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Em desafio a Trump, 11 países do Pacífico assinam acordo de livre-comércio

Um pacto de comércio internacional inicialmente concebido pelos EUA como forma de contrabalançar o crescente poderio econômico da China na Ásia agora tem um novo alvo: o recurso ao protecionismo por parte de Donald Trump.

Um grupo de 11 países —entre os quais grandes aliados dos Estados Unidos como Japão, Canadá e Austrália— assinou nesta quinta-feira (8) um amplo tratado comercial que contraria a visão de Trump sobre o comércio internacional, como um jogo no qual alguém precisa sair perdendo para que alguém possa vencer.

Envolvendo 500 milhões de pessoas dos dois lados do oceano Pacífico, o pacto representa uma nova visão para o comércio mundial, em um momento no qual os Estados Unidos impõem tarifas sobre as importações de aço e alumínio.

O novo acordo —conhecido como Acordo Abrangente e Progressivo de Parceria Transpacífica— reduz drasticamente as tarifas e estabelece novas regras  de comércio internacional em mercados que respondem por um sétimo da economia mundial.

O tratado abre novos mercados ao livre-comércio de produtos agrícolas e serviços digitais em toda a região. A carne bovina norte-americana está sujeita a tarifas de 38,5% no Japão, por exemplo, e a carne bovina da Austrália, Canadá e Nova Zelândia ficará isenta.

Quando entrar em vigor, o acordo deve gerar US$ 147 bilhões adicionais de renda em todo o mundo, de acordo com uma análise do Instituto Peterson de Economia Internacional. Os proponentes do pacto dizem que ele reforça a proteção à propriedade intelectual e que seus termos podem estimular os signatários a melhorar as condições de trabalho de sua mão de obra.

Os demais signatários são Brunei, Chile, Cingapura, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru e Vietnã. Representantes dos países envolvidos assinaram o tratado nesta quinta-feira em Santiago, no Chile. As autoridades chilenas declararam que a China sinalizou que pode desejar aderir ao acordo.

“A mensagem é que acreditamos no valor de uma economia aberta e da integração econômica dos países, a fim de gerar maior prosperidade para nossos povos e nossas nações”, disse a presidente chilena, Michelle Bachelet, em recente entrevista no palácio presidencial.

“Creio que isso tenho grande valor em um momento no qual certos setores do mundo estão enviando mensagens que contrariam essa escolha, pregando mensagens nacionalistas em lugar da integração.”

Fonte: The New York Times, traduzida e publicada pela Folha de São Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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