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Fatec oferece curso superior gratuito de Big data no agronegócio

Em 2 de julho, foi realizado o exame vestibular do segundo semestre de 2017 das 66 Faculdades de Tecnologia (Fatecs) existentes no estado de São Paulo, e um dos cursos chamou a atenção pelo ineditismo. É o de big data no agronegócio, primeiro no gênero no Brasil, implantado pela Fatec Shunji Nishimura na cidade de Pompeia, a 474 km da capital.

O curso tem 40 vagas no período da tarde e um detalhe importante:  é inteiramente gratuito.

De acordo com a Fatec, o conteúdo foi baseado em cursos de mestrado que existem na Finlândia, no Canadá e nos Estados Unidos e, entre as disciplinas no currículo estão internet das coisas (IoT), data mining, inteligência artificial e arquiteturas cloud. As ferramentas utilizadas pelos alunos incluem até mesmo seis drones para o registro de imagens aéreas das lavouras, o que proporciona vários tipos de análises.

O profissional em big data no agronegócio tem capacidade para criar infraestrutura de armazenamento de dados na nuvem, desenvolver aplicativos para a web e dispositivos móveis e processar e analisar grandes volumes de dados. Poderá, por exemplo, criar e manter bases de dados e aplicações cloud computing para todas as áreas do agronegócio, criar softwares e aplicativos com o conceito de IoT para interligar e configurar redes de sensores, gerenciar equipamentos agrícolas inteligentes e aplicar técnicas e algoritmos de big data por meio de análise de metadados e outros recursos.

O curso tem três anos de duração e o profissional em big data no agronegócio poderá trabalhar em fazendas de produção agropecuária e também em empresas de infraestrutura em TI, desenvolvedoras de software e hardware, fabricantes de equipamentos para IoT e agricultura de precisão, indústrias e revendedores de máquinas e equipamentos e usinas e destilarias de açúcar e álcool, entre outras fontes de emprego.

Com um campo de trabalho tão extenso, e também pela crescente incorporação de tecnologia no campo, o tecnólogo em big data no agronegócio, ou cientista de dados, vem sendo bastante valorizado pelo mercado. A agricultura brasileira não para de quebrar recordes e é o único setor que se mantém em crescimento estável, mesmo nos períodos de crise.

Como a especialidade é muito nova – tanto que o curso na Fatec de Pompeia é o único no Brasil –, ainda não existem regras bem definidas para regular a profissão nem conselhos regionais ou estaduais. O salário mensal do profissional varia de R$ 5 mil a R$ 15 mil, com média de R$ 8 mil.

Confira o vídeo sobre o curso:

Drones

Seis novos aparelhos DJI Phantom 3 Advanced, os chamados drones, estão sendo utilizados pelos alunos do curso superior de Tecnologia em Big Data do Agronegócio.

Durante as aulas, tarefas multidisciplinares estimulam desafios entre os estudantes. Essa nova tecnologia aérea está cada vez mais presente no mundo do agronegócio. Com a coleta das imagens geradas pelos Vants, o agricultor pode tomar decisões específicas para cada área e até controlar o número de mudas.

A ideia é criar um algoritmo para processar informações. E com a visualização do alto, são levantadas as condições dos locais de plantação e a quantidade de mudas e espécies na área. Também é um ganho na identificação de doenças, análises de falhas de plantio, entre outras finalidades.

Os drones foram batizados com esse nome devido ao zumbido que produzem, em referência à palavra “zangão” em inglês. Desenvolvidos para atuar inicialmente em ações militares, os Vants aos poucos foram ganhando vários outros nichos do mercado.

Mais informações: https://www.vestibularfatec.com.br.

Fonte: Bayer Jovens, Governo de São Paulo e Fatec, adaptada pela Equipe BeefPoint.

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