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Fausto Oliveira Neto, leitor BeefPoint, comenta sobre exportações de boi vivo pela Austrália

A ideia, exposta no comentário do Sr Gabriel, de que taxar o "boi em pé" estimularia a industrialização destes animais é um erro comum quando se pensa na atividade. A Austrália, um dos maiores exportadores de carne do mundo, é também um grande player no mercado mundial de animais vivos. Os australianos ao invés de taxar, incentivam o negócio, pois conseguiram enxergar o obvio: os dois mercados são complementares.

Nesta sexta-feira, 20/abr, o leitor BeefPoint Fausto C. Oliveira Neto enviou comentário sobre o Editorial O tiro no pé do boi em pé, comparando estas exportações brasileiras com a praticada pe;a Austrália.

Leia seu comentário na íntegra:

“A ideia, exposta no comentário do Sr  Gabriel, de que taxar o “boi em pé” estimularia a industrialização destes animais é um erro comum quando se pensa na atividade. A Austrália, um dos maiores exportadores de carne do mundo, é também um grande player no mercado mundial de animais vivos. Os australianos ao invés de taxar, incentivam o negócio, pois conseguiram enxergar o obvio: os dois mercados são complementares.

Um não compete com o outro. Isso pode ser facilmente observado nos dois principais destinos do “boi em pé” brasileiro: Venezuela e Líbano. O primeiro compra para abastecer sua indústria local que foi obrigada a importar após forte queda no rebanho do país. O segundo compra por motivos religiosos e culturais. Caso o Brasil não supra esta demanda, eles não vão comprar mais carne resfriada e/ou congelada brasileira, irão simplesmente buscar outro país fornecedor de boi vivo para atender suas demandas especificas.

Assim os animais que seriam embarcados vivos para estes destinos ficariam no Brasil, pressionando os preços da arroba para baixo nos estados exportadores e prejudicando seus pecuaristas, como o próprio Sr Gabriel mencionou. A pergunta é: Porque não exportamos os dois, carne e boi em pé?””

Veja mais comentários sobre o pedido de taxação das exportações de boi vivo aqui.

2 Comments

  1. Gabriel de Freitas Assis disse:

    Olha Fausto por um lado eu realmente concordo com você, pois as exportações de “ boi em pé ´´ opera em número pequeno de animais se pensando em termos de Brasil pois a quantidade de animais que pelo menos era exportada é a capacidade operacional de apenas dois frigoríficos durante o ano no Brasil, na minha opinião é muito cedo para tomar uma iniciativa como essa, eu penso que na ideia do governo o país que diminui a exportação de matéria prima das indústrias ocasionalmente gera mais empregos diretos e indiretos e consequentemente mais arrecadação de impostos para os estados, a Austrália é um país que não tem um número significativo de desemprego como o Brasil talvez essa seja umas das causas das exportações de gado vivo permanecerem por lá. Quanto a pergunta gostaria de deixar minha opinião que o Brasil deveria sim manter a taxa de juros das exportações de “boi em pé ´´ mas não deixar que o número de animais seja exagerado pois com essa inciativa que foi tomada imediata o pecuarista quem vai levar a “ culpa´´ sozinho, então essa é uma iniciativa que deve ser tomada com muito cuidado.

  2. Egon Valter Schwerz disse:

    O Brasil é um dos maiores produtores mundial de soja, no entanto não industrializamos toda esta produção. Além da exportação em grãos integral também vendemos produto semi-acabado como o farelo de soja, que poderia ficar aqui gerando mais empregos na terminação de animais. No entanto não é na “taxação” que faremos este desenvolvimento dos setores, tal qual na exportação do boi vivo, e sim na melhor renumeração dos produtores, como está ocorrendo no Pará. Na verdade é uma pressão das indústrias frigoríficas no sentido de não ter concorrência ao estabelecer os preços da arroba. O lógico é oferecer um preço equitativo que não haverá necessidade de exportar.

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