, discordei do seguinte parágrafo: “Alguns produtores até mesmo optam por alimentar seu animais com grãos na maior parte de suas vidas e dar a eles pasto no final – carne terminada a pasto.”
    Acredito que o boi ser criado com grãos e depois terminado a pasto, ao menos no Brasil, não existe, sendo algo ilógico e inviável. Ou o boi é criado a vida toda a pasto – sendo assim, terminado a pasto- ou ele pode sair da pastagem e ser alimentado com grãos antes de ser abatido, esse tipo de terminação é viável, interessante e ocorre no Brasil.
    Apenas um crítica, espero ser construtiva a ambos os lados, e obrigado pela atenção.

  23. Fernando Tamborlim Ferreira disse:

    Embora o artigo trate muito mais da realidade americana, fico feliz em ver que realmente estamos assistindo uma valorização e divulgação, sem precedentes, da carne produzida a pasto, que corresponde a grande maioria da carne que produzimos no Brasil, especialmente no Sudeste, Centro Oeste, Norte e Nordeste. A qualidade da carne esta diretamente relacionada à idade do animal “bem acabado” ao abate e não ao teor de gordura entremeada (marmoreio). A preferencia da carne marmorizada, sobretudo para churrasco, eh uma questão de gosto e cultural. Para o bem da pecuária brasileira temos que buscar ganchos como este e também destacar o reconhecimento da academia Americana de Cardiologia que recentemente certificou a carne magra bovina sem ou com pouco marmoreio como superior para a saúde, por motivos óbvios. Nossa aptidão eh produzir carne de Zebu a pasto em alta escala, com manejo adequado dos animais e das pastagens e uso de fertilizantes e corretivos para produção de pastos de alta qualidade, além de outras tecnologias para resolver o problema da sazonalidade da produção dos nossos pastos ao longo do ano. Finalmente chamo a atenção para o fato de que a pastagem adequada a “criação a pasto” além de não ser de graça eh, isto sim, muito cara porque tem de ser tratada de forma análoga a utilizada para produzir soja, milho e outras culturas, para obtenção de alta produtividade a pasto.

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